terça-feira, 3 de outubro de 2017

CDJA recebe organismo italiano de adoção internacional credenciado no Brasil (Reprodução)

29/09/2017

A Comissão Distrital Judiciária de Adoção do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – CDJA recebeu, na quarta-feira, 27/9, o presidente, uma conselheira e duas representantes da entidade italiana Nova – Nuovi Orizzonti per Vivere l’Adozione, organismo credenciado no Brasil para realizar adoções internacionais. Na ocasião, as equipes da CDJA e da Nova reuniram-se para falar do trabalho que desenvolvem na área de adoção.

O presidente da Nova, Massimo Vaggi, disse que a diretoria do organismo é composta somente por voluntários e pais adotivos. Ele explicou como se dá a habilitação dos casais para adoção na Itália e disse que a família tem prazo de um ano, a partir da Declaração de Idoneidade expedida pelo Tribunal de Justiça, para escolher um organismo credenciado a fim de se filiar, caso queira adotar uma criança estrangeira.

Segundo Vaggi, geralmente o Tribunal de Justiça na Itália não tem condições ou dados reais para instruir as famílias quanto à realidade das crianças estrangeiras disponibilizadas para adoção internacional, ficando essa tarefa a cargo dos organismos de adoção. “É comum que os casais cheguem com expectativas irreais acerca da adoção, de maneira que é preciso trabalhar a criança idealizada e a criança real dentro do universo de escolha da família’, afirmou.

Além do Brasil, a Nova trabalha com adoções no Haiti, Peru, Colômbia e alguns países da África. Massimo Vaggi ressaltou que o Peru tem recebido grande procura dos casais, pois costuma disponibilizar crianças de 2 ou 3 anos de idade, enquanto o Brasil disponibiliza somente grupos de irmãos e crianças maiores. “Os casais querem formar uma família com uma criança menor possível e em tempo mais reduzido”, declarou.

Vaggi ressaltou ainda que a adoção internacional requer grande colaboração entre a autoridade central, o casal e o organismo, o qual deve acompanhar o processo adotivo antes, durante e depois da adoção. Atualmente, a Nova conta com 70 famílias inscritas aguardando para adotar uma criança. A CDJA já realizou este ano, até o mês de agosto, a adoção de quatro crianças e de um adolescente do Distrito Federal para famílias italianas.

Durante a reunião com a CDJA, foi discutido também o caso de uma família italiana excluída do cadastro de habilitados no Brasil após o casal ter interrompido o estágio de convivência com dois irmãos do Distrito Federal. A equipe da CDJA ponderou sobre as peculiaridades do caso, os investimentos técnicos realizados e os avanços alcançados que resultaram no êxito da nova tentativa de adoção internacional dos irmãos. A CDJA ressaltou ainda o apoio recebido da Nova acerca dos encaminhamentos relativos ao casal descredenciado.

A equipe da CDJA, representada por sua secretária executiva, Thaís Botelho Corrêa, agradeceu a visita dos representantes da Nova. Além do presidente do organismo, o encontro contou com a presença de Anna Pittaro, conselheira da Nova, de Maristela Vilhena, representante nacional do organismo no Brasil, e de Jamira Limoeiro, representante da entidade internacional no Rio de Janeiro e em Brasília.

Original disponível em: http://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/noticias/2017/setembro/cdja-recebe-organismo-italiano-de-adocao-internacional-credenciado-no-brasil

Reproduzido por: Lucas H.

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