sábado, 5 de maio de 2012

ADOÇÃO É UM ATO DE FELICIDADE MÚTUA


ADOÇÃO É UM ATO DE FELICIDADE MÚTUA Uma espera de três anos e meio preparou a professora Simone Garcia da Silva para encarar a mais difícil e também a mais prazerosa experiência de sua vida. Após muitas tentativas e nenhuma causa aparente, ela e o marido não conseguiam conceber um bebê e resolveram partir para a adoção. Depois de dois anos de espera, a adoção de um bebê foi frustrada. Encontraram uma recém-nascida e efetuaram “adoção à brasileira”, mas com dois meses de convívio a guarda provisória foi retirada, por causa dos impedimentos legais. “Nosso sofrimento foi imenso porque estávamos felizes como há muito não sentíamos. A Ana tinha tudo: além de coisas materiais, muito amor”, relata Simone. Mas a frustração não foi uma barreira para continuarem tentando. Mais um ano e meio se passou até encontrarem Pedro Henrique, aos cinco meses, internado em um hospital da capital, vítima de maus tratos. “A carteira de saúde do Pedro parecia uma bíblia, de tantos relatos e tantas enfermidades. O encontramos em um estado de saúde que alguns pensavam se tratar de uma criança deficiente. Ele precisava de muitos cuidados”, lembra o pai, Marcelo da Silva. As dificuldades que enfrentariam seriam muitas, mas nenhuma delas suficiente para desistirem do bebê. “Quando alguém faz um comentário sobre a sorte que ele teve de nós o termos encontrado, eu sempre falo que quem teve sorte fomos nós. Ele me ensinou a ser mãe”, pontua Simone, em uma fala emocionada. Hoje, Pedro Henrique tem quatro anos e esbanja saúde e felicidade. Simone receia que, na adolescência, ele possa manifestar algum tipo de revolta por sua história, mas afirma que se ele quiser conhecer a mãe biológica, tem todo o direito. “Não nos arrependemos, nem por um momento, de nada. Passei muitas noites com o Pedro no colo sem conseguir dormir, por apresentar um grave problema pulmonar. Nossa maior recompensa é vê-lo hoje, saudável”, salienta Simone. O excesso de burocracia, entretanto, desanimou o casal em pensar numa outra adoção. CAMPANHA ADOÇÃO Realizada em Santa Catarina por parceria entre Assembleia Legislativa, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil e Tribunal de Justiça, via Corregedoria Geral e Justiça, a Campanha Adoção – Laços de Amor tem o objetivo de reduzir o número de crianças e adolescentes acolhidos em instituições do Estado. O Poder Judiciário e o Ministério Público estaduais estão engajados para garantir maior agilidade nos processos e a sensibilização social acontece através da divulgação de histórias reais, visando flexibilizar os planos de futuros pais e mães, ampliando seu olhar para crianças mais velhas e adolescentes. Santa Catarina tem cerca de 1600 crianças em instituições de acolhimento, muitas já aptas para a adoção. A maioria, no entanto, tem acima de oito anos, o que contraria o desejo da quase totalidade daqueles que pretendem adotar. Entre os que planejam acolher um filho adotivo, aproximadamente 90% preferem crianças de até três anos. Esta foi a grande motivação da Campanha Adoção – Laços de Amor, que estimula a adoção tardia, múltipla (grupos de irmãos) e também de crianças deficientes através de histórias reais, mostrando como os laços de amor nascem entre os novos pais e filhos independente de idade, gênero ou qualquer outra condição. http://www.portaladocao.com.br/

Nenhum comentário: