quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

ADOÇÃO: UM ATO NOBRE QUE VAI MUITO ALÉM DO AMOR (Reprodução)

Não há dúvidas de que a adoção é um ato de amor quase incondicional. Essa vontade de ser pai ou mãe é tão grande que supera barreiras emocionais e até biológicas. Um ato generoso que traz consigo uma motivação intensa que leva a pessoa escolher uma criança para chamar de filho ou filha e alimentar uma necessidade de cuidar e proteger.
Geralmente, pais que querem adotar apontam as suas preferências, sendo o mais desejado: um bebê recém nascido. Crianças maiores e até irmãos acabam ficando de lado devido ao preconceito e o medo de que a criança não seja moldada do jeito que os pais querem que sejam.
Em Ijuí, uma história chamou a atenção da reportagem Hora H. Um trio de irmãs conseguiram uma nova família e foram adotadas por pais que lhe darão todo o amor e carinho que tanto merecem. As meninas com idades entre 7 a 10 anos foram adotadas por Marco e Gabriele. Um casal também gaúcho que estavam há oito anos na fila da adoção.
Após diversas tentativas falhas na sua região, o casal começou a procurar em outros municípios até chegarem a Ijuí, mais precisamente no Instituto Lar Bom Abrigo. No lar, Marco e Gabriele encontraram Marli Gaspar, a diretora da instituição, que foi o pivô principal para unir o casal com as meninas.
O primeiro contato foi simplesmente uma visita normal, Gabriele um pouco receosa devido as expectativas frustradas no passado, não sabia que naquele momento o seu amor de mãe iria florescer e que ira conhecer a sua filha ou melhor as suas filhas. Segundo ela, naquele dia foi perguntado para a diretora onde estavam as meninas para que se conhecessem. Para a surpresa de Gabriele, uma delas já estava ao seu lado, uma com o seu marido e a menor junto com a mãe de Gabriele, que acompanhara também na visita.
Marli então apresentou as irmãs ao casal, primeiramente como os seus futuros padrinhos. Perguntado se aceitavam ser apadrinhado por Gabriele e Marco a resposta foi unânime, sim. A partir daquele momento iniciou-se os passeios e as visitas mais regulares ao Lar, como um processo de adaptação tanto para os futuros papais quanto para as meninas.
Foi amor a primeira vista. Não teve outra, Marco relata que foi uma união natural, como se realmente tivesse conhecido as suas filhas biológicas. Segundo ele, muitas pessoas lhe perguntavam, "por que três de uma vez? E os custos?", Marco tinha a resposta na ponta da língua, "onde come um, come três", e que não seria o fator financeiro que barraria a constituição da família tão requerida pelo casal.
A opção e a motivação pela adoção surgiu devido a um problema de saúde de Gabriele, que poderia causar risco de morte caso ficasse grávida. E para que não ocorresse esse episódio, a alternativa pela adoção foi escolhida.
Após o processo de adaptação, o casal e as meninas foram reunidos novamente e a diretora Marli perguntou as irmãs se elas gostariam que Gabriele e Marco fossem os seus pais. Um novo sim foi ouvido naquele momento.
A transição de cidade para outra causou um temor para Gabriele, pois elas não tinham conhecido o lugar durante a adaptação, já que esta foi feita em Ijuí. Marco comenta que era outra cultura, pessoas estranhas e o medo era de que elas não se sentissem confortáveis e quisessem voltar.
Foi apenas uma preocupação, pois ao chegar na nova cidade as meninas gostaram do que viram e peso das costas dos pais foi tirado. "Elas se adaptaram muito rápido, na escola os professores falaram que as gurias se comportam como se realmente morassem ali há anos", comentou Gabriele.
Neste mês a família completa um ano e um mês de puro amor e carinho. A alegria estampada no rosto dos pais e das meninas transmitem a felicidade. Com a guarda definitiva e as certidões de nascimento em mãos, Gabriele e Marco e as meninas comemoram por constituírem um lar, onde o puro amor impera.
Por Luan Berti

Original disponível em: http://www.horahnoticias.com/index.php?i=noticia&id=3988

Reproduzido por: Lucas H.

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