Victor Enrique Biasone Fernandez
Tenho 18 anos, sou uma pessoa feliz, tenho uma família ótima, muito melhor do que eu pedi! Eu nunca me imagino sem os mesmos, claro, temos os atritos e discussões como qualquer família, mas o amor e a união entre nós é muito superior a uns atritos ou brigas.
Sou escritor político social na minha cidade, pois meu pai é um articulador político e por tal razão sigo seu exemplo e faço direito, por que minha mãe é advogada e pelo motivo de ser extremamente justiceiro e defensor dos “fracos e oprimidos”. Nunca, no fundo do meu coração, imaginei que estaria pronto para contar aos outros que sou adotado, mas isso caiu no meu conceito um dia quando fui “entrevistado” por uma família de amigos dos meus pais aonde os mesmos questionavam como era ser adotivo, o que era ser adotado, como eu me sentia ao falar disso.
Logo após, ao chegar em casa, pensei comigo mesmo e em voz alta até: “Mas por que será que é tão estranho assim ser filho adotivo? Por que as pessoas se impressionam quando eu conto que sou adotivo? Serei anormal?”. Após pensar muito, eu percebi uma coisa: não era eu o anormal e nem os questionadores, mas sim a sociedade em um geral que julga, pois o filho não é de sangue. Ela questiona por que não se sabe da onde veio a criança mas eu paro e penso: “É o processo então? Para que serve se não unir as famílias e mostrar da onde vieram?”.
Eu nunca tive vergonha de falar que sou filho adotivo, sofri uma ou outra vez por o ser e por estar perto de pessoas hipócritas e sem caráter, mas tirando isso, sempre fui feliz e até demais pelo simples fato de ter sido escolhido por um casal que não me conhecia, que não sabia quem eu iria me tornar, mas que olhando para mim, olhando para que eu era, adotaram-me.
Gostaria de dizer: aos pais, mães, filhos não se envergonhem por adotarem ou por adotados serem, envergonhem-se por não ter caráter para defender aqueles que te amam! Não se preocupe com o seu passado, ou melhor, com o que já foi! Preocupe-se em cuidar dos que te cuidam. Não se deixe enganar, sem os que te cuidam e amam nós não seremos nada, não estaremos aonde estamos e possivelmente, nem vivos estaremos se não fosse por eles!
Victor Enrique Biasone Fernandez
Nenhum comentário:
Postar um comentário