terça-feira, 14 de julho de 2015

PERFIL DAS CRIANÇAS PARA ADOÇÃO NO BRASIL


Sexta - 03 de Julho de 2015
Por Fernando Cunha
Para muitas crianças e adolescentes a vida dentro de abrigos é uma realidade já consolidada e a vida fora dele é apenas uma lembrança distante, quase perdida.
As estatísticas de 2013 revelavam que o tempo médio de permanência em abrigos era de dois anos, justamente o prazo máximo que é permitido pela legislação.
Neste ano, eram mais de 44 mil meninas e meninos que por várias razões acabavam em abrigos. Deste número, pouco mais de 12% estavam aptas para a adoção. Dados oficiais indicam que 68% dessas crianças deixam os abrigos para serem acolhidos em lares dentro ou fora do país.

DADOS OFICIAIS DIVULGADOS EM 2013
Estes dados foram divulgados há dois anos pela Corregedoria Nacional de Justiça e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, e servem como base para todos os números que traremos ao longo deste texto.
Neste ano, os números eram compostos por 56% de meninos e 44% de meninas, sendo 47% pardos, 33% brancos, 19% negros, 0,71% indígenas e 0,35% amarelos. Apenas na Região Sul as crianças brancas (54%) superam os pardos.
Por regiões, o Sudeste concentrava o maior número de crianças aptas à adoção, com 2.550, seguidos pelo Sul, com 1.683, Nordeste, com 677, Centro-Oeste, com 418, e Norte, com 137, totalizando as 5.465 crianças do Cadastro Nacional de Adoção daquele ano.
Deste número, 36% possuíam irmãos para adoção e 64% não. Para estes 36%, na maioria das vezes, o destino lhes guarda uma nova separação (após a dos pais biológicos), pois é muito baixo o índice de pretendentes à adoção dispostos a acolher de uma só vez dois ou mais irmãos.
A faixa etária acima de 10 anos concentra o maior número de crianças aptas à adoção, com 77,31%, seguido de longe por 12,21% das crianças entre 7 e 9 anos, 6,29% das crianças de 4 a 6 anos e 4,15% das crianças de 0 a 3 anos. Apesar de muito procurados pelos candidatos a pais, os meninos e meninas mais jovens formam uma minoria entre os abrigados.
A Corregedoria Nacional de Justiça diz que 92,7% dos pretendentes a realizar adoção preferem crianças entre zero e 5 anos, o que representava apenas 8,8% do total de crianças inseridas Cadastro Nacional de Adoção daquele ano.
Mesmo que os dados sejam de dois anos atrás, servem para entendermos a dimensão desse universo que vem crescendo a cada ano no Brasil e no mundo.
Sobre o autor: Fernando Cunha
Jornalista, escritor, assessor de imprensa, blogueiro e especialista em Gestão de Comunicação, Comunicação Estratégica, Institucional e Conteúdo. Atuou em empresas como Odebrecht, órgãos públicos, e realizou trabalhos para diversas empresas, instituições e clientes.
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