Segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Há uma forte crença cultural que diz que os laços sanguíneos são o fator mais importante na formação de uma família. Obviamente essa crença é fruto do preconceito que sempre gera enganos perniciosos. A palavra adoção tem origem no latim e significa escolher e cuidar. A adoção deve ser sempre um processo de escolha, pois somente escolhendo o ato de adotar vai fazer com que a criança se sinta acolhida verdadeiramente
A filiação pode ser biológica ou afetiva. Muitos acreditam que os filhos devem ser do próprio sangue como se isso fosse garantia ou prova de alguma coisa. Na verdade não é porque o que forma uma família é a qualidade dos relacionamentos entre os seus membros e também o amor vivido. Porém, muitas vezes a criança que é adotada é vista como “diferente”, “um estranho no ninho”; e isso se dá porque há uma tendência em valorizar o filho biológico já que este se trata de alguém com a mesma origem e o que é considerado diferente é, geralmente, visto com algum temor.
Acredita-se também que uma criança fruto da adoção possa vir dar problemas de variados tipos no futuro. Mais uma vez isso é conseqüência da visão preconceituosa que acredita que alguém de quem não se conhece o sangue possa ter dentro de si complicações. É claro que uma criança adotada pode desenvolver algumas doenças genéticas, por exemplo, mas um filho biológico não dá garantias de que isso não vai acontecer. Quanto ao caráter de uma criança adotada é bom que se saiba que não vem através dos genes, mas sim da qualidade dos relacionamentos que vão ser desenvolvidos.
Muitos possíveis pais temem adotar porque têm medo de quando a criança ou jovem descobrir sua adoção venham a não mais desejar a companhia deles e que venham a abandoná-los. Esse medo pode ser um verdadeiro entrave na relação entre pais adotivos e filhos adotivos. Há também, os pais aprenderem a superar determinadas frustrações como não poderem gerir um filho. No entanto, quando os pais podem superar todas essas angústias com tranqüilidade e naturalidade o processo de acolher uma criança adotada vem como uma grande oportunidade de crescimento para todas as partes envolvidas. Formar uma família, independente de qual tipo de filiação, deve ser sempre resultado de uma escolha e jamais algo para se preencher a vida.
http://sylviopsi.blogspot.com.br/2014/09/adocao.html
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