quarta-feira, 29 de junho de 2016

Surto de microcefalia e abandono de bebês: RRI mostra panorama do Zika vírus no Nordeste brasileiro (Reprodução)

28/6/2016

O Repórter Record Invesigação desta quinta-feira (30) viajou mais de mil quilômetros pelo Nordeste do Brasil com a proposta de revelar a verdadeira dimensão dos danos que o Zika vírus provocou na vida de milhares de mulheres e crianças. Principalmente para aquelas famílias que jamais ouviram falar na relação entre o mosquito Aedes aegypti e a microcefalia.

Em uma reportagem exclusiva, os repórteres Marcus Reis, Gabriela Pimentel e a editora Cátia Mazin mostram como mães muito pobres enfrentam, praticamente sozinhas, uma verdadeira guerra para cuidar dos seus bebês afetados pela doença.

Uma outra consequência do surto de microcefalia é o abandono de mulheres e bebês recém-nascidos. Assim que soube da doença do filho, o marido de Soraia largou os dois ainda no hospital. E pior: vendeu a casa onde a família vivia e sumiu. "Ele disse que eu tinha de escolher entre ele e o bebê", conta.

E a história da mãe biológica que iria entregar a filha à outra família, só que a criança nasceu com microcefalia e o casal desistiu de adotá-la. No entanto, o amor e a coragem de Mirian mudaram a vida da pequena Maria Eduarda: "Quando eu olhei para a menina, meu coração bateu forte. Foi amor à primeira vista", disse.

Original disponível em: http://noticias.r7.com/reporter-record-investigacao/surto-de-microcefalia-e-abandono-de-bebes-rri-mostra-panorama-do-zika-virus-no-nordeste-brasileiro-28062016

Reproduzido por: Lucas H.

Casal homoafetivo lança livro que relata processo de adoção no RS (Reprodução)

28/06/2016 15h06

No Dia Mundial do Orgulho LGBT, celebrado nesta terça-feira (28), um casal homoafetivo lança um livro que narra uma história de amor. Na obra "Amor Sem Preconceito", Lucimar Quadros e Rafael Gerhardt, de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, contam o processo de adoção do filho João Vitor.

Pai Lúcio e Pai Rafa, como o garoto os chama, se conheceram há 21 anos, como mostra a reportagem exibida pelo Jornal do Almoço nesta terça-feira (assista acima no vídeo). Há seis, a chegada de João Vitor mudou a rotina do casal.
Há quatro anos, uma decisão inédita do Ministério da Previdência concedeu licença-maternidade (ou paternidade) para Lucimar se dedicar ao João Vitor, em um processo demorou dois anos para ser concluído.
"Tu acordar de manhã e receber um bom dia de um filho e um abraço, isso não tem preço, sabe?", relata Lucimar. "Sempre desejei ser pai, vou ser bem sincero. E com o Lucio, encontrar alguém e ter uma familia. Todo mundo, no fundo, quer ter uma família", completa Rafael.
Os dois ficaram três anos na fila de espera. Foram muitas noites sonhando com a paternidade. Agora, a história toda está contada nas páginas do livro, que será lançado na noite deste terça (28) em Gravataí e no próximo dia 14 de julho em Porto Alegre.

Serviço:

Lançamento do livro "Amor Sem Preconceito" em Gravataí
Quando: 28 de junho, às 19h30;
Onde: Sindilojas Gravataí (Rua Adolfo Inácio Barcelos, 336 - Centro).

Lançamento do livro "Amor Sem Preconceito" em Porto Alegre
Quando: 14 de julho (quinta-feira), às 18h;
Onde: Mezanino da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 - Centro).

Original disponível em: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2016/06/casal-homoafetivo-lanca-livro-que-relata-processo-de-adocao-no-rs.html

Reproduzido por: Lucas H.

Justiça do Amapá incentiva adoção tardia (Reprodução)

28/06/2016 - 10:57

Na região norte são 1.172 pretendentes e no Amapá, 147 pessoas na fila aguardando por um filho. Em todo o país, apenas 312 pretendentes aceitam crianças com até 9 anos de idade, representando o baixo percentual de 0.87%.

Muitas são as crianças acima dos 9 anos que aguardam pela oportunidade de encontrar um lar. Nazaré e Domingos Amorim, ambos de 59 anos, adotaram recentemente um casal de irmãos, a menina com 9 anos e o menino com 10.

O casal teve dois filhos biológicos. Em visita à Casa da Hospitalidade em Santana, decidiram por fazer adoção.

A família sempre teve o desejo de ter uma menina, e a adoção era uma opção. Ao chegar ao abrigo, o casal soube que havia uma menina disponível para adoção, e para a sua surpresa ela possuía também um irmãozinho.

“Resolvi conhecê-los sem qualquer certeza de adoção e no momento em que tive o primeiro contato com eles, logo me encantei e decidi que queria ser a mãe deles. Hoje a Lorrane tem 9 anos e o Andrey tem 10, eles são nossos amores, membros da família e muito amados”, afirma Nazaré.
Ela e o marido se inscreveram no Cadastro Nacional de Adoção e procuraram a Vara da Infância e Juventude de Santana, e após 8 meses de convivência com as crianças conseguiram a guarda definitiva deles.

Pessoas solteiras também podem se candidatar a adoção, esse é o caso de José Augusto Marques que sequer pensava em adotar, possuía uma vida comum de solteiro. Mas um amigo que era voluntário na Casa da Hospitalidade lhe falou sobre um menino, o Marrone de 13 anos, que ele deveria conhecer. Eles se conheceram, uma amizade sincera nasceu e um vínculo de amor, e quando soube que o jovem possuía um irmão, Bruno, de 11 anos, José não teve dúvidas, adotaria os dois.

O processo foi seguro e gradativo, José apadrinhou os meninos e em janeiro de 2014 solicitou judicialmente a guarda provisória das crianças, e no mês seguinte a guarda foi concedida. Desde então os três passaram a morar juntos, com a confirmação da guarda definitiva em fevereiro de 2016.
“Nosso processo foi muito tranquilo e natural. Eu os conheci e nos identificamos, os laços afetivos foram criados durante todo o processo e hoje somos uma família”, conta José Augusto Marques, emocionado. Ele ainda ressalta que sempre aconselha as pessoas a conhecerem um abrigo, mesmo sem pretensões, apenas para se ambientar. A adoção deve acontecer naturalmente sempre que encontrar uma criança com quem crie um laço afetivo verdadeiro e sólido.

A Presidente da Sociedade Amapaense de Apoio à Adoção (SAAD), Cássia Navarro, explica que o importante aos olhos da Justiça é sempre o melhor interesse das crianças e seu vinculo afetivo construído no lar adotivo, não a questão biológica. Portanto trata-se de um processo seguro e quando finalizado, é definitivo.

A Justiça do Amapá incentiva a adoção de todas as crianças que necessitam de um lar, sem distinção de etnia, idade ou sexo.

Original disponível em: http://www.diariodoamapa.com.br/cadernos/editorias-i/cidades/item/13084-justica-do-amapa-incentiva-adocao-tardia

Reproduzido por: Lucas H.

Para cada criança esperando pela adoção, seis famílias estão interessadas no RS (Reprodução)

28.06.2016   .  14:37                  

Oito crianças esperam por uma família adotiva em Bento Gonçalves. (Foto: CNA)
Atualmente oito crianças estão esperando para serem adotadas em Bento Gonçalves. E no Rio Grande do Sul 1001 crianças passam pela mesma situação, enquanto 5.552 pessoas estão aguardando aprovação de seus cadastros para poder adotar, são os dados estatísticos apresentados pelo Cadastro Nacional de Adoção no mês de junho.



Mesmo que a média apresente seis pessoas para cada uma das crianças, o obstáculo que dificulta a adoção, além da liberação do cadastro também é o perfil ideal exigido pelas pessoas, o que reduz a chance do número de crianças serem adotadas.



Esses pequenos ficam alocados na Casa de Acolhimento Azaléia em Bento Gonçalves, que possui 12 vagas e atualmente estão sobrando quatro lugares. O promotor da Infância e da Juventude do município, Elcio Resmini Menezes, esclarece que eles são muito rigorosos com o fato de não deixar aumentar o número de crianças para serem adotadas. "Não são só crianças que estão lá, existe adolescentes também. Lutamos muito para que não permaneçam acolhidos por muito tempo, sempre tivemos esse número de crianças, alguns deles sem perspectiva de sair para adoção", esclarece.



Essas mesmas crianças que estão esperando por uma família, estão inclusas no cadastro nacional, o que é positivo para aqueles que são maiores de cinco anos, pois Menezes explica que pessoas de outras regiões do país podem se interessar em adotar crianças maiores, adolescentes ou com alguma deficiência física.  "Hoje temos adolescentes que vão completar 18 anos e não temos quem queiram adotá-los no momento", lamenta o promotor.



A maioridade é somente biológica nesses casos, alguns tem comprometimentos, responsabilidades, mas não significa que o lar possa abrir a porta e eles possam fazer sua vida, informou Menezes. "Alguns não conseguirão, mas os órgãos públicos continuarão tendo que olhar por eles. Um vínculo é criado com quem trabalha na instituição e cria uma angústia porque se sabe que eles saem da infância para uma etapa de adulto, mas não serão adotados", relatou.



Mas as pessoas que despertam a vontade de acolher uma criança para que faça parte de sua família, sejam casais ou solteiros precisam saber que o processo de adoção envolve uma preparação em primeiro momento. O intuito é que elas compreendam exatamente o que significa a adoção e a possível nova composição familiar com a chegada desse ser. Essa medida passa por questão pessoais, familiares e psicológicas.



A partir dessa preparação os interessados precisam procurar a Vara da Infância e Juventude e o cartório da Infância e Juventude para realizar o processo de habilitação, que é estarem cadastrados junto ao Juizado da Infância e Juventude. Nesse cadastro os requisitos obrigatórios precisam ser comprovados, como atestados de saúde física e mental, financeiro e residencial. Com esses  processos estando em ordem, é realizado um estudo social, em que uma assistente social judiciária avalia se as condições do adotante estão adequadas as normas para contar em um laudo que é encaminhado ao Ministério Público, que fará um parecer da situação e se estiverem aptos o juiz homologará a adoção.



O promotor ainda explica que existe também a etapa posterior que é o estágio de convivência, estabelecido para fazer um acompanhamento para adaptação da família que está recebendo está criança.



E outra maneira de adoção são as entregas voluntárias feita pela mãe biológica, que não quer exercer essa maternidade e manifesta essa posição para o hospital ou conselho tutelar antes do nascimento da criança, informa Meneses. E quando ela resolve entregar a criança, já existe um casal preparado para receber esse bebê, e judicialmente o casal já está cadastrado. O promotor explica também que quando não ocorre manifestação da vontade de doar pela mãe, mas no decorrer do tempo em exercício da maternidade, ocorre negligência nos cuidados e ela mostra que não tem condições, que causa prejuízo para a criança,  é possível realizar outra forma de adoção, mas com um processo de destituição do poder familiar dessa mãe biológica. Existindo uma ação contra essa pessoa por conta desse abandono e maus tratos, mas já ocorrendo a existência de um processo.



Nesses casos de destituição familiar é preciso abrigar a criança em uma família substituta se for conveniente naquele momento ou em um acolhimento institucional, que é o caso da Casa de Acolhimento Azaléia. Nesse cenário se acelera o processo para que a criança não passe muito tempo no acolhimento, afirma o promotor.


Reproduzido por: Lucas H.


No AP, 147 pessoas estão na fila para adotar crianças e adolescentes (Reprodução)

28/06/2016 20h58

No Amapá, 147 pessoas estão na fila da adoção, segundo o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), com base no Cadastro Nacional de Adoção. Na Região Norte, 1.172 estão cadastrados no sistema para adotar crianças e adolescentes.

De acordo com a Justiça, o número diminui quando reunidas as pessoas interessadas em adoção de menores que têm 10, 15 ou até 17 anos. O Tjap informou que há muitas crianças acima dos 9 anos em abrigos que aguardam pela oportunidade de encontrar um lar.

Segundo a presidente da Sociedade Amapaense de Apoio à Adoção (Saad), entidade sem fins lucrativos, Cássia Navarro, o importante aos olhos da Justiça é sempre o melhor interesse das crianças e o vinculo afetivo construído no lar adotivo, e não a questão biológica.

Adoção é um ato legal de ter como filho alguém concebido por outra pessoa. Podem adotar pessoas maiores de 18 anos, com 16 anos a mais que a criança ou adolescente que quer adotar, independentemente do estado civil ou gênero.

Avós ou irmãos da criança não podem adotá-la. Estrangeiros também podem adotar por meio da decisão de uma comissão a que serão submetidos judicialmente.

O processo de adoção começa com um cadastro na Vara da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Amapá, através de uma petição. A família que vai receber a criança passa por um estudo psicossocial, deve participar de curso preparatório, e, se o cadastro for autorizado, entra no cadastro de residentes no Amapá.

Original disponível em: http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2016/06/no-ap-147-pessoas-estao-na-fila-para-adotar-criancas-e-adolescentes.html

Reproduzido por: Lucas H.

Menino de cinco anos terá o nome da mãe e dos tios na certidão de nascimento (Reprodução)

28/06/2016 às 14:25

Uma criança de 5 anos passará a ter o nome de mãe biológica e dos tios em sua certidão de nascimento. A adoção poliafetiva foi concedida pelo juiz Rodrigo de Melo Brustolin, em substituição no Juizado da Infância e Juventude da comarca de Rio Verde.

O magistrado julgou parcialmente procedente o pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) e deferiu a adoção da criança aos tios, determinando que o nome da mãe biológica permaneça na certidão. Rodrigo Brustolin concedeu ainda à mãe biológica o direito de visitas em fins de semana alternados, durante o dia, das 8 às 18 horas. Além disso, os pais adotivos e a mãe biológica deverão promover e garantir o vínculo afetivo entre a criança e seus irmãos, estimulando a convivência entre eles.

Os pais socioafetivos são tios-avós da mãe biológica do menino e cuidam da criança desde que ele tinha 2 anos de idade, ou seja, há mais de três anos. Eles obtiveram a guarda após serem acolhidos em centro de abrigamento temporário, em razão de a mãe tê-lo abandonado em casa sozinho.

Consta dos autos que a avó e bisavó materna não manifestaram interesse em ficar com a criança. Além disso, a mãe também não tem intenção de cuidar do filho, afirmando não ter condições econômica e emocional para criá-lo, razão pelo qual não faz qualquer objeção quanto à adoção da criança pelos tios.

Foi relatado ainda nos autos que a criança apresenta desde o nascimento problemas no rim esquerdo (hidronefrose grau III), razão pela qual necessita de cuidados especiais, os quais têm sido prestados pelos tios-avós que querem a adoção.

O juiz fez questão de salientar que deve prevalecer o melhor interesse da criança, sobre qualquer outro que se manifeste nos autos. Isso, segundo ele, se chama princípio do interesse superior da criança, conforme no artigo 227, da Constituição Federal.

De acordo com Rodrigo Brustolin, os autos revelam que os requerentes, por ato voluntário da mãe biológica da criança, que não tem condições financeiras e emocionais de criá-lo, detêm a guarda do menor e durante esse período a criaram como se fosse filho e por isso, pretendem regularizar a situação.

O magistrado levou em consideração os relatórios psicossociais e os de estudo social realizado com as partes do processo, ficando clara a formação de vínculo familiar entre os autores e a criança, “os quais ela reconhece como pais e de quem tem recebido toda a assistência material e afetiva necessários ao bom desenvolvimento do menino.”

“Dessa forma, diante da documentação apresentada nos autos e, considerando que se trata de situação fática já consolidada no tempo, pois a criança convive com os requerentes desde maio de 2013, reconhecendo neles a pessoa de pai e mãe, sendo o referido casal responsável pela sua criação e educação, acompanhando-o nas rotinas diárias, inclusive, tratamento médico em razão da sua peculiar condição de saúde, o deferimento da ação é medida que se impõe”, salientou.

Previsão legal 

Com relação ao pedido de que o nome da mãe biológica permaneça no registro de nascimento da criança, juntamente com o nome dos requerentes, o juiz destacou que não existia previsão legal nesse sentido, mas considerou a existência de fortes vínculos afetivos entre as partes. Portanto, Rodrigo Brustolin não viu razão para não acatá-lo, sendo que como já afirmou, “é preciso atender o melhor interesse da criança.”

De acordo com o juiz, apesar de a situação causar estranheza, ele observou que não é inédita na sociedade. O mesmo juízo em recente processo decidiu pelo deferimento da adoção de uma menina de 9 anos ao casal de tios, permanecendo no registro o nome da mãe biológica, considerando, no caso, que a afetividade é o principal elemento na constituição da família, seja ela de qual natureza for.

Ainda na sentença, Rodrigo Brustolin lembrou que a decisão segue também o entendimento colocado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em agosto de 2012, que permitiu a inclusão da madrasta na certidão de nascimento de um rapaz, revertendo a sentença da primeira instância, que reconheceu a situação, mas argumentou não haver espaço na lei para a inscrição de duas mães. “O estabelecimento da filiação pluriparental quando verificada a posse de estado de filho, sem excluir o vínculo com os genitores, é uma realidade que a Justiça já começou a admitir”, frisou.

Apesar de o artigo 41 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prever, como efeito da adoção, o desligamento de qualquer vínculo com pais ou parentes, o magistrado entendeu que o que deve prevalecer é o maior e melhor interesse da criança, “que no presente caso tem vínculo afetivo estabelecido com sua genitora e os pais socioafetivos, sendo certo que eventual rompimento desse vínculo poderá comprometer seu sadio desenvolvimento, influindo, ainda, na formação de sua personalidade”.

Original disponível em: http://www.emaisgoias.com.br/menino-de-cinco-anos-tera-o-nome-da-mae-e-dos-tios-na-certidao-de-nascimento

Reproduzido por: Lucas H.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Estudante de moda cria loja para moradores de rua em Florianópolis (Reprodução)

27/05/2016   10h44

Um TCC mobilizou o Centro Universitário Estácio de Santa Catarina desde que Jaqueline Soares Lopes, 22, se propôs a utilizar a moda como instrumento de transformação social. Para por em prática o estudo, ela criou, na última quarta-feira (25), uma loja gratuita para os moradores de rua no Centro de Florianópolis.

O objetivo era comprovar que possuir roupas adequadas estimula a autoestima de qualquer indivíduo, mesmo daqueles que vivem em extrema vulnerabilidade, quebrando assim, o estigma de futilidade que o curso carrega.

Jaqueline também morou na rua. Sua mãe biológica teve gêmeas. Prometeu as filhas para uma conhecida, Marlene Torres Soares. Mas, na hora de entregá-las, deixou apenas que a irmã de Jaqueline partisse. Elas tinham dois dias de vida na separação. "Foi duro para mim, eu esperava as duas, fiz enxoval", conta Marlene.

Num passeio, o marido de Marlene encontrou Jaqueline pedindo esmolas com um grupo de moradores de rua. A mãe biológica tinha desaparecido. Ele denunciou a situação e conseguiu a guarda da menina na Justiça. Ela tinha 1 ano e meio.

"Esse trabalho fez com que eu reencontrasse a minha história. Se meus pais não tivessem me adotado eu cresceria na rua", disse Jaqueline.

Essa trajetória inspirou mais de trinta estudantes, de diversos cursos, a colaborarem com o projeto. Foram selecionadas 2.691 peças de roupas e sapatos.

Todo o vestuário foi lavado e costurado. As alunas de design de interiores criaram araras com bambus, caixas madeiras, pneus e canos de PVC. Todo material foi separado por tamanhos e categorias. Voluntárias auxiliaram os clientes da loja durante seis horas.
Notas de Brincadeira

Para cada morador de rua foi entregue uma nota de brincadeira de R$ 50. Com esse dinheiro eles tinham a liberdade de escolheram as peças conforme seus gostos.

"Eu não queria transformá-los em depósitos de roupas velhas. A ideia foi criar uma experiência de compra. Cada pessoa selecionou peças de acordo com sua identidade e necessidade, não levaram apenas porque era de graça", disse Jaqueline.

Ao todo, 300 pessoas foram beneficiadas. Rita de Cássia Souza, 37 anos, levou roupas para os cinco filhos. Ela mora com as crianças há seis anos nas ruas de Florianópolis, desde que se separou do marido que as espancava. Vende balas de goma e paçoca. Nunca tinha comprado vestes para eles.
"Eu me acabei, menina. Peguei roupas para o frio, para o calor, um monte de blusinhas. Tem até pijaminhas e pantufas, acredita?", disse Rita, feliz da vida.

Depois das compras, Marlene, a mãe adotiva de Jaqueline, oferecia sanduíches e sucos.

Mais destaque da população de rua

Outro apoio importante foi do CentroPop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua), que avisou sobre o brechó. A estimativa é que Jaqueline tenha atendido 60% da população que vive nas ruas da capital.

"A moda pode ser usada com sustentabilidade. Você abre mão do que não deseja e beneficia alguém. Essas pessoas são tão humildes e tão gratas. Faz tempo que não vejo tanta felicidade. Para gente é banal consumir. Para eles é inclusão", disse Jaqueline.

Muitas mulheres fizeram questão de desfilar com as roupas novas, outras puxaram funk. Teve dança. A satisfação das estudantes foi tanta que elas pretendem se unir a Jaqueline para consolidar o projeto fora da universidade. A coordenadora do curso, Vanessa Koppe, também não disfarçou o orgulho.

"Dar vida a um projeto de conclusão de curso que ultrapassa os muros da faculdade é gratificante", disse.

Original disponível em: http://educacao.uol.com.br/noticias/2016/05/27/estudante-de-moda-cria-loja-para-moradores-de-rua-em-florianopolis.htm

Reproduzido por: Lucas H.

Coluna do Servidor: Licença-paternidade aumenta 15 dias (Reprodução)



Rio - O servidores da Justiça Federal contam agora com um benefício que vai contemplar todos os futuros pais da categoria. O Conselho da Justiça Federal (CJF) estendeu o período da licença-paternidade de cinco dias — garantidos por lei — por mais 15 dias. A medida vale para os funcionários e magistrados do conselho e dos tribunais federais de todo o país.
A decisão foi tomada na última quinta-feira, seguindo o Decreto 8.737 de 3 de maio de 2016, da presidente afastada Dilma Rousseff, que garantia a prorrogação da licença-paternidade por mais 15 dias aos servidores do Executivo.

Para que o benefício fosse estendido ao Judiciário, era necessário uma autorização do Poder. Ao decidir pela prorrogação da licença-paternidade, a relatora do CJF, desembargadora federal Cecília Marcondes destacou a importância da convivência da criança com o pai.

“A iniciativa de alteração legal, registrada no PL 6998/2013, funda-se na ampla percepção da importância da convivência da criança com a figura paterna, da criação de vínculo com o pai e do suporte que ele pode dar à mãe no cuidado do filho”, defendeu. A desembargadora argumentou ainda que os efeitos da medida no serviço público se alinham ao princípio constitucional da isonomia, lembrando sobre a ampliação da licença à gestante, regulamentada pelo CJF.

Requisitos

A prorrogação da licença-paternidade por 15 dias é condicionada a alguns requisitos. O servidor tem que fazer requerimento, em até dois dias úteis, após o início da licença. Ele também tem que apresentar declaração de não exercício de atividade remunerada durante o período de prorrogação. O benefício também vale para casos de adoção e guarda para adoção.

Vitória da categoria

Após a aprovação da ampliação do benefício, a categoria comemorou. “A decisão garante maior participação do pai no nascimento do filho”, disse o presidente do Sisejufe (sindicato da categoria no Rio), Valter Alves. O sindicalista diz ainda que o conselho decidiu sobre a matéria após requerimento da entidade. O pedido foi feito após a edição do decreto de Dilma.

Executivo

O Decreto 8.737/ 2016, editado por Dilma Rousseff institui o Programa de Prorrogação da Licença-Paternidade para servidores do Executivo e abriu caminho para outros Poderes adotarem a medida. As condições são as mesmas do CNJ (que seguiu o modelo do decreto). O texto proíbe o pai a exercer qualquer atividade remunerada durante a prorrogação da licença.

TJ-RJ concede 30 dias

No Judiciário estadual do Rio, o período de licença-paternidade concedido aos servidores é maior do que no federal. Desde maio, o Tribunal de Justiça do Rio garantiu benefício de 30 dias a servidores e magistrados. A licença pode ser desfrutada a contar da data do nascimento da criança ou da data da perda gestacional da mãe.

Original disponível em: http://odia.ig.com.br/economia/2016-06-26/coluna-do-servidor-licenca-paternidade-aumenta-15-dias.html

Reproduzido por: Lucas H.

Legislação dificulta agilização das adoções (Reprodução)

Carazinho, 24/06/2016, 18h38

O Grupo de Apoio à Adoção Manon, criado em agosto de 2014 pela empresária carazinhense Carin Krüger, é direcionado às pessoas que pensam em adotar; que estão na fila da adoção; que já adotaram ou que pretendem dar alguma criança ou adolescente para adoção. O grupo promove encontros, atividades, debates e esclarecimentos sobre o tema, além de levar profissionais para palestras de orientação, como juízes, promotores de justiça, advogados, assistentes sociais e psicólogos, oferecendo um leque amplo de orientações para que o processo seja feito de forma legal e correto, com acompanhamento da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente de Carazinho.

“Nosso objetivo é acolher essas pessoas que possuem algum interesse em relação à adoção, discutir temas relacionados, esclarecer dúvidas, mas também trazer profissionais que trabalhem em toda essa rede de proteção e apoio à criança e ao adolescente, para que cada um conte qual é o seu papel nessa rede; não somente na questão da adoção, mas da proteção dessas crianças, para que os habilitados todos entendam como esse processo acontece. Eu sempre brinco, que quando a pessoa é habilitada e entra na fila, é como se o casal colocasse seu nome em uma caixinha preta, essa caixinha se abre e sai dali um bebê como um coelho na cartola. Eles não sabem o que acontece dentro daquela caixinha. Então, temos esse objetivo de esclarecer”, compara Carin Krüger.

Na próxima terça-feira (28), o juiz de direito Bruno Massing de Oliveira, responsável pelo Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Carazinho, participará de um encontro promovido pelo Grupo Manon, a partir das 19h30min, na Escola Princesa Isabel. “O Dr. Bruno é parte fundamental nesse processo todo e vai para falar um pouco sobre o trabalho dele, como acontece a tramitação dos processos de adoção no Poder Judiciário. Toda a comunidade está convidada e tem a oportunidade de interagir”, explica Carin.

O Manon iniciou suas atividades em agosto de 2014 e o resultado mais positivo segundo sua presidente é a união do grupo. “Nós temos muitas questões para lutar hoje no Brasil. Os grupos de apoio à adoção estão tentando se unir para algumas conquistas, porque o processo de adoção está ficando cada vez mais difícil, mais burocrático e com mais entraves. Há movimentos nesse sentido, dos grupos de apoio estaduais e nacionais, e o maior objetivo, esse da união, está sendo cumprido”, destaca.

PERFIL PREFERIDO É APENAS UM DOS ENTRAVES

Carin revela que atualmente no país, não faltam pessoas querendo adotar, há muitas crianças e adolescentes precisando ser adotadas, mas poucas estão aptas à adoção. Questionada sobre os números de Carazinho, divulgados pelo juiz Bruno Massing ao DM, na semana passada, dando conta que atualmente há 52 casais habilitados e que foram concretizadas quatro sentenças de adoção no ano passado e duas esse ano, a presidente do Manon enfatiza que além da questão do perfil preferido da criança há outras questões que dificultam a adoção.

“O que acontece é que o processo para adoção está mais longo. O tempo de espera na fila está ficando cada vez maior. O Dr. Bruno mostrou um dos aspectos responsáveis por essa demora, que é o perfil da criança. Realmente, o primeiro desejo da pessoa que quer adotar, é aquele bebê bonitinho, rosadinho, o chamado bebê propaganda. Essa é a primeira idealização, provavelmente de qualquer pai e mãe biológico ou não, que imaginam seu filho assim”, explica a presidente, complementando que essa cultura está mudando gradativamente. “O perfil tem ficado um pouco mais estendido. Antes a maioria pedia recém nascido de três até seis meses de idade. Hoje já está indo para a faixa de até 3 anos, essa faixa está ampliando aos poucos. O perfil é realmente um dos motivos, mas está longe de ser o único”, opina. “O grupo tem feito algumas ações em relação a isso, de conversar com os habilitados sobre adoções tardias que é quando se adota uma criança mais velha. Inclusive levamos assistente social para falar sobre isso, sugerindo que os habilitados se dirijam ao Fórum para discutir sobre o seu perfil preferido, se podem abrir mais”, esclarece.

Original disponível em:http://www.diariodamanha.com/plantao/ver/20905/Legisla%C3%A7%C3%A3o+dificulta+agiliza%C3%A7%C3%A3o+das+ado%C3%A7%C3%B5es

Reproduzido por: Lucas H.

Bebé de casal luso-britânico vai ser entregue para adoção (Reprodução)

24 Junho 2016 às 22:02

"O Tribunal de Portsmouth decidiu que a criança será encaminhada para adoção", confirmou fonte da secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, adiantando que a audiência final do processo foi marcada para 22 de Julho.

O caso refere-se ao bebé Santiago, filho da portuguesa Iolanda Menino e do britânico Leonardo Edwards, nascido a 1 de fevereiro e retirado pelos serviços sociais ao fim de nove dias.
Segundo a fonte, os pais não estiveram presentes na audiência nem se fizeram representar na sessão à qual assistiu uma funcionária do Consulado Geral de Portugal em Londres.

"As autoridades portuguesas solicitaram, na última audiência do Tribunal, algum tempo para tentar estabelecer contacto com os avós de Santiago, que residem na Figueira da Foz. Infelizmente, nem os avós nem os pais responderam às muitas tentativas de contacto feitas presencialmente, por assistentes sociais, por 'email', por telefone e por correio registado. Assim, o Consulado informou o Tribunal de que as nossas tentativas foram infrutíferas", informou a secretaria de Estado.

Os progenitores da criança viajaram para Portugal em abril, altura em que abordaram o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Foram também recebidos pelos deputados Paulo Pisco (PS) e, numa outra ocasião, pelos deputados Carlos Gonçalves (PSD), Isabel Santos (PS), Carla Cruz (PCP) e Domicilia Costa (BE) e fizeram uma manifestação junto à Assembleia da República.

Entretanto, iniciaram uma campanha intitulada "Justiça para o Santiago" nas redes sociais, onde acusam os serviços sociais de "rapto" e de "tráfico de crianças".

Segundo relataram à Lusa, tudo começou após um parto em casa que correu mal.
A mulher sofreu uma hemorragia e foi internada, no mesmo dia, para a remoção da placenta, tendo alta no dia seguinte.

No terceiro dia de vida da criança, duas enfermeiras dirigiram-se à residência, em ocasiões diferentes, para observar o bebé, mas os pais recusaram-se a abrir a porta, alegando que a mãe estava cansada e que as visitas não tinham sido marcadas.

Posteriormente, um agente da polícia deslocou-se à casa e observou a criança.
Porém, aos cinco dias de vida, Santiago contraiu icterícia e os pais levaram-no ao hospital, onde ficou internado para um tratamento de três dias.

Foi então que foram informados de que o tribunal decidira que a criança lhes seria retirada.
Desde então, o casal ficou limitado a ver o filho por períodos diários de 90 minutos, mas não diariamente, até 04 de março, quando o viram pela última vez.

Devido à denúncia que fizeram na comunicação social e na Internet, foram alvo de uma providência cautelar parar pararem de falar publicamente sobre o caso, sob ameaça de prisão, razão pela qual se recusam a regressar ao Reino Unido.

Original disponível em: http://www.jn.pt/mundo/interior/bebe-de-casal-luso-britanico-vai-ser-entregue-para-adocao-5248036.html

Reproduzido por: Lucas H.

Grupo de Apoio à Adoção de Venceslau é destaque na Revista Foco (Reprodução)

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Como destaque da sexta edição da Revista Foco está o Grupo de Apoio à Adoção de Presidente Venceslau, que já existe há cinco anos e faz a diferença na vida de muitas famílias.

No dia 25 de maio, data em que se comemora o Dia Nacional da Adoção, o GAAPV - Grupo de Apoio à Adoção de Presidente Venceslau, foi fundado por mães adotivas e apoiadoras da causa, elas se reúnem uma vez por mês para ajudar mulheres, homens e famílias a entenderem e amadurecerem a ideia da adoção legal, com suas dificuldades e benefícios, preparando assim os adotantes e acompanhando pais adotivos no pós adoção.

Desempenhando um trabalho voluntário, o grupo cumpre sua função social com excelência, auxiliando na conscientização da sociedade sobre a legitimidade da família adotiva. O GAAPV é referência na região, pois não há nenhum outro grupo atuante. Participam do grupo, moradores de Piquerobi, Santo Anastácio e até mesmo  de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.

A matéria completa está nas páginas 19 e 20 da Revista Foco e foi produzida por Nathália Oliveira com fotos de Fábio Guedes.

Original disponível em:

Reproduzido por: Lucas H.

Manu Caliari pede informações ao Ministério Público em Gramado (RS) sobre adoção (Reprodução)

Publicado em 24/06/2016 às 20h00


Gramado (RS) – A vereadora Manu Caliari (PRB-RS) apresentou indicação onde solicita informações ao Ministério Público acerca do processo de adoção de crianças e adolescentes no Município de Gramado. A proposta foi votada e aprovada, de forma unânime, na sessão da última segunda-feira (20).

“O pedido justifica-se diante das dúvidas que as famílias que tem condições e interesse em candidatarem-se a adotar tem sobre o processo de adoção no Município de Gramado. Na defesa dos direitos das crianças e adolescentes afastados e, ou abandonados por suas famílias, sabendo da importância de oportunizar ao menor um lar para que possa crescer e se desenvolver emocional e psicologicamente”, disse a parlamentar republicana.
Texto e foto: Ascom – Câmara de Vereadores de Gramado

Original disponível em: http://www.prb10.org.br/noticias/municipios/manu-caliari-pede-informacoes-ao-ministerio-publico-em-gramado-rs-sobre-adocao/

Reproduzido por: Lucas H.

Joinville tem 31 crianças à espera de um lar e 300 cadastros de quem se dispõe a adotar (Reprodução)

23/06/2016- 08h03min

Quando uma família decide adotar uma criança, é preenchido um formulário com informações sobre o tipo de pessoa que gostaria de acolher. Existe um perfil bem específico que é mais procurado: crianças de zero a dois anos, sem irmãos, nem problemas de saúde e, preferencialmente, meninas. Daí surge uma conta injusta: em Joinville, há 300 famílias interessadas em adotar e 31 crianças à espera de um lar.
A fila não anda porque essas crianças não se encaixam nas exigências. Apesar de já terem seus processos de destituição do pátrio poder familiar concluídos e, portanto, estarem aptas à adoção, não existem casais cadastrados que aceitem crianças maiores de oito anos em Joinville. Provavelmente, elas ficarão nas instituições de acolhimento até completar a maioridade. Atualmente, há 164 crianças em abrigos da cidade. A maioria delas ainda não está apta à adoção, pois aguarda a conclusão dos processos e ainda pode retornar ao convívio familiar.

Em 2015, foram realizadas 21 adoções (11 meninos e dez meninas), sendo que apenas três delas foram caracterizadas como adoção tardia. Além da espera nos abrigos, o processo que concretiza a adoção tem etapas a serem cumpridas. O casal interessado deve passar por uma avaliação psicológica, estudo social, curso preparatório e, se o parecer da equipe técnica forense for favorável, o juiz decide pela adoção. Depois dos trâmites burocráticos, a criança e o casal vão experimentar um período de convivência, monitorado pelo Serviço Social e Ministério Público. Só depois, a adoção de fato acontece.

Esses procedimentos podem parecer excessivos, no entanto, quando a família está de coração aberto, não há burocracia que impeça a adoção. Esse é o exemplo de Cristiane Bianchi e Aquiles Francisco Filipini, que acolheram os meninos Gabriel David Filipini, hoje com 14 anos, e João Lucas Bianchi Filipini, de nove anos.

Não se pode esperar que tudo seja perfeito

Gabriel é fruto de uma adoção consensual, ou seja, foi acolhido por Cristiane e Aquiles dias após o nascimento. Na época, eles moravam na cidade de Herval do Oeste, no Oeste de Santa Catarina. Lá, Cristiane era voluntária no abrigo de crianças, onde havia poucos monitores. Foi no Abrigo Anjos da Luz que, aos três meses, João Lucas chamou a atenção dela: um bebê magrinho, que não se mexia e havia perdido um irmão por desnutrição.

Mesmo tendo se afeiçoado ao menino, Cristiane ficou feliz quando soube que ele havia sido adotado por uma família. Porém, cerca de dois meses depois, ele foi devolvido, devido ao diagnóstico de paralisia severa. Para Cristiane, a devolução de crianças é muito pior do que o sistema burocrático da adoção.

– É preciso mudar isso. Não é feita exigência nenhuma, só é preciso ter condições para sustentar. Na época, meu marido era vendedor e foi demitido no dia em que o João chegou. Passamos dificuldades, mas nem passou pela nossa cabeça a devolução. Tudo é simples na vida. É a gente quem complica – ensina.

Aquiles pontua que, em Joinville, há dez casais disponíveis para cada criança que poderia ser adotada. Na opinião dele, o problema está em escolher pelo perfil e esperar que tudo seja sempre perfeito, sem nenhum imprevisto, como no caso das doenças.

– Se você quiser adotar, existem crianças esperando por um lar. Só não existem crianças disponíveis para quem quer escolher. Se você estiver esperando um filho (de gravidez), não vai saber como ele virá ao mundo. Algum imprevisto pode acontecer. E você vai abandoná-lo por isso? Se as pessoas escolhessem menos, iriam sobrar famílias – afirma.

Mudança para Joinville em busca de melhor atendimentoHá cinco anos, Cristiane deixou Herval do Oeste, uma cidade pequena, que dispõe de poucos médicos, para buscar atendimento na Associação de Atendimento à Criança Deficiente (AACD) de Joinville. Aqui, encontrou especialistas que ajudaram a melhorar o desenvolvimento do João Lucas. As consultas com ortopedista, cardiologista, pneumologista, neurologista e nutricionista tornaram o menino uma criança muito ativa e expressiva.

No bairro Adhemar Garcia, a família também encontrou uma vizinhança querida, que contribuiu para a permanência na cidade. Aos nove anos, João Lucas é cuidado pelos pais e pelo irmão mais velho, Gabriel.

– Eu aprendi muito com ele. Ele depende da gente para tudo, mas não reclama da vida. Nós temos tudo e ficamos reclamando. Para mim, ele é um exemplo. Depois que o João veio, aprendi a sempre estar de bom humor, foi um puxão de orelha. Temos dificuldades, claro, porque somos seres humanos, mas eu aprendi a parar de reclamar e fazer mais as coisas – diz o pai.

Como adotar1. O processo de adoção começa na Vara da Infância e da Juventude, no fórum da comarca da cidade onde os interessados em adotar moram. É lá que é possível dar início à inscrição no Cadastro Único Informatizado de Adoção e Abrigo (Cuida).

2. Após essa etapa, a Justiça agenda a entrevista para o interessado escolher tipo físico, idade e sexo, e passa uma lista de documentos para fazer o cadastro no sistema, como comprovantes de renda e certidão de antecedentes criminais.

3. Os documentos são analisados e os interessados, chamados para duas entrevistas. O objetivo é avaliar condições financeiras, emocionais e o estilo de vida da família. Os pretendentes também são obrigados a frequentar cursos preparatórios ministrados junto ao Poder Judiciário.

4. Com laudos e informações da família, o juiz define se o interessado está apto e o inclui na lista de pretendentes, cruzando as informações com as das crianças. Quando a sentença de habilitação para adotar é julgada eles concorrem à adoção.

5. A família espera até surgir uma criança com o perfil que procura.

6. Pretendentes e criança se conhecem. Primeiros contatos são monitorados pela Justiça.

7. Se tudo ocorrer bem e a avaliação técnica for positiva, a criança passa a morar com a família, que recebe a guarda provisória até a conclusão do processo.

8. Assim que o juiz proferir a sentença de adoção, a criança passa a ter sobrenome da nova família e os mesmos direitos de um filho biológico.

Quem pode adotar?

Maiores de 21 anos, qualquer que seja seu estado civil.
O adotante deve ser pelo menos 16 anos mais velho do que o adotado. 
A Justiça não prevê adoção por homossexuais. 
A autorização fica a critério do juiz responsável.
Cônjuge ou concubino pode adotar o filho do companheiro.

Quem não pode adotar?

Avô não pode adotar neto.
Irmão não pode adotar irmão.
Tutor não pode adotar o tutelado.

Quem pode ser adotado?

Criança ou adolescente com, no máximo, 18 anos, na data do pedido de adoção, cujos pais forem falecidos ou desconhecidos, tiverem sido destituídos do poder familiar ou concordarem com a adoção de seu filho.
Pessoa maior de 18 anos que já esteja sob a guarda ou tutela do adotante na data do pedido de adoção.

Original disponível em: http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2016/06/joinville-tem-31-criancas-a-espera-de-um-lar-e-300-cadastros-de-quem-se-dispoe-a-adotar-6133729.html

Reproduzido por: Lucas H.

CORTE ITALIANA EMITE SENTENÇA INÉDITA A FAVOR DA ADOÇÃO GAY (Reprodução)

22/06/2016

ROMA, 22 JUN (ANSA)

A Corte de Cassação da Itália, espécie de Supremo Tribunal Federal do país, emitiu nesta quarta-feira (22) uma sentença inédita autorizando a chamada "adoção de enteado" por um casal homossexual....
O tribunal confirmou uma decisão anterior da Corte de Apelação de Roma que acolhia o pedido de adoção de uma menor de idade por parte da parceira de sua mãe biológica. A sentença chega pouco mais de um mês depois da entrada em vigor da lei que autoriza a união civil gay na Itália, cuja aprovação só foi possível após o governo de centro-esquerda de Matteo Renzi ter aceitado tirar do texto o artigo que estendia aos homossexuais a "adoção de enteado".   


A mudança acabou esvaziando um projeto considerado histórico, já que é o primeiro a dar aos gays todos os direitos previstos no casamento, com exceção da adoção e da obrigação de fidelidade, o que manteve uma clara distinção na Constituição entre "união civil", acessível a todos, e "matrimônio", ainda exclusivo dos heterossexuais.   


"A adoção de enteado pode ser admitida sempre que, à luz de uma rigorosa investigação realizada pelo juiz, for efetivamente confirmado o preeminente interesse do menor", diz a sentença da Corte de Cassação, que pode abrir precedente para outros casais homossexuais. A adoção de enteado já era permitida para homens e mulheres casados por pelo menos três anos, mas o desfecho final do projeto da união civil acabou colocando a questão em um limbo jurídico para os gays.   


A decisão do tribunal provocou reações imediatas na Itália, como a do secretário-geral do partido União Popular Cristã (UPC), Antonio Satta, que saiu em defesa da "família tradicional". "A lei sobre união civil é um compromisso aceitável, mas o tema da adoção de enteado não pode ser introduzido pela magistratura", declarou.   


Com a sentença da Corte de Cassação, deve aumentar a pressão sobre o Parlamento para deliberar sobre o assunto, mas em diversas ocasiões o governo de Matteo Renzi já disse que, com a atual legislatura, não haveria os números necessários para aprovar a adoção por casais gays.
A ala conservadora do Congresso, incluindo uma significativa parcela da base aliada do primeiro-ministro, alega que a extensão da adoção de enteado aos homossexuais abriria espaço para as "barrigas de aluguel", uma prática proibida pela Constituição italiana e que enfrenta resistência até nos grupos mais progressistas do país. Vale lembrar que a Itália convive com uma forte influência da Igreja e abriga o coração do catolicismo, o Vaticano. (ANSA)



Reproduzido por: Lucas H.


quarta-feira, 22 de junho de 2016

HISTÓRIAS DE ADOÇÃO (Reprodução)

Junho 21, 2016

De um lado, olhares perdidos e que alimentam a esperança de encontrar um lar. Do outro, casais ansiosos por conseguirem chamar uma criança de filho e formar uma família. O que parece ser uma realidade fácil de ser resolvida se revela um caminho árduo em busca da felicidade. No país, há 5.624 crianças aptas a serem adotadas. Para cada uma delas, vivendo em um abrigo, há seis adotantes (casais ou pessoas sozinhas). Mesmo assim, a construção de um lar é lenta e sofrida. Mas uma mudança no perfil das crianças procuradas para adoção tem gerado mais finais felizes.

Desde 2010 o número de futuros pais que escolhem exclusivamente crianças brancas vem diminuindo no Brasil. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a discriminação racial vem caindo significativamente. Se antes 38,7% dos candidatos queriam apenas filhos brancos, atualmente são 22%. A quantidade de casais que aceitam crianças pardas também cresceu, saltando de 58%, em 2010, para 75% em 2016. E os pretendentes que aceitam crianças negras subiu de 30% para 46,7% no mesmo período.

“Os cursos de preparação para adoção realizados pelas equipes multidisciplinares das varas ou dos municípios conseguem mostrar aos pretendentes a realidade das crianças que estão aptas a serem adotadas, fazendo com que abdiquem de idealizações pré-concebidas, notadamente as crianças brancas e com menos de 3 anos”, diz a ministra Nancy Andrighi, corregedora nacional de Justiça do CNJ, em entrevista ao site da entidade.

Do total de crianças aptas a serem adotadas no Brasil, 6% têm menos de 1 ano – preferência entre os adotantes -, enquanto 87,42% têm mais de 5 anos. Quanto à raça, 17% são negros, 48,8% pardos, 33,4% brancos, 0,3% pertencem à raça amarela e outros 0,3% são indígenas.
A não exigência por crianças brancas pode ajudar consideravelmente no prazo para que a adoção se efetive, mas, mesmo assim, em função de todos os cuidados que a Justiça toma em nome da segurança do pequeno, a morosidade ainda é grande.

A demora em conseguir a adoção definitiva foi uma das questões vividas pelos jornalistas Luciana Neves e Rivelino Moreira, pais adotivos de Marcelo, hoje com 3 anos. Eles deram entrada no processo de adoção em julho de 2011 com o preenchimento do cadastro. Entre cursos obrigatórios, entrevistas com psicólogos e assistentes sociais, eles foram incluídos no sistema em março de 2012.
A ansiedade era uma constante. Marcelinho chegou em janeiro de 2013, com poucos dias de vida. “Ele é uma grande bênção na nossa vida. Esperamos por ele por dez meses, quase uma gestação. Lembro que fiquei com isso na cabeça”, conta Luciana.

Para a alegria do casal e da criança, a adoção definitiva foi concedida em março de 2015. “Por mais que a gente saiba que não vai acontecer, sempre vemos notícias na televisão, ouvimos histórias de juízes que mandaram devolver as crianças. Isso mexe com a gente”, diz Luciana, que no mês de julho lança o livro “O menino que morava na nuvem”, sobre a relação dela com Marcelinho e como contou a ele sobre a adoção.

“Ele teve uma reação muito bonita. Eu ia contando para ele em forma de historinha antes de dormir desde cedo e, um belo dia, quando ele já estava com 3 anos, ele parou e falou: sou eu mamãe, sou eu, e me deu um grande abraço”, relata emocionada.

“Espero que o livro possa ajudar outros pais nesse processo. A gente fica muito inseguro, com medo da reação da criança. Então é uma história, simples, verdadeira e bonita que os pais podem usar de base e criar sua própria versão”, completa.

Sobre o medo que Luciana relatou de, no meio do processo, a criança ter que voltar à família biológica, por determinação da Justiça, a advogada Ana Carolina Brochado, especialista em direito de família, alerta que ele procede.

“O risco de a criança ser devolvida à família biológica é concreto. O que o Estatuto da Criança e do Adolescente diz é que só podem ser adotadas formalmente crianças cujo processo esteja devidamente julgado”.

A questão afetiva e a inserção da criança na nova família são levados em conta. “A premissa é de que a criança deve ficar com a família biológica. Mas a vinculação socioafetiva com a nova família pode fazer com que ela permaneça na nova família”.

A adoção é considerada uma medida excepcional, o objetivo é sempre manter a criança com sua família de origem; após esgotadas as possibilidades, e pensando no bem-estar do menor, ele entra para a lista de adoção.

Fonte: Hoje em Dia
O post Histórias de adoção apareceu primeiro em Educação.


Original disponível em: http://folhademocratica.com.br/educacao/historias-de-adocao/

Reproduzido por: Lucas H.

MÃE DOA LEITE MATERNO APÓS PERDER BEBÊ PARA ALIMENTAR FILHA ADOTADA DE SUA AMIGA (Reprodução)

20 de junho de 2016

Yahoo Vida e Estilo International

Sarah Rieke e Lauren Casper estavam ansiosas para iniciar juntas sua caminhada no mundo da maternidade. Lauren e seu marido estavam finalizando a adoção de sua filha recém-nascida, Arsema, enquanto Sarah estava grávida e se aproximando da 20ª semana de gestação.
Quando Sarah perdeu sua filha, ela ofereceu seu leite materno para alimentar a filha adotada de sua amiga Lauren, chamada Arsema.

Lauren estava torcendo secretamente para que Sarah descobrisse que estava carregando uma menina para que suas filhas pudessem crescer juntas. No entanto, embora o ultrassom tenha revelado que ela esperava uma menina, ele também mostrou que havia complicações que impediriam sua filha, Evie, de viver durante muito tempo fora do útero.

“Eu preparei a casa para a chegada de minha filha e Sarah planejou um funeral,” escreveu Lauren em um post emocionado em seu blog.

A AMIGA DE LAUREN DEU A ELA E À SUA FILHA ADOTADA, ARSEMA, UM PRESENTE INCRÍVEL
Embora a alegria de Lauren tenha coincidido com o profundo luto de sua amiga, a força de Sarah foi tanta que ela foi capaz de oferecer a Lauren e à sua filha adotada um presente incrível – seu leite materno.

“‘Eu estava pensando se você gostaria de ter o meu leite materno após Evie nascer. Imaginei que talvez você pudesse usá-lo para alimentar Arsema’,” Lauren narrou as palavras de Sarah. “Eu me lembro de sentir o peso de uma tristeza profunda e uma enorme gratidão ao mesmo tempo.”
Um mês depois Sarah deu à luz sua menininha, Evie, que viveu durante algumas preciosas horas. Uma semana depois, Sarah levou um cooler cheio de saquinhos contendo seu leite materno para Arsema, algo que ela continuou a fazer por muitas semanas.

“Cada vez que eu enchia a mamadeira de Arsema e sentava na poltrona para alimentá-la eu pensava em Sarah e Evie. Eu rezava pelo coração partido de Sarah e agradecia a Deus pelo presente que ela havia dado a mim e à minha filha de forma tão generosa,” escreveu Lauren em seu blog.
Em um momento de luto extremo, Sarah tomou uma decisão incrivelmente altruísta, mas se você perguntar, ela dirá que não fez nada de especial.

“Dar meu leite a Arsema após a morte de Evie foi uma bênção para mim,” escreveu ela em um post em seu próprio blog. “Foi bom poder sentar, ficar parada e usar esse tempo para pensar e refletir sobre a vida de Evie e rezar pelo futuro de Arsema. Também foi bom para o meu corpo após o parto – amamentar ajuda o útero a voltar ao seu tamanho normal. Honestamente, eu estava simplesmente feliz pela oportunidade porque sentia que deixar que meu leite secasse causaria ainda mais dor ao meu coração

Original disponível em: https://br.vida-estilo.yahoo.com/m%C3%A3e-doa-leite-materno-ap%C3%B3s-perder-beb%C3%AA-para-083514517.html

Reproduzido por: Lucas H.

ÍNDICE DE ADOÇÕES É BAIXO EM CARAZINHO (Reprodução)

Carazinho, 20/06/2016
Apesar de existir vários casais habilitados e crianças disponíveis, muitas permanecem na fila de espera por uma família, por não ter o perfil preferido da maioria. Apenas quatro sentenças de adoção se concretizaram no ano passado e duas esse ano

Atualmente há 52 casais habilitados na Comarca de Carazinho, aguardando na fila de espera a oportunidade de adotar uma criança. O juiz de direito Bruno Massing de Oliveira, responsável pelo Juizado Infância e Juventude, considera expressivo o número de pessoas interessadas na adoção.

Segundo ele, apesar do número considerável de interessados, o volume não se reflete no índice de adoções, principalmente pelo fato de a maioria ter a preferência por crianças com menos de dois anos de idade, claras e que nãos sejam portadoras de alguma necessidade especial. “A preferência dos casais habilitados é essa, principalmente nessa faixa etária de crianças. Essa situação vai ser abordada no próximo curso de adoção. É importante que os casais habilitados não fechem tanto as exigências para adotar. Eu mesmo já trabalhei em casos em que há crianças lindas, muito afetivas, que estão fora deste contexto, desses requisitos, mas que, quando adotadas, vivem muito felizes”, revela.

Outra situação, conforme o magistrado, é que muitas vezes a adoção só é possibilitada por diversos motivos, após os dois anos de idade. “Às vezes a família de origem contesta e o processo acaba demorando mais tempo do que deveria ou a situação para que a criança seja adotada só acontece após os dois anos. Então, eu recomendaria que os casais não fechassem tanto essa questão para esse perfil”, observa. “Há casos em que eu trabalhei e que deram muito certo, em que tanto a criança adotada quanto a família que a adotou estão muito bem hoje e que não fazem parte desse perfil preferido dos casais que estão habilitados”, argumenta.

Em relação ao tempo na fila de espera o juiz de direito explica que não há um prazo determinado, pois cada caso tem sua particularidade. Segundo ele, o casal que pretende adotar uma criança ou adolescente, deve se habilitar no Juizado da Infância e Juventude de Carazinho, quando então passará por uma série de requisitos para concretizar a adoção. Entre elas, avaliação psicológica, estudo social da residência, e condição financeira para saber se tem condições de dar uma boa educação para a criança a ser adota. “Vai ser avaliada a conduta do casal, depois é ouvido Ministério Público, o casal também passa por um curso junto ao Juizado da Infância e Juventude, com a Assistência Social Judiciária, com o juiz e a promotora da área. Caso o parecer psicossocial demonstre que o casal está apto para adotar, então é deferida a habilitação para a adoção”, esclarece.

POUCAS ADOÇÕES

Mesmo existindo casais habilitados e também crianças e adolescentes na fila de espera por um família, no ano passado apenas quatro sentenças de adoção foram concretizadas na Comarca e esse ano, duas até o momento. “Eu gostaria que o índice de adoções fosse maior, porque há muitos casais interessados e por outro lado também há muitas crianças e adolescentes precisando. Ocorre, que muitas vezes não fecha o perfil idealizado pelo casal e a criança ou adolescente que está disponível para adoção. Eu gostaria que outras crianças e adolescentes que estão aptos, mas que não estão no perfil, também sejam adotados”, enfatiza Bruno Massing de Oliveira.
O titular do Juizado da Infância e Juventude destaca ainda, que no Abrigo Professora Odila, por exemplo, há crianças disponíveis para adoção no momento, mas que, infelizmente não se encaixam no perfil desejado dos pretendentes. Há casos em que foi tentada até adoção internacional, mas sem êxito.

QUESTÃO CULTURAL

O juiz de direito enfatiza que os casais que pretendem adotar, muitos estão com a vida mais estabilizada, têm certa experiência, vivência, às vezes já têm filhos biológicos, mas querem viver a experiência de uma adoção. “Antes de sair a sentença definitiva de adoção é feito um estágio de convivência entre o casal que vai adotar e a criança ou adolescente que vai ser adotado. Depois de avaliada essa relação, se os dois lados estão adaptados, se estiver tudo certo é deferida a sentença de adoção. Após o término desse período não há mais esse acompanhamento pelo Poder Judiciário”, ressalta.

Bruno Massing enfatiza que sempre que há possibilidade de uma criança ser adotada na Comarca, imediatamente são procurados os casais habilitados. “Não queremos dar esse prazo, esse tempo para uma criança ficar institucionalizada, sem ter uma família. Quando surge uma possibilidade de adoção nós já contatamos os casais. A minha insatisfação é no sentido de que, no meu ideal eu gostaria que mais crianças e adolescentes fossem adotados, até porque há famílias querendo adotar. Infelizmente, às vezes o perfil não se encaixa e o índice de adoções acaba não sendo o ideal”, lamenta.

O magistrado destaca ainda, que a escolha do perfil é uma questão cultural. “Os casais normalmente querem crianças menores de dois anos, porque ainda é pequena, está recém formando sua consciência, seu grau de cidadania. Procuram perfil assim porque pretendem dar o seu enfoque, a sua educação, por entender que quanto mais jovem, mais fácil será esse processo de assimilação. Volto a repetir que há casos em que trabalhei, onde houve adoção um pouco mais tardia, e as famílias até hoje me procuram para demonstrar o quanto elas estão bem. Recomendo aos casais que abram um pouco esse leque, porque há situações bem interessantes envolvendo crianças e adolescentes extremamente afetuosos e o afeto não é dado apenas por crianças abaixo dos dois anos de idade”, indica.

Original disponível em: http://www.diariodamanha.com/plantao/ver/20737/%C3%8Dndice+de+ado%C3%A7%C3%B5es+%C3%A9+baixo+em+Carazinho

Reproduzido por: Lucas H.

POLÍCIA PRENDE CASAL ACUSADO DE ADOTAR CRIANÇA DE FORMA ILEGAL (Reprodução)

20 Junho 2016
O caso foi denunciado pelo Ministério público e investigado pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente Mulher e Idoso (DPCAMI) da 10ª Regional de Caçador
Thiago Abiezer Pave e Rafaela Pereira Venâncio Pave são acusados de adotar de forma ilegal uma criança recém-nascida em Caçador e aplicar golpe financeiro em uma empresa...
A Polícia Civil de Caçador prendeu nesta quinta-feira, 17, na cidade de Curitiba (PR) o casal Thiago Abiezer Pave e Rafaela Pereira Venâncio Pave, acusados de adotar de forma ilegal uma criança recém-nascida em Caçador. O caso foi denunciado pelo Ministério público e investigado pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente Mulher e Idoso (DPCAMI) da 10ª Regional de Caçador.
De acordo com o Delegado Eduardo Mattos, a suspeita era de que o casal tivesse realizado uma Adoção Direta, também conhecida como Adoção à Brasileira, fato por eles negado em inquirição feita quando ainda estavam no município há cerca de sete meses.
Não convencida com os depoimentos do casal e da verdadeira mãe, a polícia permaneceu investigando e conseguiu comprovar que a mãe teria efetuado a entrega do recém nascido no mesmo dia que teve alta hospitalar após o parto.
Diante das evidências, a juíza da Vara de Infância determinou que a criança fosse recolhida ao abrigo do estado e que o casal fosse preso, no entanto, eles haviam se mudado para Joinville e, posteriormente, para outro rumo ignorado não sendo possível sua localização.
Segundo o delegado, durante as investigações, a polícia descobriu que quando ainda estavam em Caçador, Rafaela teria aplicado um golpe financeiro na empresa onde trabalhava no valor aproximado de R$ 60 mil e que marido teria a auxiliado.
Depois de descobrir o paradeiro dos acusados e com os mandados em mãos, policiais de Caçador se deslocaram até a capital paranaense onde com o auxílio de policiais de lá, efetuaram a prisão do casal.
Ainda de acordo com informações do delegado, Thiago deve ser indiciado pelos art. 242 e 155 do Código Penal que prevê pena de 2 a 6 anos de reclusão e Rafaela pelos art. 155 e 172 que prevê pena de 2 a 4 anos.
Já a mãe vai responder pelo art. 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente que prevê pena de 1 a 4 anos e multa.


Original disponível em: http://www.jornalextrasc.com.br/online/seguran%C3%A7a/pol%C3%ADcia-prende-casal-acusado-de-adotar-crian%C3%A7a-de-forma-ilegal-1.1918659

Reproduzido por: Lucas H.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Leitura como instrumento para mudar destinos (Reprodução)

19/06/2016 16:38


Uma vez por semana, durante uma hora, a única obrigação de dezenas de crianças atendidas no Centro Social Dom João Costa, no Alto José do Pinho, no Recife, é contar e ouvir histórias. Pode ser qualquer uma. Real ou imaginária. Lida ou improvisada. De uma forma ou de outra, todas trazem um significado, uma mensagem no final. Ajudam a compreender melhor o entorno, nem sempre fácil. Empoderam os ouvintes porque fazem acreditar em múltiplas possibilidades. Presentes e futuras.

Pouco a pouco as histórias acalmam. Deixam crianças boquiabertas, com olhares de expectativa para o final. Transformam. Foi assim com uma criança recém-chegada afeita a agressões contra os colegas. Depois de tanto ouvir sobre boa convivência, tem mudado a forma de agir. Essa é a ideia. Se o assunto recorrente entre as crianças é a mentira,  conta-se histórias sobre o tema. Quando o desrespeito precisa de debate aprofundado, uma história pode mostrar os caminhos.

O Centro Social funciona como espaço de contraturno. Oferece música, dança e contação de histórias, essa última promovida pela Empreendeler. O projeto foi criado em outubro de 2014 e o piloto foi aplicado no Alto José do Pinho. Hoje funciona também no Lar de Maria, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes; na comunidade Caranguejo Tabaiares, na Ilha do Retiro; e no Centro Social Santa Luzia, na Torre, os dois últimos no Recife.

Na biblioteca de paredes recheadas de livros do Centro Social, as voluntárias do projeto, são duas, usam objetos coloridos e gesticulação para interpretar e apreender melhor os ouvintes. Antes de partirem para a prática, passam por um curso de três meses onde enterram preconceitos. Refazem a forma de encarar o outro. Conhecem o lugar onde vão trabalhar. Assim, seguem para as comunidades mais preparadas. Os voluntários precisam se comprometer a permanecer por um ano no projeto.

“A ideia é mostrar para as crianças que elas podem sonhar grande. Podem ser o que quiserem”, ressalta Danielle Bezerra, 36, voluntária. O que não pode naquele espaço de crescimento pessoal é remar contra a maré. “Se vamos a um espaço de crianças para adoção, por exemplo, não conto histórias de família, do tipo pai, mãe, filho”, reflete. Júlia Soares, 30, outra voluntária, também toma as mesmas precauções. “Eles adoram histórias de terror, mas evito contar algo que tenha tortura”, completa.

Na sala onde Danielle e Júlia atuam, são cerca de 17 meninos e meninas. Abraão Victor, 10, improvisa uma história. Fala sobre os efeitos de uma competição violenta nos esportes. Wyllyanny Kamili, 10, diz que se imagina no lugar dos personagens das histórias, pensa que tais destinos podem ser plenamente aplicados na própria vida. Na biblioteca, as crianças podem ser mesmo o que quiserem. Só não vale desrespeitar. O importante é ter olhos atentos para ler e ouvidos para ouvir. Para ingressar no Empreendeler, o primeiro passo é procurar o site www.euqueromudaromundo.org ou a página do projeto no Facebook.

O Empreendeler é um dos 50 projetos aprovados para serem incubados na primeira turma a ser formada no Porto Social. Por um ano, os participantes das iniciativas terão acesso a computadores, internet, salas de reuniões e eventos. Também receberão mentoria nas áreas de gestão, planejamento, elaboração de projetos e comunicação. Ao todo são 150 agentes de transformação em nove áreas de inclusão: idosos, dança, cidades inteligentes, esportes, educação, igualdade de gêneros, saúde e meio ambiente. Leia mais iniciativas nas próximas edições do domingo no Diario.

Original disponível em: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2016/06/19/interna_vidaurbana,651180/leitura-como-instrumento-para-mudar-destinos.shtml

Reproduzido por: Lucas H.

Adoção, prova de amor incondicional (Reprodução)

19 de junho de 2016

Se a adoção é um ato de amor, este sentimento foi multiplicado por três na vida da família Lamberti. Em abril de 1994, com o filho caçula já adolescente e a mais velha na universidade, o casal Olimpia Amaral Lamberti e Ciro Lamberti, moradores do Mogi Moderno, em Mogi das Cruzes, decidiram salvar a vida de três irmãos recém-nascidos em Guararema. Os pais biológicos dos trigêmeos e de mais quatro filhos não tinham condições de cuidar dos bebês, que corriam risco de morte devido ao frágil estado de saúde agravado pela desnutrição. Esta é uma das histórias que O Diário publica hoje sobre a relação de amor construída dia a dia por quem oferece ou recebe um novo lar. Atualmente, o cadastro da Vara da Infância e Juventude do Fórum de Mogi tem 57 casais e 22 crianças e adolescentes nesta expectativa.

“Eles estavam com 2 meses de idade e se não fossem adotados naquele momento, iriam para o Juizado e poderiam ser separados. Para que isso não acontecesse, decidimos adotar os três”, conta Olimpia, hoje aposentada e com 65 anos, que teve o apoio do marido, Ciro, atualmente com 71 e também aposentado, além de toda a família.

Assim, Gilmar, Gislaine e Gisele, hoje com 22 anos, foram acolhidos como irmãos dos filhos biológicos do casal, a relações públicas Monica e o industriário Ciro, hoje com 41 e 33 anos, respectivamente. “Foi um período bem intenso e movimentado. De uma hora para outra, três crianças precisando de auxílio, carinho e cuidados. Mobilizou a família inteira, amigos e muitas pessoas que nem conhecíamos. Recebemos doações de roupas, utensílios de higiene de parentes, amigos, pessoas da vizinhança, mães de leite, instituições religiosas, acompanhamento de médicos da Cidade, doações de leite e fraldas de empresas e supermercados”, lembra Olimpia.

A rotina foi afetada em todos os sentidos, já que os bebês precisam de atenção 24 horas por dia e, com a desnutrição, era necessário amamentá-los de meia em meia hora. “Isso fazia com que as noites fossem bem mais longas e todas as atividades que envolvem um recém-nascido, como troca de fraldas, banhos, hora de dormir, tudo era multiplicado por três. Muitas vezes, quando achávamos que os três estavam dormindo, um chorava e acordava os outros dois. A estrutura física da casa também não estava preparada para a vinda de três crianças, então por um tempo, as coisas foram compartilhadas, como berço e armários, até termos condições de adquirir três carrinhos, três berços”, explica a mãe.

Mas hoje, duas décadas depois, a realidade é outra. Gilmar formou-se em técnico em Informática, Gislaine é técnica em Enfermagem e Gisele está estudando. “A adoção é um ato de amor incondicional, que surge de repente e faz com que aquele ser humano se torne parte das nossas vidas. As alegrias e sofrimentos são compartilhados com a mesma intensidade de alguém que tenha nascido no mesmo seio familiar, e com o tempo, a palavra adoção nem faz mais parte de nosso vocabulário. Somos membros de uma família, nos apegamos, nos completamos e vivemos nossa trajetória familiar independentemente de como se iniciou essa história de amor”, conclui Monica.

“Foi uma decisão feliz, faríamos tudo de novo com muito amor. Hoje, além de irmãos, eles são amigos e companheiros, e trazem alegria e amor à família. Houve o fortalecimento do núcleo familiar que existia, antes da vinda deles, que agregaram valores ao convívio que já prezava a harmonia e o bem comum e, mais do que nunca, a união, respeito e amor foram condições extremamente valorizadas na família”, avalia Monica.

Maria Vitória, o sonho de dois mogianos

Após três anos de espera, a bióloga e coaching vocacional Silvana Valverde Stiliano Zugaib, 52, e o publicitário e palestrante Carlos Eduardo Ribeiro Zugaib, 43, receberam a notícia de que seriam pais, em três dias montaram o enxoval e o quarto da recém-nascida, fizeram as lembrancinhas para entregar às visitas e trouxeram a recém-nascida para casa. A mogiana Maria Vitória Stiliano Zugaib nasceu em 8 de dezembro de 2014 e foi adotada pelo casal no dia 30 de janeiro de 2015.

“Apesar de ficarmos três anos esperando, ela chegou de supetão. O Fórum entrou em contato conosco em 27 de janeiro e estávamos em Taubaté, atendendo um cliente. Na hora, perdi o chão e me perguntei: ‘E agora? O que eu faço?’ Liguei para minha mãe e para minha sogra, que providenciou o primeiro enxoval, o Eduardo comprou o carrinho e, em três dias montamos o quarto, com berço, banheira, guarda-roupa, mamadeira e tudo mais. No dia 30 fomos ao Fórum de manhã e, quando a conhecemos, ficamos sem reação. Como diz o Eduardo, é como esvaziar totalmente uma piscina e os sentimentos começam a brotar do novo. É o amor que vai se construindo todos os dias”, explica Silvana.

Casados há 19 anos, eles decidiram primeiramente se dedicar à carreira profissional, conquistar a casa própria e viajar. Quando planejaram ter filhos, Silvana fez tratamentos, não conseguiu engravidar e, há três anos, entraram na fila da adoção na Cidade. “Fomos tocando a vida nós dois, mas com o tempo, sentimos que estava faltando algo. Ele já falava da adoção há 8 anos, mas isso não era algo fácil para mim até o dia em que, na sala de TV, comecei a sentir uma angústia, um vazio, e fiquei me questionando. Chamei o Eduardo e disse que era o momento de falarmos sobre adoção. Fomos ao Fórum, levamos a documentação, fizemos entrevistas juntos e sozinhos com a equipe de assistência social, apresentamos fotos da nossa casa, assistimos a vídeo e palestra e o processo foi para o juiz. Entramos na fila em 2012 e ela chegou em janeiro de 2015”, lembra Silvana.

Como desde 2014, Silvana divide com o marido o comando da empresa de treinamento e desenvolvimento Z Trainning, precisou reduzir o ritmo de trabalho para dar prioridade à Maria Vitória, hoje com 1 ano e meio. “No início, quando ela dormia, levava a babá eletrônica ao escritório e trabalhava. Quando ela acordava, cuidava dela. Já fomos acompanhá-lo em algumas viagens, mas enquanto ele faz as palestras, aproveitamos o passeio. Ela veio em uma fase de preenchimento, para nos acalentar o coração, após a perda do meu sogro, e envolveu toda a família e os amigos”, conta Silvana.

Cadastro de Mogi possui 22 crianças e 57 casais

Na Cidade, 22 crianças e adolescentes, sendo grupos de irmãos com idades variadas e situação legal definida, esperam por adoção na Cidade. Enquanto isso, 57 casais habilitados na Comarca local aguardam a participação em curso e avaliação psicológica e social. As informações são do juiz Gioia Perini, da Vara da Infância e Juventude do Fórum de Mogi das Cruzes.

Segundo ele, há ainda outros menores de 18 anos acolhidos, mas não disponíveis para adoção porque aguardam reinserção na família de origem (pai e/ou mãe) ou extensa (tios, primos, avós, irmãos) ou ainda a conclusão do processo de destituição do poder familiar. “Neste último caso, os pais perdem o direito de serem pais, através de decisão judicial, deixando os caminhos dos filhos acolhidos livres para futuro acionamento do cadastro de adoção pela ordem cronológica, onde há casais com idades variáveis, sendo frequente os mais maduros, de diversos níveis sócio-econômicos, etnias e escolaridade. São casais heterossexuais, homoafetivos em razão de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), famílias recompostas e solteiros”, detalha do juiz.

No momento, Mogi tem um casal homoafetivo à espera de adoção. “Os inscritos são contatados pela ordem cronológica de habilitação ao cadastro. Os casais homoafetivos são mais flexíveis em relação a restrições, como pouca idade ou etnia da criança, afirmando interesse também por adoções tardias e sem restrição à origem étnica da criança ou adolescente”, enfatiza, lembrando que o tempo de espera é definido pelo perfil da criança pretendida, sendo que os interessados naquelas mais velhas, com problemas de saúde ou grupo de irmãos aguardam menos tempo para adotar.

No entanto, Perini avalia que a preferência por crianças de até 3 anos de idade, de pele clara e sadios não é questão de egoísmo, mas sim um paradigma a ser quebrado e uma questão cultural que apenas poderá ser modificada por meio de campanhas sobre o tema. “Já estamos avançando nisso, apesar da velha discussão sobre eugenia e racismo ainda não ter saído de pauta na sociedade. Não é possível que deixemos apenas aos europeus essa possibilidade, na modalidade de adoção internacional, por exemplo em casos de adoções tardias (crianças com mais idade ou adolescentes) ou mesmo grupo de irmãos. Já tivemos alguns casos de adoção de criança nascida com deficiência ou mesmo com doenças que poderiam deixar sequelas, mas que não tiveram mais problema algum”, aponta, acrescentando que esta preferência reflete na fila de adotantes que acabam esperando uma criança por mais tempo e também estende o tempo de estadia de crianças e adolescentes nas instituições de acolhimento – Lar Batista de Crianças, Instituto Social O Caminho da Vida (Obede Edom), Casa da Criança Municipal, Associação Beneficente de Renovação e Assistência à Criança (Abrac), Instituição de Acolhimento para Crianças e Adolescentes (Renovação) e Associação São Lourenço -, onde ficam sem expectativa de família substituta para serem inseridas. Associação São Lourenço

No caso de adoções informais, o juiz alerta que quando a Justiça toma conhecimento destes casos, na maioria das vezes a medida a ser tomada é drástica e dolorosa, com a busca e apreensão da criança e preparação para inserção em família substituta, mas daquelas que aguardam na fila do cadastro de adoção da Comarca. “Para evitar sofrimentos indesejados, a melhor solução é que a pessoa ou casal interessado em adotar procure a Vara da Infância e Juventude para que possa tomar conhecimento dos requisitos legais e documentos necessários a fim de adotar dentro da lei”, orienta.

Por fim, Perini lembra que a adoção tem por pressuposto o afeto, que deve ser recíproco entre adotante e adotando. “Na prática, este é que deve ´adotar´ aquele, o que passa pelo estágio de convivência, surgindo a vinculação afetiva. Adotar alguém vai além do ato de amor, exige o preparo para mudança de vida, alimentação, cuidado e proteção de uma pessoa ainda em formação. Estamos vivendo a judicialização do afeto. Adoção, afeto e felicidade é a ordem constitucional. E não podemos esquecer que o afeto não tem idade”, conclui. (Carla Olivo)


Reproduzido por: Lucas H.


Grupo de apoio auxilia pais adotivos e interessados em adoção em Araxá (Reprodução)

18/06/2016 19h02

Um grupo de voluntários em Araxá auxilia interessados em adotar crianças e adolescentes, além de famílias que já receberam novos integrantes. O grupo de apoio à adoção "Aquecendo Vidas" atua desde 2014 e já atendeu mais de 75 pessoas.

A coordenadora do projeto e terapeuta familiar Luciana Namias Vicente explicou que o trabalho busca garantir o direito da criança e do adolescente de conviver em família e em comunidade por meio de adoções legais, seguras e para sempre.

“Nosso grupo faz parte de um movimento nacional de apoio à adoção. O nosso objetivo é garantir o direito dessas crianças e adolescentes e promover a legitimidade da família adotiva. O grupo nasceu da iniciativa de pais adotivos e os trabalhos são feitos por meio da troca de experiências”, explicou.

Luciana é mãe adotiva há seis anos e, de acordo com ela, muitas dúvidas surgem quando uma pessoa decide adotar, e elas continuam depois que a adoção acontece. “Quando adotei, não tinha o grupo, e sempre tem uma série de questões que surgem e que podem gerar dúvida e insegurança. O papel do grupo é justamente dar esse apoio para as pessoas realmente entenderem o que é a adoção, como lidar e diversas outras questões”, comentou.

As reuniões são realizadas sempre nas últimas terças-feiras de cada mês, às 19h, no Auditório da Associação Comercial e Industrial de Araxá (Acia), que fica na Avenida Getúlio Vargas, 365, no Centro.

“Atualmente estamos com cerca de 50 pessoas nas reuniões, entre pais que querem adotar, famílias que já adotaram e muitos que estão na fila de adoção. Contamos com o apoio de profissionais, todos voluntários”, explicou.

Apoio do Ministério Público

Para a promotora da Vara da Infância e Juventude, Mara Lucia Silva Dourado, o grupo atua sobre dois pontos que definem o sucesso de uma adoção.

“Na visão do Ministério Público, o grupo é extremamente importante, pois hoje a lei exige que uma pessoa interessada em adotar passe por um curso preparatório. Então esse grupo vem preparando essas pessoas, cumprindo um dispositivo legal. Outro ponto é que, à medida que as pessoas participam das reuniões, elas se fortalecem, tomam conhecimento sobre o que é a adoção, as consequências, e adquirem a consciência de que mais do que realizar o desejo de ser pai ou mãe, a adoção é a forma de modificar uma vida”, analisou.

Ainda de acordo com a promotora, o grupo ajuda a sanar problemas enfrentados na área de adoção. “Nós temos a sobrecarga de serviço na Justiça, o que às vezes impede que os processos corram com a celeridade devida, e isso causa uma certa angústia nas pessoas que pode ser discutida e minimizada durante as reuniões. Além disso, a ausência desse preparo faz com que a adoção não tenha sucesso, que surjam conflitos da própria criança ou adolescentes e dos adotantes”, ressaltou.

Situação das adoções em Araxá

De acordo com a promotora, não há um balanço de quantas crianças e adolescentes estão na fila de adoção na cidade, devido ao processo exigido por lei de integração à família biológica.

“Atualmente temos cerca de 30 crianças e adolescente acolhidas em nossos abrigos, porém o fato de elas estarem acolhidas não significa que elas possam ser adotadas. Isso é porque temos um trabalho intenso de tentativa de retorno delas para a família biológica. Então, só depois de esgotadas essas tentativas, podemos tirá-las definitivamente da família biológica e colocá-las para adoção”, explicou.
A Promotora ainda informou que, em Araxá, há cerca de 15 pessoas interessadas, cadastradas e devidamente habilitadas na fila de adoção.

Original disponível em: http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2016/06/grupo-de-apoio-auxilia-pais-adotivos-e-interessados-em-adocao-em-araxa.html

Reproduzido por: Lucas H.






PM encontra 5 crianças abandonadas e com sinais de maus tratos em PE (Reprodução)

18/06/2016 12h09

Cinco crianças foram encontradas em condições de abandono e maus tratos dentro de uma casa em Belo Jardim, Agreste de Pernambuco. De acordo com a Polícia Militar, o flagrante aconteceu na tarde de sexta-feira (18), no Distrito de Água Fria.
Segundo a PM, após uma denúncia recebida pelo Conselho Tutelar, os policiais foram com os conselheiros até o local, onde foi constatado o caso. Os conselheiros recolheram as crianças, que foram encaminhadas para um abrigo.
As mães das crianças - uma de 47 anos e outra de 25 anos - foram intimadas a comparecer na segunda-feira (20) ao Conselho Tutelar de Belo Jardim para esclarecimentos. Vizinhos delas informaram aos conselheiros que as crianças eram agredidas fisicamente, estavam sem alimentação e que as mães estavam sempre alcoolizadas.

Original disponível em: http://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/noticia/2016/06/pm-encontra-5-criancas-abandonadas-e-com-sinais-de-maus-tratos-em-pe.html

Reproduzido por: Lucas H.

ADOTIVOS (Reprodução)

18-06-2016

Meu filho foi um susto. Meu filho não foi planejado. Meu filho foi uma surpresa. A gente não estava tentando. Meu filho foi um acidente. Sem dúvida, o melhor acidente que pode acontecer a alguém. Você, que acidentalmente virou pai: você é um sortudo. Não é acidente. É uma sorte danada.

Existem casais que estão tentando engravidar há meses. Casais que dariam tudo por um acidente. Eles já tentaram no mês certo, todas as noite, baixaram aplicativos, consulta...ram médicos. Fizeram testes, tentaram de novo. Cada atraso era uma esperança. Fizeram mais testes. Calcularam se uma inseminação cabe no orçamento. Choraram juntos. Rezaram por um acidente.

Então, eles decidiram adotar. Uma adoção não é um acidente. É uma escolha. O pai que adota amou demais. Ama porque foi sofrido. Ama porque foi difícil demais. E agora a criança chegou. E não foi acidente, foi muito amor.


Existem pais biológicos e pais adotivos. E todos os pais biológicos que decidiram participar da criação dos seus filhos biológicos são também pais adotivos. Todos os dias decido adotar as minhas filhas, decido que vou ser um pai presente. Há pais biológicos que decidem abandonar, mas todo pai adotivo decidiu participar. Porque foi sofrido, e difícil, e demorado. Porque não foi acidente.
Aí está o segredo que todo pai deveria saber: ter um filho é difícil e terrivelmente cansativo. E porque é tão difícil, é maravilhoso. É a nossa obra-prima. E obras-primas são trabalhosas e levam anos pra ficar prontas. E a gente se apaixona por elas.


Porque é trabalhoso é que nos emocionamos quando a obra-prima fica bonita. Porque é trabalhoso é que nos emocionamos quando a nossa obra-prima diz um “com licença” ou um “obrigado”. Quando a nossa obra-prima se forma na escola, quando passa no vestibular, quando faz uma carreira brilhante. É a nossa obra-prima. Foi trabalho e noite em claro e choro e exames médicos e fila de espera e atraso e desesperança. Foi briga e discussão e castigo e abraço. Foi profundamente complicado e terrivelmente desafiador.


Não foi acidente. Nenhuma obra-prima é acidental. É amor demais.



Reproduzido por: Lucas H.