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sábado, 9 de novembro de 2013

CASO DUDA - BRASIL DAS GERAIS


06.11.2013

O Programa Brasil das Gerais, coordenado pela apresentadora Roberta Zampetti da Rede Minas de Televisão, em Belo Horizonte, debateu o Caso Duda.
O que é melhor para Duda? A criança foi retirada da família biológica ainda bebê, a explicação é de que havia maus tratos e foi para um abrigo e depois adotada. Depois de quase 3 anos a justiça decide que a menina vai deixar a família adotiva e voltar para os pais biológicos.
É justo desfazer os vínculos afetivos já criados?
Por outro lado a família biológica não tem o direito de arrepender-se, mudar o rumo da vida e criar todos os filhos juntos? O que você acha?
O programa faz uma reflexão até porque muitos casais na fila de adoção ou mesmo os que ainda não tem a guarda definitiva estão com medo.
O Programa fala ainda da Nova Lei de Adoção.
Assista em:

1ª PARTE:
http://www.youtube.com/watch?v=8ajjdyYz23I&feature=youtu.be


2ª PARTE:
http://www.youtube.com/watch?v=6Hhsp3g18r8&feature=youtu.be


3ª PARTE:
http://www.youtube.com/watch?v=_9lILxzU9OI&feature=youtu.be

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Exclusivo: novas denúncias contra o abrigo de Duda

 
04/11/2013 12:31 | Atualizado em 04/11/2013 14:07
Há duas semanas, o Jornal da Alterosa acompanha detalhe por detalhe do caso da menina de 4 anos, que está há quase 3 com pais adotivos, mas que terá que ser devolvida à família biológica. Hoje, a gente mostra mais uma reportagem exclusiva. Ex-funcionárias do abrigo de Contagem, que oferecia crianças pelo site, denunciam maus-tratos e esquema de tráfico de menores.

http://www.alterosa.com.br/app/belo-horizonte/noticia/jornalismo/ja---1ed/2013/11/04/noticia-ja-1edicao,99130/exclusivo-novas-denuncias-contra-o-abrigo-de-duda.shtml 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Caso da menina Duda é discutido na ALMG

29/10/2013 12:13 | Atualizado em 29/10/2013 13:52
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia realizou hoje uma audiência pública para discutir o caso da menina de quatro anos que teve a guarda devolvida aos pais biológicos depois de passar quase três com pais adotivos. Eles contaram que receberam ameaças dos responsáveis pelo abrigo onde a menina morou antes de receberem a guarda provisória.

Assista: http://www.alterosa.com.br/app/belo-horizonte/noticia/jornalismo/ja---1ed/2013/10/29/noticia-ja-1edicao,98707/caso-da-menina-duda-e-discutido-na-almg.shtml

Pai adotivo faz denúncias contra diretora de orfanato

Notícias Rss

29/10/2013 13h08

De acordo com Valbio, ela tenta atrapalhar o processo de adoção por desejar ficar com a criança.

Parlamentares pedem providências ao Poder Judiciário para que criança fique com os pais adotivos
Parlamentares pedem providências ao Poder Judiciário para que criança fique com os pais adotivos - Foto: Ricardo Barbosa
A disputa pela guarda de uma criança de 4 anos no município de Contagem foi tema de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na manhã desta terça-feira (29/10/13). A menor M.E. foi retirada da família biológica por uma ação movida pelo Ministério Público, que destituiu o poder familiar devido a acusações de maus tratos e abandono.
A menina tinha apenas 2 meses de idade quando foi levada para o Abrigo Efetá, ficou lá por 1 ano e 8 meses, quando foi adotada, em 2011, pelo casal Valbio Messias Silva e Liamar Dias de Almeida. Em abril de 2013, porém, o Tribunal de Justiça decidiu, em 2ª instância, que a menina deveria voltar a viver com os pais biológicos, que já conseguiram recuperar os seis irmãos mais velhos da menina.
Durante a reunião, o pai adotivo de M.E., Valbio Silva, fez denúncias sobre o envolvimento indevido no processo da diretora do Lar Efatá, onde a criança ficou até ser adotada, e seu marido, policial militar e pastor. Segundo ele, a diretora tentou impedir a adoção sob a alegação de que a menina já tinha desenvolvido laços afetivos com ela e sua família e, portanto, era sua filha. “Ela tinha tentado adotar a criança, mas isso foi negado por vários motivos, porque, por exemplo, ela não estava na fila de adoção e não tinha, portanto, cumprido as etapas para o processo”, disse.
Valbio, que estava na fila de adoção há mais de cinco anos, apresentou um e-mail enviado a ele por essa diretora quatro dias depois de ele ter buscado M.E. no abrigo. No texto, supostamente assinado pela diretora, ela diz que não consegue viver sem a criança, que está sofrendo no hospital. Ela teria dito, ainda, que houve erro da assistente social, que enviou o processo para um juiz substituto, que, ao contrário do titular, não estava a par do caso. Valbio afirma, ainda, que em um dos telefonemas, a diretora do Lar Efatá o ameaçou, dizendo que seu marido era policial e poderia tomar atitudes contra eles.
Segundo Valbio, após essas ameaças, os laudos emitidos pelo Lar Efatá sobre a família biológica, que, inicialmente, reforçavam a impossibilidade de restituição de poder familiar, começaram a dizer o contrário, relatando que o pai estaria curado do alcoolismo e a mãe da esquizofrenia. Esses documentos também falariam sobre a reforma e ampliação da casa dos genitores, que Valbio afirma não ter acontecido. “Eles estão vivendo em uma casa que é da diretora do lar”, disse.
Ele ainda afirma que a família biológica, que originalmente era representada pela defensoria pública, passou a ser defendida por advogados particulares caros, insinuando que a diretora do Abrigo estaria os ajudando. “Enquanto os relatórios do Lar mudaram misteriosamente, os laudos judiciais continuam na mesma direção, dizendo que a família biológica não tem condições de receber a criança. A decisão judicial foi tomada com base nos relatórios do lar, ou seja, está marcada por inverdades, documentos falsos e falhos no processo”, afirmou. Ele disse, ainda, que no dia da audiência judicial sobre o assunto, teve sua casa invadida.
Interesse da criança não tem sido respeitado, diz advogada
A advogada dos pais adotivos, Mariana Tanussi, salientou que as decisões que determinaram a restituição do poder familiar não levaram em consideração o bem-estar de M.E. “As decisões falam que cessaram os motivos que levaram o Ministério Público a pedir destituição, já que os ascendentes biológicos estão bem. Mas nada se fala da criança, do seu bem-estar”, disse. Ela afirmou, ainda, que a decisão diz que a família natural tem sempre que se sobrepor à família afetiva. “Enquanto o Judiciário continuar decidindo sob essa ótica, o melhor interesse da criança não será levado em consideração”, disse.
Essa prioridade do melhor interesse da criança está determinado, como lembra o deputado Durval Ângelo (PT), no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O parlamentar destacou que a polêmica em torno do caso é prejudicial a todo o sistema de adoção e disse que a morosidade da Justiça nesses casos é prejudicial ao bem-estar das crianças. Ele disse que já adotou uma criança orfã e que o processo durou quase 4 anos. “O Judiciário está rindo da dor das pessoas”, disse. O deputado afirmou, porém, que os desembargadores que decidiram pela restituição do poder familiar foram induzidos ao erro pelos laudos que classificou como fraudulentos. “Tenho certeza que essas decisões serão revistas quando eles receberem as notas taquigráficas dessa reunião”, afirmou.
Estiveram presentes na reunião representantes de associações pró-adoção e todos se mostraram favoráveis à família adotiva. A presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio a Adoçao, Suzana Sofia Moeller Schettini, afirmou que a retirada de M.E. da família adotiva representará sua “morte psíquica”. “Nenhuma criança teria condições de suportar isso, seria a terceira quebra – a primeira foi quando ela foi retirada da família, a segunda quando saiu do abrigo, onde já tinha colegas. Levar a menina agora para a família biológica, que ela não reconhece, é um erro”, disse.
A deputada Luzia Ferreira (PPS) lembrou que casos como esse são recorrentes e que as condições nas quais se dão as adoções no Brasil precisam ser repensadas. Ela lembrou que, recentemente, em Betim (Região Metropolitana de Belo Horizonte), foi descoberta uma quadrilha, com envolvimento de funcionários de hospitais e advogados, que negociava a venda de crianças para a adoção. A parlamentar também criticou a demora do Poder Judiciário nas decisões dos processos de adoção e lembrou que hoje existem cerca de 5 casais dispostos a adotar para cada criança apta – ou seja, com o processo de destituição do poder familiar concluído.
Requerimentos – Durante a reunião, foram aprovados requerimentos para encaminhar as notas taquigráficas da audiência para os juízes e desembargadores envolvidos no caso, assim como para a corregedoria da Polícia Militar. Também devem ser solicitadas que sejam feitas auditorias e vistorias no Lar Efatá e avaliadas maneiras de garantir a segurança dos pais adotivos de M.E.
Além desses requerimentos, foram aprovados outros referentes à violência sexual sofrida pela filha, hoje com 4 anos de idade, de uma funcionária de uma empresa terceirizada da ALMG. O autor da violência teria sido seu vizinho há mais de um ano e os parlamentares fizeram requerimento pedindo a conclusão do inquérito. O deputado Sargento Rodrigues (PDT) também teve um requerimento aprovado pedindo audiência pública para debater a forma desrespeitosa com a qual o juiz Fabiano Afonso, de Ribeirão das Neves, tem se dirigido a policiais militares durante audiências, inclusivo os constrangendo na presença de criminosos.

http://www.almg.gov.br/acompanhe/noticias/arquivos/2013/10/29_teatro_dir_humanos_adocao.html

Pai adotivo denuncia "máculas" no processo de disputa de guarda em Contagem

 O empresário Válbio Messias da Silva acusou a dona do Lar Efatá, em Contagem, e o marido dela, um policial militar e pastor, de interferir no processo por interesses pessoais

Luana Cruz
Publicação: 29/10/2013 11:33 Atualização: 29/10/2013 13:20

Válbio Messias da Silva falou em audiência na Comissão de Direitos Humanos na ALMG (Beto Novaes/EM DA Press)
Válbio Messias da Silva falou em audiência na Comissão de Direitos Humanos na ALMG

O empresário Válbio Messias da Silva, pai adotivo da menina M.E., de 4 anos e cinco meses, que por decisão judicial deverá retornar aos pais biológicos, denunciou nesta terça-feira, em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a interferência de duas pessoas na adoção. Segundo ele, há “maculas irreparáveis” no processo, que induziram a Justiça ao erro. Na semana passada, o desembargador Belizário Lacerda, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) derrubou a liminar que havia concedido a guarda provisória de M.E. ao casal adotivo.

Válbio Messias acusa a dona do Lar Efatá, em Contagem, e o marido dela, um policial militar e pastor, de interferir no processo por interesses pessoais. De acordo com os relatos do pai, a proprietária do abrigo onde a menina morou provisoriamente mostrou interesse em adotar a criança após destituição da guarda dos pais biológicos. A mulher estaria ajudando Robson Ribeiro Assunção e Maria da Penha Nunes a reaver a guarda da menina por interesse no contato com a criança.

Em 2009, para investigar denúncias de maus-tratos, o Ministério Público solicitou à Justiça a destituição do poder pátrio e encaminhou M. E., então com dois meses, para o abrigo, onde ficou por dois anos, como candidata à adoção. A criança foi entregue para Valbio e Liamar Dias de Almeida que estavam há cinco anos na fila de adoção. Eles têm uma filha biológica e receberam M.E. em casa. O caso gerou polêmica com idas e vindas na Justiça, mas o que está valendo é o despacho do dia 17 de outubro que definiu um prazo de cinco meses para a entrega da menina aos pais biológicos. Haverá um processo de transição para adaptação da criança.

Denúncia
De acordo com Válbio Messias, a dirigente do abrigo tentou adotar a criança, mas o pedido foi negado porque eles não estavam na fila de adoção. Uma semana depois que o empresário e a esposa receberam a criança, a dirigente mandou um e-mail implorando que eles desistissem da guarda, porque considerava a menina uma filha.

Conforme o relato do pai na ALMG, a mensagem da dirigente dizia: “não consigo viver sem minha filha, ela tem laços fortíssimos conosco, comigo e minha família. Estou no hospital fazendo o que médico me aconselhou, minha dor é enorme, estamos sofrendo, não consigo comer. (…) Pense em devolver ela para mim”.

Ainda de acordo com o pai adotivo, a dirigente telefonou várias vezes para ele e para a esposa dizendo que se não desistissem da adoção, ela precisaria fazer um caminho mais doloroso. Segundo Válbio Messias, a mulher chegou a dizer que o marido era PM e poderia tomar alguma atitude contra o casal. “Não pensei que ela iria levar a diante”, disse Válbio Messias, na audiência.

No relato do pai, apoiado pelo deputado Durval Ângelo (PT), foi levantado um possível apoio financeiro da dirigente do abrigo aos pais biológicos. Segundo as informações da audiência, até a passagem da guarda, os genitores estavam com um defensor público e, depois, eles contrataram advogados particulares. Além disso, os genitores estariam morando em uma casa cedida e reformada com apoio da igreja do pastor, marido da dirigente. Segundo Válbio Messias, a mãe adotiva de um irmão da pequena M.E. também reclamou de interferências no processo de adoção do menino.

Para o pai adotivo, os relatórios emitidos pelo Lar Efatá para o processo de adoção foram manipulados e contribuíram para o erro de desembargadores. A advogada dele, Mariana Tonussi, também presente na ALMG, disse que a defesa não está culpabilizando o Judiciário, mas dando uma oportunidade de arrumar um erro. Para ela, houve uma falha no entendimento por causa dos laudos mandados pelo abrigo.

Válbio Messias contou com apoio do deputado e de uma representante da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD), que repudiou a decisão judicial. Suzana Schetini disse na ALMG que a família adotiva está sendo apunhalada. “É um descaso total com o direito da criança”, afirmou.

Para Durval Ângelo, há uma trama contra os pais adotivos. O deputado vai repassar os relatos da reunião, em um documento, para o TJMG e o Juizado da Vara da Infância em Contagem. O em.com.br tentou falar com a dona do abrigo por telefone, mas não conseguiu contato.






http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/10/29/interna_gerais,464939/pai-adotivo-denuncia-maculas-no-processo-de-disputa-de-guarda-em-contagem.shtml (Beto Novaes/EM DA Press)

Entidades se unem em defesa de pais adotivos que vão perder filha

 Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) terá audiência pública para debater o caso na terça-feira

Publicação: 28/10/2013 00:12 Atualização: 28/10/2013 07:02
Juliana Ferreira


Válbio da Silva e Liamar vão a debate amanhã na Assembleia (Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Válbio da Silva e Liamar vão a debate amanhã na Assembleia
A decisão da Justiça mineira de ordenar o retorno de M.E., de 4 anos e cinco meses, aos pais biológicos, com quem viveu apenas dois meses, mobiliza diversas entidades. A presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), a psicóloga Suzana Schettini, confirmou presença na audiência pública para debater o caso amanhã na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O objetivo é discutir as implicações que a saída do lar adotivo podem causar à menina e a desvalorização da adoção. “A grande preocupação é a criança, jogada pra lá e pra cá como uma bola. Vai ser uma morte psíquica para ela e isso é grave. Ela tem referências dessa família, pela qual é protegida. É um estupro psicológico”, diz.
Ela disse que várias famílias candidatas à adoção já procuraram os 125 grupos que a entidade representa com medo de enfrentar situação semelhante. “A decisão abre um precedente, o que é uma apunhalada na adoção. Estamos trabalhando há 20 anos por uma nova estrutura e vem esse banho de água fria”, explica.

liminar A Angaad considerou a decisão uma “justiça desumana”, que prioriza os pais biológicos, sem preocupações com o melhor interesse da criança. Na semana passada, o desembargador Belizário Lacerda, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) derrubou a liminar que havia concedido a guarda provisória de M.E. ao casal adotivo até que os dois processos que movem para ficar com a menina fossem encerrados. Os empresários Válbio Messias da Silva e Liamar Dias de Almeida conseguiram liminar favorável. Após três anos com a filha adotiva, Lacerda determinou em abril a entrega da criança à família biológica, que comprovou sua reestruturação. M.E. foi tirada de casa aos dois meses, em 2009, depois de denúncias de maus-tratos, e desde os 2 anos está com o casal.

Suzana Schettini detecta falhas do Judiciário no caso: “O promotor decidiu pela destituição do poder e desistiu dos pais biológicos, que recorreram. Levou muito tempo para isso ser julgado. É muito tarde para eles, a menina não pode pagar pelo erro dos pais. Estão usando-a como bode expiatório.” A presidente da Angaad lembrou que a visibilidade negativa vai complicar mais ainda o processo de adoção, que já é lento no Brasil.
Ela explicou que atualmente há no país aguardando acolhimento 45 mil crianças e 5 mil delas poderiam ser adotadas. “Hoje, temos 29 mil pretendentes. Mas a maioria quer bebê e branco. É uma luta muito grande mostrar para a sociedade que a adoção é uma forma legítima de ter filhos e que os adotivos não são pais de segunda classe.”

falhas Participam amanhã da audiência na ALMG o desembargador José Tarcizio de Almeida Melo; o juiz de Direito da Vara da Infância e da Juventude de Contagem, Tiago França de Resende; e o procurador de Justiça Paulo Roberto Moreira Cançado, além dos pais adotivos de M.E.. “Eles privilegiam os genitores em detrimento do bem-estar da nossa filha. Vamos levantar essa falha, de que a criança está sendo vítima”, disse o empresário Válbio Messias da Silva.

Seus advogados devem entrar na Justiça com um agravo regimental, para tentar interromper o processo de retorno da criança aos pais biológicos. A adaptação de cinco meses, determinada pela Vara de Infância e daJjuventude de Contagem, deverá ser iniciada nesta semana.

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/10/28/interna_gerais,464419/entidades-se-unem-em-defesa-de-pais-adotivos-que-vao-perder-filha.shtml 

Polêmica Pai adotivo denuncia interferência de dona do abrigo onde filha foi colocada


Ministério Público Estadual vai discutir o caso; menina de 4 anos viveu por mais de dois anos com pais provisórios e, agora, deverá voltar a morar com pais biológicos

Enviar por e-mail
Após viver por dois anos e meio em outro lar, M.E. vai voltar à casa dos pais sanguíneos; decisão é
Desembargador cassou a liminar que deixava a criança sob guarda dos pais adotivos
PUBLICADO EM 29/10/13 - 12h22
O caso da menina de 4 anos que, por decisão judicial, deverá retornar para o convívio dos pais biológicos após viver por cerca de dois anos e meio com uma família adotiva vai ser discutido pelo Ministério Público Estadual (MPE).


A situação foi tema de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira (29). Durante a reunião, os pais adotivos da menina denunciaram a interferência do casal responsável pelo abrigo onde a criança foi colocada para adoção.
Segundo o autor do requerimento, deputado Durval Ângelo (PT), presidente da comissão, o pai adotivo da menina o procurou porque, em sua visão, o processo que determinou o retorno da menina à família biológica contém erros.
Durante a audiência, o pai adotivo da criança, Válbio Messias da Silva, entregou aos presentes a cópia de um e-mail que recebeu da responsável pelo abrigo, dias depois de adotar a menina. No texto, a mulher - que atua como pastora de uma igreja evangélica - pediu que ele devolvesse a criança, pois a considerava como uma filha. Confira um dos trechos do e-mail na íntegra:
"Não consigo viver sem milha filha. Ela foi criada por mim. Minha família. Ela tem laços fortíssimos conosco. Tem que devolver ela para mim. Nada vai te acontecer. Somente te darão outra criança".
A suspeita dos pais adotivos é de que a pastora tenha intenção de ficar com a menina, e não os pais biológicos. Segundo Válbio, na época da adoção, a responsável pelo abrigo e o marido dela - que é policial militar - foi quem fizeram a vistoria na casa dos pais biológicos. Eles confirmaram que se tratava de uma família em situação de pobreza, mas que poderia receber a criança.
Além disso, o casal teve acesso ao laudo médico da mãe biológica, no qual aponta que ela não teve depressão pós-parto. A mulher, segundo o documento, seria portadora de esquizofrenia. Atualmente, ela e o marido moram dos fundos da casa da pastora, pois alegam que a residência do casal está em reforma.
Nesta quarta-feira (30), a Comissão de Direitos Humanos vai enviar o processo para a Vara da Infância e Juventude do Ministério Público. A intenção é pressionar as autoridades para que a criança permaneça com os pais adotivos.
Relembre o caso

A criança foi retirada da família adotiva aos dois meses de idade devido a denúncias de maus tratos. Após viver em um abrigo, sua guarda provisória foi dada a uma família de Contagem.
Em abril deste ano, a Justiça reverteu a decisão de retirar a menina da família biológica. Após recurso dos pais adotivos, a Vara da Infância e Adolescência de Contagem manteve a decisão de retorno da criação aos pais biológicos. Agora, um novo recurso da família adotiva aguarda julgamento em segunda instância, mas, enquanto isso, uma liminar (decisão provisória) manteve a criança na casa onde vive atualmente.

Atualizada às 12h41

http://www.otempo.com.br/cidades/pai-adotivo-denuncia-interfer%C3%AAncia-de-dona-do-abrigo-onde-filha-foi-colocada-1.738324

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ENTIDADES SE UNEM EM DEFESA DE PAIS ADOTIVOS QUE VÃO PERDER FILHA


28/10/2013
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) terá audiência pública para debater o caso na terça-feira
Estado de Minas

A decisão da Justiça mineira de ordenar o retorno de M.E., de 4 anos e cinco meses, aos pais biológicos, com quem viveu apenas dois meses, mobiliza diversas entidades. A presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), a psicóloga Suzana Schettini, confirmou presença na audiência pública para debater o caso amanhã na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O objetivo é discutir as implicações que a saída do lar adotivo podem causar à menina e a desvalorização da adoção. “A grande preocupação é a criança, jogada pra lá e pra cá como uma bola. Vai ser uma morte psíquica para ela e isso é grave. Ela tem referências dessa família, pela qual é protegida. É um estupro psicológico”, diz.
Ela disse que várias famílias candidatas à adoção já procuraram os 125 grupos que a entidade representa com medo de enfrentar situação semelhante. “A decisão abre um precedente, o que é uma apunhalada na adoção. Estamos trabalhando há 20 anos por uma nova estrutura e vem esse banho de água fria”, explica.
liminar A Angaad considerou a decisão uma “justiça desumana”, que prioriza os pais biológicos, sem preocupações com o melhor interesse da criança. Na semana passada, o desembargador Belizário Lacerda, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) derrubou a liminar que havia concedido a guarda provisória de M.E. ao casal adotivo até que os dois processos que movem para ficar com a menina fossem encerrados.
Os empresários Válbio Messias da Silva e Liamar Dias de Almeida conseguiram liminar favorável. Após três anos com a filha adotiva, Lacerda determinou em abril a entrega da criança à família biológica, que comprovou sua reestruturação. M.E. foi tirada de casa aos dois meses, em 2009, depois de denúncias de maus-tratos, e desde os 2 anos está com o casal.
Suzana Schettini detecta falhas do Judiciário no caso: “O promotor decidiu pela destituição do poder e desistiu dos pais biológicos, que recorreram. Levou muito tempo para isso ser julgado. É muito tarde para eles, a menina não pode pagar pelo erro dos pais. Estão usando-a como bode expiatório.” A presidente da Angaad lembrou que a visibilidade negativa vai complicar mais ainda o processo de adoção, que já é lento no Brasil.
Ela explicou que atualmente há no país aguardando acolhimento 45 mil crianças e 5 mil delas poderiam ser adotadas. “Hoje, temos 29 mil pretendentes. Mas a maioria quer bebê e branco. É uma luta muito grande mostrar para a sociedade que a adoção é uma forma legítima de ter filhos e que os adotivos não são pais de segunda classe.”
Participam amanhã da audiência na ALMG o desembargador José Tarcizio de Almeida Melo; o juiz de Direito da Vara da Infância e da Juventude de Contagem, Tiago França de Resende; e o procurador de Justiça Paulo Roberto Moreira Cançado, além dos pais adotivos de M.E.. “Eles privilegiam os genitores em detrimento do bem-estar da nossa filha. Vamos levantar essa falha, de que a criança está sendo vítima”, disse o empresário Válbio Messias da Silva.
Seus advogados devem entrar na Justiça com um agravo regimental, para tentar interromper o processo de retorno da criança aos pais biológicos. A adaptação de cinco meses, determinada pela Vara de Infância e da juventude de Contagem, deverá ser iniciada nesta semana.
Faixas que foram feitas por amigos da família na entrada do juizado. Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press/Arquivo-
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/brasil/2013/10/28/interna_brasil,470561/entidades-se-unem-em-defesa-de-pais-adotivos-que-vao-perder-filha.shtml

ENTIDADES SE UNEM EM DEFESA DE PAIS ADOTIVOS QUE VÃO PERDER FILHA
28/10/2013
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) terá audiência pública para  debater o caso na terça-feira 
Estado de Minas

A decisão da Justiça mineira de ordenar o retorno de M.E., de 4 anos e cinco meses, aos pais biológicos, com quem viveu apenas dois meses, mobiliza diversas entidades. A presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), a psicóloga Suzana Schettini, confirmou presença na audiência pública para debater o caso amanhã na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O objetivo é discutir as implicações que a saída do lar adotivo podem causar à menina e a desvalorização da adoção. “A grande preocupação é a criança, jogada pra lá e pra cá como uma bola. Vai ser uma morte psíquica para ela e isso é grave. Ela tem referências dessa família, pela qual é protegida. É um estupro psicológico”, diz.
Ela disse que várias famílias candidatas à adoção já procuraram os 125 grupos que a entidade representa com medo de enfrentar situação semelhante. “A decisão abre um precedente, o que é uma apunhalada na adoção. Estamos trabalhando há 20 anos por uma nova estrutura e vem esse banho de água fria”, explica.
liminar A Angaad considerou a decisão uma “justiça desumana”, que prioriza os pais biológicos, sem preocupações com o melhor interesse da criança. Na semana passada, o desembargador Belizário Lacerda, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) derrubou a liminar que havia concedido a guarda provisória de M.E. ao casal adotivo até que os dois processos que movem para ficar com a menina fossem encerrados.
Os empresários Válbio Messias da Silva e Liamar Dias de Almeida conseguiram liminar favorável. Após três anos com a filha adotiva, Lacerda determinou em abril a entrega da criança à família biológica, que comprovou sua reestruturação. M.E. foi tirada de casa aos dois meses, em 2009, depois de denúncias de maus-tratos, e desde os 2 anos está com o casal.
Suzana Schettini detecta falhas do Judiciário no caso: “O promotor decidiu pela destituição do poder e desistiu dos pais biológicos, que recorreram. Levou muito tempo para isso ser julgado. É muito tarde para eles, a menina não pode pagar pelo erro dos pais. Estão usando-a como bode expiatório.” A presidente da Angaad lembrou que a visibilidade negativa vai complicar mais ainda o processo de adoção, que já é lento no Brasil.
Ela explicou que atualmente há no país aguardando acolhimento 45 mil crianças e 5 mil delas poderiam ser adotadas. “Hoje, temos 29 mil pretendentes. Mas a maioria quer bebê e branco. É uma luta muito grande mostrar para a sociedade que a adoção é uma forma legítima de ter filhos e que os adotivos não são pais de segunda classe.”
Participam amanhã da audiência na ALMG o desembargador José Tarcizio de Almeida Melo; o juiz de Direito da Vara da Infância e da Juventude de Contagem, Tiago França de Resende; e o procurador de Justiça Paulo Roberto Moreira Cançado, além dos pais adotivos de M.E.. “Eles privilegiam os genitores em detrimento do bem-estar da nossa filha. Vamos levantar essa falha, de que a criança está sendo vítima”, disse o empresário Válbio Messias da Silva.
Seus advogados devem entrar na Justiça com um agravo regimental, para tentar interromper o processo de retorno da criança aos pais biológicos. A adaptação de cinco meses, determinada pela Vara de Infância e da juventude de Contagem, deverá ser iniciada nesta semana.
Faixas que foram feitas por amigos da família na entrada do juizado. Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press/Arquivo-
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/brasil/2013/10/28/interna_brasil,470561/entidades-se-unem-em-defesa-de-pais-adotivos-que-vao-perder-filha.shtml

‘Criança não é bola para ficar passando de uma mão para outra’

  • Para especialistas, decisão judicial que restituiu a guarda de uma menina à família biológica privilegiou o direito dos pais em detrimento do melhor para a criança
  • Após ser levada para um abrigo aos dois meses, ela aguardou por um novo lar por quase dois anos. Agora, aos quatro, vai ter de deixar os pais adotivos para conviver com a família biológica
Karine Rodrigues (Email · Facebook · Twitter)
Publicado:
Atualizado:

Em Minas, pais biológicos e adotivos disputam na Justiça a guarda de M.E., de 4 anos Foto: Reprodução / Globo Minas

Em Minas, pais biológicos e adotivos disputam na Justiça a guarda de M.E., de 4 anos Reprodução / Globo Minas
RIO - O entendimento de um desembargador de Minas, que, nesta quinta-feira, decidiu restituir a guarda de uma menina de quatro anos aos pais biológicos, contraria o interesse da criança, avaliam especialistas ouvidos pelo GLOBO. Após denúncias de maus-tratos, M. E. foi retirada da família de origem aos dois meses de idade, junto com outros seis irmãos, e permaneceu em um abrigo até ganhar um novo lar, onde vive há mais de dois anos. Agora, terá de trocar de pais novamente. O mérito do recurso ainda será julgado pelos desembargadores da 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas.
— Essa decisão é um completo absurdo, pois esquece que a criança é um sujeito de direitos, como diz a Constituição e o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). O que é melhor para essa criança? Ela foi retirada da família biológica ainda bebê, porque o pai não trabalhava e bebia, e a mãe tinha problemas psicológicos. Após mais de dois anos com a família adotiva, a Justiça decide que ela vai retornar para a família biológica. Mas tudo o que essa criança sabe da vida dela é que os pais adotivos são os pais dela, que ela tem amor, tem primos, tem avós, tem uma família inteira. Agora, a gente vai dizer para ela: “Minha querida, este pai não é mais o seu pai; esta mãe, não é mais a sua mãe”. Ela não tem como entender isso. Essa decisão é uma crueldade, uma violência contra criança — observa Suzana Schetinni, presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad).
Procurador de Justiça do Estado do Rio, Sávio Bittencourt também tece críticas à decisão monocrática do desembargador Belizário de Lacerda, da 7ª Câmara Cível do TJ de Minas, que seguiu decisão anterior ao rejeitar recurso proposto pelo família adotiva. Segundo ele, neste caso, os direitos dos adultos foram priorizados em detrimento dos direitos da menina.
— Se criança foi colocada em um abrigo e, depois, quando já está adaptada ao novo lar, determinam o retorno dela aos pais biológicos, ela está sendo tratada como uma coisa, como uma propriedade de sua família biológica. Não é justo desfazer os vínculos já criados. Eu tenho profundo respeito pelas decisões judiciais, sou procurador de Estado, mas essa decisão tem o meu mais sincero repúdio — diz Bittencourt, autor do livro “A nova lei de adoção: do abandono à garantia do direito à convivência familiar a comunitária”.
Decisão é um preconceito contra a adoção, avalia procurador
A dona de casa Maria da Penha Nunes e o mestre de obras Robson Ribeiro Assunção perderam a guarda dos sete filhos em 2009. Na ocasião, o Ministério Público solicitou à Justiça a destituição do pátrio poder do casal. Enquanto o processo corria, a caçula despertou o interesse dos empresários Liamar Dias de Almeida e Válbio Messias da Silva, que têm uma filha de 12 anos e estavam há cinco anos da fila de adoção. Durante o processo de adoção, a família de origem entrou com recurso informando que já estava em condições de se responsabilizar pelos filhos, pois Maria teria se tratado de uma depressão e Robson, deixado de beber.
Quando decidiu restituir a guarda aos pais biológicos, Lacerda teria levado em conta o que diz a Lei Nacional de Adoção, de 2009, que considera ser necessário esgotar todas as possiblidades de permanência da criança ou o do adolescente na família de origem antes de optar pela adoção. O entendimento do desembargador também teria se baseado em laudos que afirmam que os pais biológicos hoje têm condições de criar os filhos, e na importância de se promover a convivência entre os irmãos.
Porém, o procurador de Justiça do Estado do Rio observa que, embora a lei deva ser respeitada, é preciso considerar o que é melhor para criança:
— A criança ou o adolescente tem que ficar junto com os irmãos quando não há outra alternativa melhor. Mas, neste caso, a menina já está adaptada à família adotiva. Essa decisão encerra um profundo preconceito contra a adoção.
Suzana tem a mesma opinião ao destacar que os pais adotivos estã sendo considerados, tão somente, como substitutos. E diz que o entendimento da Justiça neste caso de Contagem (MG) tem deixado muito intranquilos quem já entrou ou pretende entrar com um processo de adoção:
— Está abrindo uma ferida em todo o instituto da adoção. Recebemos inúmeras ligações de pais desesperados com o precedente que essa decisão pode abrir.
Com a experiência de quem atuou por vários anos como juiz da Vara de Família, o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, que é pai de cinco filhos, um deles, adotado, ressalta que a decisão é delicada, mas, assim como os demais, considera que o interesse da criança deve ser prioridade.
— Como juiz dessa área, eu sempre me preocupei com essas alterações de guarda. A criança não é um bola, não é um bambolê, para ficar passando de uma mão para outra. Os interesses da criança devem ser prioridade. Essa questão de só olhar para o adulto, e não para criança, pode provocar uma decisão equivocada, que, muitas vezes, vai causar um dano grave à criança. Mas é importante dizer que pobreza não é problema, ser uma família numerosa também não é problema — enfatiza ele, numa referência à família biológica de M.E.
Caso pode suscitar debate sobre a Lei Nacional de Adoção
Já o presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Rodrigo da Cunha Pereira, destaca que a decisão do desembargador tem com base um dos incisos do artigo 19 da Lei Nacional da Adoção, que diz “a manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência”, mas não respeita o melhor interesse da criança. E avalia que atenção despertada pelo caso pode ajudar a envolve a sociedade em um amplo debate sobre a legislação.
— O julgamento é importante não só pelo caso em si, mas para ajudar na reflexão sobre o processo de adoção no Brasil, onde existem milhares de crianças para serem adotadas e milhares de famílias interessadas, mas a fila não anda. E isso acontece também porque há um equívoco na lei, que é conceitual, pois considera que a família biológica é mais importante do que a família de afeto. Só que a Psicanálise, a Antropologia e o próprio Direito, por meio de várias decisões, já mostraram que a família não é um fato natural, mas da cultura. Os laços de sangue não são fortes o suficiente para sustentar isso.
De acordo com os dados mais recentes do Cadastro Nacional de Adoção, criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), existem na fila 5.439 crianças e adolescentes aptos para a adoção e 29.806 famílias interessadas, considerando informações atualizadas até a semana passada.
Guarda compartilhada pode ser uma solução?
Na opinião de Calandra, uma saída para o caso em questão seria estabelecer a guarda compartilhada, como ele mesmo já decidiu em outras ocasiões.
— A família biológica tem o direito de ter o filho perto; a família adotiva, também. A guarda compartilhada é uma ferramenta que pode resolver. Devemos compartilhar o amor, e não, disputar o ódio.
Bittencourt, porém, acha que a guarda compartilhada não seria uma boa solução:
— É uma forma de não romper o poder da família biológica, que, na verdade, deu origem a tudo isso. Se essa família se recuperou, agora já é tarde demais, pois a criança já estabeleceu outros vínculos. A guarda compartilhada só vai criar confusão na cabeça da criança.

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CASAL NÃO SABIA QUE SERIA APENAS A FAMÍLIA SUBSTITUTA DE FILHA ADOTIVA



Menina de 4 anos, que está há 3 com pais adotivos, pode ser devolvida à família biológica em Minas Gerais
28/10/2013

Um caso que aconteceu em Minas Gerais ganhou repercussão no Brasil inteiro. Depois de encaminhar sete irmãos para um abrigo, em 2009, após denúncias de maus-tratos, a justiça determinou que uma menina de quatro anos, que morava há três com uma família adotiva, fosse devolvida aos pais biológicos.
Fátima recebeu os pais adotivos da menina no palco do Encontro e conversou com eles sobre a situação. Valbio contou que não esperava essa decisão da justiça. “Recebemos de uma forma avassaladora. Minha família ficou desesperada”, disse ele. Lia, mulher de Valbio, explicou ainda que em nenhum momento recebeu a informação de que essa adoção poderia ter um período determinado e que eles seriam apenas pais substitutos. “Em momento algum isso foi colocado para a gente. Passei cinco longos anos na fila de adoção, estamos rigorosamente dentro da lei. Na hora em que eu peguei a minha filha no abrigo, aquilo para mim era definitivo. Nunca me foi dito que no momento em que os pais se recuperassem ela poderia voltar para eles”, disse.
Os pais adotivos da menina, que foi encaminhada para um abrigo com apenas 60 dias de vida, afirmaram que ela é completamente diferente de quando chegou a casa da família. “Era uma criança assustada, desamparada, porque um abrigo não é um lar”, disse Valbio. “Hoje quem conhece a minha filha, sabe o quanto ela é feliz”, completou Lia.
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