segunda-feira, 11 de abril de 2016

ARTISTAS POSAM COM SEUS FILHOS ADOTIVOS PARA LIVRO SOBRE O TEMA (Reprodução)

08/04/2016
Bruno Astuto
Marcello Antony, Drica Moraes, Elba Ramalho e Maria Padilha deram depoimentos emocionantes sobre adoção.
Discretos em relação às suas vidas familiares, os atores Marcello Antony, Drica Moraes e Maria Padilha, além da cantora Elba Ramalho, são algumas das personalidades que abriram uma exceção para o autor Eurivaldo Bezerra, que está lançando o livro 'Filhos', que fala sobre a adoção. Pai de três filhos adotivos — dois deles gêmeos — aos 46 anos Eurivaldo resolveu retratar na obra histórias de 40 pais e mães que, como ele, optaram por adotar seus filhos. "Quero transformar a lei brasileira de adoção em um instrumento mais ágil para milhares de crianças que esperam por um lar", diz o autor.
Eurivaldo afirma que não tece dificuldade em convencer os artistas a dividirem suas histórias sobre o tema. "Fui muitíssimo bem recebido por todos. Marcello Antony adotou Stephanie e Francisco, tem um filho biológico e cria dois enteados. Ele deixa claro que adotar não é um ato de caridade, mas um ato de amor. E frisa que trata todos sem distinção. Elba Ramalho, que tem três filhas adotadas, contou da surpresa logo após a chegada da primeira, Maria Clara: ela teve leite no peito. E só não amamentou porque a menina não conseguia mais puxar. Drica Moraes, mãe de Matheus, esperou quatro anos para tê-lo, entrou na fila de adoção aos 35 anos e diz que só não adota de novo por não ter entrado na lista antes", releva.
CONFIRA TRECHOS DOS DEPOIMENTOS:
MARCELLO ANTONY
"Sempre sonhei em adotar. Tenho uma vontade imensa de ajudar crianças que precisam de amor, carinho e segurança. Eu finalmente consegui realizar esse maravilhoso sonho. Sonho transformador. Sonho real. Com a chegada do Francisco, da Stéphanie, do Lucas, do Louis e do Lorenzo, pude perceber o quanto minha vida era em preto e branco. Eles trouxeram cor, cheiro, vida, esperança e plenitude. Na convivência, ampliei minha capacidade de amar e perdoar, de entender os defeitos e as fraquezas humanas. Nunca pensei que fosse amar dessa maneira tão intensa. Um amor que só cresce a cada dia, como uma bola de neve ladeira abaixo, mostrando o verdadeiro sentido do amor: amar sem esperar nada em troca. A gente pensa em adotar uma criança para fazer bem a ela, mas depois se dá conta de que são elas que nos fazem bem. São meus fi lhos. Meus verdadeiros fi lhos. Essa é uma bem-aventurança que faço questão de dividir com todas as pessoas que já adotaram, que pensam em adotar e até aquelas que nunca cogitaram tal possibilidade. É importante afi rmar que não existe diferenciação entre filhos adotados e filhos biológicos. Filho é filho e ponto final!", diz o ator.
DRICA MORAES
"Ser mãe é coisa que se inventa a cada dia, não vem pronto. Processo solitário que exige respeito mútuo. O amor alcançado, portanto, é único também. E incondicional. Essa é a grande beleza de ser mãe", emociona-se a atriz.
MARIA PADILHA
"Manoel chegou aos 5 meses de vida, e meu amor por ele aumenta a cada dia. É um amor tão grande, que desconhecia que poderia amar tanto alguém. O coração se alarga de tanta alegria. O começo da habilitação não foi uma boa lembrança, pois nas palestras que temos que participar, recebemos um balde de água fria. Só colocam dificuldades, problemas, doenças, etc. Parece que desestimulam a adoção de propósito, como se não existissem tantas crianças abandonadas. Depois encontrei uma assistente social em Búzios que foi muito positiva. No dia que recebi a ligação dizendo que meu filho tinha chegado, larguei tudo e corri para vê-lo. Quando estive com ele, sabia que era meu fi lho. Não tinha nada em casa e precisei de uma semana para comprar o enxoval. A emoção foi enorme. Manoel é um verdadeiro presente. Super carinhoso, sociável, amoroso, sorridente e adora beijar as pessoas. Ele se parece comigo, nas qualidades e até nos defeitos. Só não pode ficar com fome ou com sono. Daí, vira um verdadeiro Hulk!"
ASTRID FONTENELLE
"Gabriel é uma estrela. Como todos nós. Mas essa estrelinha parece que foi feita por encomenda. Nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar uma pessoa tão doce, tão feliz, tão engraçada, generosa. Aprendo com ele todos dias. E aprendi o mais importante: ser agradecida. E ser também mais educada, tolerante, menos brava… Ele é meu Foco. Ele é minha Força. Gabriel, muito obrigada por ter me aceitado como sua mãe. Você tinha 40 dias, eu tinha 48 anos e desde o primeiro segundo quando você passou do choro à paz, eu sabia que seriamos uma dupla de sucesso!"


Original disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/bruno-astuto/noticia/2016/04/artistas-posam-com-seus-filhos-adotivos-para-livro-sobre-o-tema.html

Reproduzido por: Lucas H.

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