segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Decidi adotar uma criança. O que fazer agora? (Reprodução)

A decisão sobre adotar uma criança deve estar sempre acompanhada de um planejamento familiar sólido, de muita pesquisa com quem já viveu esta experiência e, se possível, deve também contar com o suporte de um psicólogo. Afinal, trata-se de uma escolha que muda significativamente a vida do casal, do filho adotado e de mais muitas pessoas envolvidas nessa nova relação. Neste artigo, vamos dar o passo a passo para que você aumente suas chances de acerto a partir desta decisão.

Temas para reflexão junto a um psicólogo sobre a adoção de uma criança

  • É natural que você esteja cercado de dúvidas, incertezas e inseguranças após ter tomado a decisão de adotar uma criança. Tente encontrar respostas para perguntas como: Isso será bom para a minha família? Será que estou pronto(a) para assumir a responsabilidade sobre um filho(a) não biológico? Terei o mesmo amor por esta criança, mesmo ela não tendo sido gerada por mim?
  • Você pode procurar um grupo de apoio, no qual a ideia é justamente lidar, em conjunto, com todas as emoções que podem parecer até um pouco contraditórias. A troca de ideias com pessoas que estão vivendo o mesmo dilema é rica e pode facilitar uma conclusão definitiva sobre o assunto.
  • Talvez a questão mais profunda que aparece nesta situação é descobrir se há alguma frustração neste processo, como a de não poder ter filhos naturais. Até que ponto o desgaste físico e emocional de um tratamento de infertilidade está interferindo nesta decisão? Em caso positivo, será fundamental avaliar que um filho adotivo pode não curar esta dor.
  • Se o seu casamento ou parceria com alguém está passando por uma turbulência com brigas constantes, desentendimentos, estresse, dúvidas e outros tipos de desgastes emocionais, talvez esta não seja a hora certa para partir rumo a uma adoção. Resolva primeiro seus problemas de relacionamento e quando esta base estiver sólida, ai sim é hora de retomar o plano de adoção.
  • Crianças, adotadas ou não, precisam crescer e se desenvolver em ambientes estáveis, harmoniosos e cheios de amor, carinho e atenção. O seu lar pode oferecer tudo isso neste momento? A chegada de uma criança numa casa transforma totalmente a rotina das pessoas que nela vivem. Todos estão conscientes e preparados para estas mudanças?
  • Como está a situação financeira da sua família? Não é necessário luxo ou exageros, mas uma criança demanda custos básicos com fraldas, remédios, roupas, brinquedos, alimentos. Isso sem contar nos gastos em médio prazo com escola, livros, material escolar, condução, etc. Os provedores disso tudo estão seguros de seus empregos? Coloque na ponta do lápis todas as suas despesas atuais e faça uma projeção do que significa – financeiramente falando – mais uma pessoa na família.
  • Entenda o tamanho do problema que pode ser causado caso haja uma decisão precipitada de adotar uma criança e, depois da chegada dela, acontecer um arrependimento. Um bebê ou uma criança maiorzinha não são produtos que, se não agradar, basta levar na loja para trocar. Trata-se de uma decisão definitiva, sem volta e com consequências por toda vida. Por isso é preciso pensar tanto e avaliar todos os prós e contras. Provavelmente, a criança que você adotar já foi abandonada uma vez. Não deixe que isso aconteça de novo com ela.

Decisão séria e que exige muita responsabilidade

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Se a criança for a resposta para os seus anseios de ser pai ou mãe, siga em frente, com responsabilidade e dedicação. Mas se esta ideia surgiu para consertar um casamento que não vai bem ou simplesmente ocupar um espaço vazio na sua vida, repense a decisão e conte com a ajuda de um psicólogo nesta jornada.

Se você ainda tem dúvida sobre como a psicologia e um psicólogo podem ajudar no momento da tomada de decisão sobre adoção, converse com um psicólogo.

Autora: Thaiana Brotto (Psicóloga CRP 06/106524)

Original disponível em: https://www.psicologoeterapia.com.br/psicologia-infantil/decidi-adotar-uma-crianca-o-que-fazer/

Reproduzido por: Lucas H.

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