segunda-feira, 4 de junho de 2012

A atriz mirim Ana Karolina de "Avenida Brasil" é criada por seus dois pais


A atriz mirim Ana Karolina de "Avenida Brasil" é criada por seus dois pais (o tio e seu parceiro). Quando pergunta sobre como é ser criada por dois homens a menina [que é órfã] responde tranquila: "Eles têm atitudes normais de pais: educam, repreendem, dão amor, carinho, ajudam quando preciso me arrumar." AMOR DE SOBRA Atriz mirim de Avenida Brasil tem dois pais na vida real 08.05.2012 Texto: Wilson Nemov Enquanto o Brasil torce por Roni, personagem de Daniel Rocha em Avenida Brasil, por trás das câmeras, uma menina de apenas 12 anos é quem rouba a cena. Anna Karolina Lannes que interpreta Ágata, a filha de Carminha (Adriana Esteves), na vida real tem dois pais. A atriz-mirim é orfã de mãe e foi criada por seu tio, Fábio Lopes e seu companheiro, o dermatologista João Paulo Afonso. Em entrevista a “Contigo!”, Anna, que foi abandonada por seu pai biológico, comentou: “Acho que por causa disso aprendi que a gente tem que dar valor a tudo. Pois só damos valor quando se perde, né?” 08/05/2012 - 08:58 Ana Karolina sobre ter dois pais: ''Eles têm atitudes normais de pais: educam, repreendem, dão amor, carinho, ajudam quando preciso me arrumar'' Órfã, atriz de Avenida Brasil é criada pelo tio e seu companheiro Por Fabiana Loiacone Foi com um sorriso aberto e um abraço apertado que Ana Karolina Lannes, 11 anos, recebeu a equipe de CONTIGO! no Lady Fina Café e Bristô, na Vila Mariana, em São Paulo. Atualmente no papel de Ágata, a filha maltratada de Carminha (Adriana Esteves) e Tufão (Murilo Benício), em Avenida Brasil, da Globo, a atriz mirim começou a carreira aos 5 anos. ''A Adriana (Esteves) ficava preocupada no início da novela, dizia que tudo o que ela fazia nas cenas não era pessoal. Mas sei separar a realidade da ficção. Ficaria louca se levasse para minha vida'', comenta Ana. A menina já participou das tramas Duas Caras (2007), Ciranda de Pedra (2008) e Tempos Modernos (2010). Superfalante, ela nunca conheceu o pai e perdeu a mãe, Liane Lannes, quando tinha apenas 4 anos. Hoje, Ana é criada por dois pais: o comissário de bordo Fábio Lopes, 35, seu tio por parte de mãe, que tem a guarda há sete anos, e seu companheiro, o dermatologista João Paulo Afonso, 30. ''Seis meses antes de a minha irmã falecer, ela pediu que, caso algo acontecesse, era para eu cuidar da Ana. Lutei muito pela guarda. O juiz não queria me dar'', explica Fábio. Nascida em Sapucaia do Sul, próxima a Porto Alegre, Ana se mudou para São Paulo. Com incentivo do tio, entrou para uma agência de jovens talentos e passou a fazer testes. Hoje, ela se divide entre a capital paulista, onde mora com os pais, e Rio de Janeiro, local de seu trabalho. No Rio, Ana passa a semana com a meia-irmã Letícia, 22. ''Levanto às 6h e vou para a escola. Este ano a minha menor nota foi 9! Às 13h, o motorista da Globo me pega em casa e só volto às 22h. Deito por volta das 23h. À noite é o melhor momento para decorar os textos da novela. Tento me esforçar ao máximo. Estou lutando para conseguir um contrato'', explica a atriz. Como sua mãe faleceu? Eu estava assistindo TV na sala quando bateram no portão, saí para ver e era uma daquelas vendedoras de produtos de beleza. Ela perguntou pela minha mãe, então, fui chamá-la. Bati na porta do quarto várias vezes, mas ela não abriu. Avisei para a vendedora que ela estava dormindo. Nesse momento, ouvi um barulho muito grande. Entrei desesperada e fui direto para o quarto. Minha mãe estava caída no chão, entre a cama e a parede. Eu perguntava o que tinha acontecido, mas ela não respondia, não conseguia falar. Liguei para a emergência, mas pensaram que era trote. Pedi ajuda para uma vizinha, que chamou o resgate. Mas, infelizmente, ela chegou praticamente morta ao hospital. Disseram que ela teve um AVC (acidente vascular cerebral). Se tivesse sobrevivido, iria ficar vegetando. Como lidou com essa situação? Eu me sentia culpada, muito culpada. E chorava muito por causa desse sentimento. Na minha cabeça, podia ter feito algo. Passei por um psicólogo até consegiur superar esse sentimento. Quais lembranças tem de sua mãe? Ela usava roupas justas, adorava esmaltes vermelhos. Lembro-me de que lia histórias para mim na casa da árvore feita pelo meu padrasto (Antônio). Como vivi pouco tempo com ela, não sofri tanto como minhas irmãs (Letícia, 22, e Juliane, 30). Penso que, se minha mãe não tivesse ido, talvez eu não teria iniciado minha carreira. Quando morava no Sul, minha vida era bem humilde. Deus sabe o que faz. Como foi a adaptação com seu tio? Não o conhecia. Tive medo. A Veridiana, uma afilhada da minha avó (Tereza), que era como se fosse uma mãe para mim, veio morar comigo em São Paulo até eu me acostumar. Depois que começamos a criar uma relação afetiva e vi suas atitudes como pai, a adaptação foi fácil. Como é ser criada por dois pais? É tranquilo. Eles têm atitudes normais de pais: educam, repreendem, dão amor, carinho, ajudam quando preciso me arrumar. Tive uma babá que falava: ''Coitada de você quando menstruar e for namorar. Imagine você sozinha com dois homens (risos)!'' Mas tenho certeza de que, quando isso acontecer, eles vão saber o que fazer. Quem é mais durão em casa? O tio João. Ele é turrão. Quando fala algo, não cede. Agora, o tio Fábio é maleável. Consigo dobrá-lo facilmente (risos). Meu signo é Touro. Então sou um pouco respondona. Mas, toda vez que brigo com meus pais, peço desculpas. LEIA ENTREVISTA COMPLETA NA EDIÇÃO DE CONTIGO! QUE CHEGA ÀS BANCAS NESTA QUARTA-FEIRA (9) Marcos Rosa

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