domingo, 27 de maio de 2012

Caminhada pró-adoção é realizada em Copacabana no Rio de Janeiro


Adotar uma criança é acreditar que o amor supera barreiras, como o preconceito. Colaboradora ativa do grupo Adoçando Vidas, de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, Dália Taiguara, 41 anos, tem há mais de cinco anos uma relação homoafetiva. Com vontade de ser mãe desde os 15 anos, Dália e a companheira, Eva Andrade, não pensaram duas vezes e adotaram Thaisa Vitória, aos cinco anos de idade. “Hoje nossa filha tem oito anos e é a minha maior felicidade. A parte da adoção foi tranquila, porém há outros problemas, pois a criança chega com manias, medos, traumas e sem autoestima. É preciso trabalhar a parte psicológica para que haja confiança da criança com os pais adotivos, mas quando esse momento passa, vivemos um sonho. É importante que o preconceito seja reduzido e as pessoas se conscientizem a adotar vidas”, contou. Atitudes como esta foram expostas na terceira edição da caminhada realizada, pelo terceiro ano consecutivo, pela Frente Parlamentar Pró-Adoção e pela Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), na orla de Copacabana, na manhã deste domingo, (27/05). De acordo com a Guarda Municipal, pelo menos 500 pessoas participaram da manifestação. O ato encerrou as comemorações da Semana Estadual da Adoção de Crianças e Adolescentes. Durante toda a semana foram realizadas diversas atividades, como atos públicos, visitas a abrigos e palestras. O presidente da Frente Pró-Adoção, deputadoSabino (PSC), abraçou a causa visando ampliar na sociedade uma cultura favorável a adoção. “Nosso objetivo, também, é esclarecer sobre os mitos e dificuldades que são enfrentados nesse processo”, comentou ele, citando a lei 6.058/11, de sua autoria, que garante prioridade de tramitação a processos de adoção. A norma, assinada conjuntamente com o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), diz que os procedimentos judiciais de adoção de menores receberão tratamento prioritário na prática de todos os atos e diligências, mas o benefício deverá ser requerido ao juiz. “Há casos que levam até dez anos para serem regularizados. É um absurdo”, afirmou o parlamentar Já a presidente da Comissão de Assuntos da Criança, Claise Maria Zito (PSD), contou como passou a fazer parte do projeto e comemorou a adesão das pessoas. “Desde o ano passado faço parte desse evento junto ao deputado Sabino, para divulgar e conscientizar a população sobre a adoção. Muitas pessoas têm vontade de adotar e não sabem como funciona o processo, por isso a importância da divulgação do tema. Adotar é um ato de amor”, aplaudiu. Mãe de cinco filhos, sendo três biológicos e dois adotivos, a Presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD), Bárbara Toledo, luta com os grupos para que as autoridades vejam a adoção como instrumento efetivo de garantir o direito do convívio familiar. “Nós lutamos para que as crianças tenham suas famílias. Há diversas crianças em abrigos precisando de um lar”, disse. No Brasil há pelo menos 116 grupos que buscam divulgar a adoção e apoiar pessoas que desejam adotar. Apenas no Rio, há mais de 10.

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