quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Conselho da Criança e do Adolescente tem novos representantes (Reprodução)

26 de Fevereiro de 2018


O governador Pedro Taques oficializou no Diário Oficial nesta quinta-feira (22) a nomeação de representantes para comporem o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-MT), vinculado à Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social, para o mandato do biênio 2018/2019.
Foram nomeados representantes indicados por associações da sociedade civil organizada, e também representantes governamentais indicados dentre sete Secretarias do Estado, entre titulares e suplentes.
Entre as funções dos conselheiros estão o controle, a fiscalização e a formulação das políticas assistenciais de proteção à criança e ao adolescente no estado. O órgão também é responsável pela captação e gestão dos recursos do Fundo de Infância e Adolescência (FIA), que financia projetos e demais atividades da instituição.
Desde 2011, a partir de uma nova legislação que alterou a estrutura da instituição, o Cedca passou a contar com 16 membros efetivos, sendo oito oriundos do poder público e oito de organizações não governamentais de defesa dos direitos da criança e do adolescente.
Nomeados
Representantes da sociedade civil organizada: Obras Sociais Anália Franco - Luiz Gonzaga Nascimento (Titular) e Simone Zanelatti de Cubas (Suplente); Associação Matogrossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara) – Lindacir Rocha Bernardon (Titular) e Luis Carlos Cicero Domingos (Suplente); Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) – Tatiane de Barros (Titular) e Andréia Cristina Noite Izabel (Suplente); Fundação Fé e Alegria do Brasil – Juliane de Almeida Santos (Suplente); Associação de Conselheiros e Ex-Conselheiros Tutelares de Mato Grosso (ACTMT/Unificar) – Raul Camilo Garcia (Titular) e Nulce Maria Sebastiana Pereira (Suplente); Associação para Desenvolvimento Social dos Municípios do Estado de Mato Grosso (APDM-MT) – Leticia de Arruda Monteiro Albuquerque (Titular) e Silbene Santana de Oliveira (suplente); Associação de Amigos da Criança com Câncer de Mato Grosso (AACC-MT) – Mauro César Souza (Titular) e Gonçalina Romana de Souza Martins (Suplente); e da Associação Municipal de Organização Mundial para Educação Pré Escolar – Leandro Fábio Momente (Titular) e Adriana Guirado Rao (Suplente).
Representantes governamentais do Estado: Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas-MT) – Jennifer Josiane Nesnik Jeronymo (Titular) e Adriana Ferreira Bastos (Suplente); Casa Civil – Fernanda Soares e Sousa (Titular) e Jolinete Terezinha Siqueira da Conceição (Suplente); Secretaria de Estado de Cultura (SEC) – Tatiana Laura Guedes Libardi (Titular) e Patricia Ribeiro Borges dos Santos (Suplente); Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) – Ana Carolina de Jesus Costa (Titular) e Brigida Couto (Suplente); Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (SEJUDH) – Fátima Vieira do Prado (Titular) e Regina Célia Santos Pereira Marques (Suplente); Secretaria de Estado de Saúde (SES) – Ademar Sales Macaúbas (Titular) e Wandriany Moraes Pereira Longui (Suplente); e da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) – Keila Coelho Sanches (Titular) e Elda Fabíola Melo Gomes (Suplente).

Original disponível em: http://www.folhamax.com.br/cidades/conselho-da-crianca-e-do-adolescente-tem-novos-representantes/155657 

Reproduzido por: Lucas H.

Adoções de crianças por estrangeiros é menor em quase 20 anos no Brasil (Reprodução)

25/02/18

O numero de crianças adotadas nos Brasil por estrangeiros em 2017 é o menor registrado em quase 20 anos. Em todo o país, foram formalizadas apenas 78 adoções internacionais no ano passado

A nacionalidade que mais adotou crianças no Brasil no período foi a italiana (57), seguida por franceses (10), norte-americanos (9), espanhóis (1) e cidadãos de Andorra (1).
O maior número de crianças e adolescentes estava em São Paulo (27). No total foram adotados 46 meninos e 32 meninas, sendo que 7 tinham mais de 12 anos.
Como explica o G1, os números de adoções por estrangeiros já vinham baixando, mas esperava-se uma recuperação após inclusão de estrangeiros no Cadastro Nacional de Adoção. No entanto, dificuldades na alimentação do sistema têm feito com que ele não seja utilizado efetivamente.
A publicação menciona também um fator positivo que pode servir para explicar a queda das adoções: a diminuição da restrição por parte dos brasileiros. “As adoções nacionais têm crescido no que diz respeito a perfis antes procurados apenas por pretendentes internacionais. De uns dois anos para cá, a gente tem conseguido fazer adoções de crianças com deficiência, crianças a partir de 7 anos... No ano passado, em São Paulo, houve a adoção de uma adolescente de 12 e um de 16. Então, a gente tem conseguido deixar as crianças no território nacional. Além disso, há uma menor disponibilidade dos adotantes internacionais em relação a crianças muito mais velhas. Até uns 5 anos atrás a gente conseguia fazer adoções de adolescentes de 14 anos ou mais. Hoje em dia, os perfis desejados são de crianças com, no máximo, 10 anos”, explicou a juíza da Vara Central da Infância e Juventude de São Paulo Mônica Arnoni.
Uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) define que todas as possibilidades de adoção dentro do país devem ser esgotadas para que então seja realizada a adoção internacional. Em 2017, segundo o CNJ, foram confirmadas 1.716 adoções no Brasil, mais do que em 2016.
Uma terceira explicação para a queda, segundo a juíza, é o fato de que adotar em outros países pode ser mais fácil. “Adotar em um país na África, por exemplo, é muito mais fácil. O processo no Brasil é muito rigoroso, feito com segurança e transparência. A gente exige muita coisa para garantir os direitos da criança mesmo fora do território nacional. Em outros países, não há tanta formalidade. Não se exige a documentação nem estágio de convivência. Aqui, mesmo após a adoção, a gente acompanha o caso por pelo menos dois anos. Em muitos países isso não existe. A pessoa sai com a sentença na mão e sem ligação nenhuma com o local de origem”, justificou Arnoni.
Os dados do Cadastro Nacional, no entanto, mostram que há espaço para mais adoções por estrangeiros. Hoje, 8.483 crianças e adolescentes aguardam por uma família. A maioria tem mais de cinco anos e irmãos, perfil que se encaixa mais no que é procurado por estrangeiros do que por brasileiros.
Reproduzido por: Lucas H.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Pais descobrem que filho dado como morto passou a vida em orfanato (Reprodução)

25/02/2018

Um casal de Volgograd, na Rússia, descobriu que o filho deles, nascido em 2011 e dado como morto no hospital, está vivo e passou a vida toda em um orfanato. A verdade veio à tona após os pais receberem uma conta de cerca de R$ 13,5 mil cobrando as despesas da criança na instituição.
Após o nascimento do bebê, o médico disse aos pais que ele não teria condições de sobreviver mais de uma semana. Assim, o casal assinou um documento que deixava o recém-nascido sob os cuidados do hospital. Poucos dias depois, no entanto, se arrependeram e retornaram ao local para ter o filho de volta, mas foram informados que o bebê havia morrido.
Após sete anos, um erro na administração do orfanato enviou um oficial de Justiça à casa da família para cobrar as despesas. Como eles não estavam no local, a conta bancária da mãe foi bloqueada. Ao tentar descobrir o que estava acontecendo, a mulher teve uma surpresa.
“Ficou claro que o casal tinha sido assegurado que a criança estava morta todo esse tempo. Eles apelaram imediatamente ao tribunal para a restauração de seus direitos como pais”, disse um porta-voz do serviço de adoção ao site britânico Metro.
O casal conseguiu a guarda da criança. O caso ainda está sendo investigado. A família não divulgou se pretende entrar na Justiça contra o hospital.


Reproduzido por: Lucas H.

Nº de adoções de crianças por estrangeiros é o menor em quase 20 anos no Brasil (Reprodução)

25/02/2018

O número de crianças adotadas por estrangeiros no Brasil em 2017 é o menor em quase 20 anos. Foram concretizadas 78 adoções internacionais no ano passado. É o que mostram dados obtidos pelo G1.
A expectativa era que houvesse uma retomada, já que, há dois anos, os estrangeiros passaram a ser incluídos no Cadastro Nacional de Adoção. Dificuldades na alimentação do sistema, no entanto, têm feito com que a ferramenta não seja efetivamente utilizada.
“O cadastro está passando por reformulação. Embora exista o módulo de cadastramento de pretendentes estrangeiros, os relatos de algumas comissões estaduais são de que não o estão alimentando. E a implantação dessa funcionalidade é essencial para que ele seja o grande ponto de encontro entre esses pretendentes e as crianças”, afirma Natalia Camba Martins, coordenadora-geral da Autoridade Central Administrativa Federal (Acaf), órgão ligado ao Ministério da Justiça e responsável por credenciar entidades que ajudam a intermediar as adoções para o exterior.
Apesar disso, um outro fator, positivo, pode ajudar a explicar o dado: a diminuição da restrição por parte dos brasileiros. “As adoções nacionais têm crescido no que diz respeito a perfis antes procurados apenas por pretendentes internacionais. De uns dois anos para cá, a gente tem conseguido fazer adoções de crianças com deficiência, crianças a partir de 7 anos. No ano passado, em São Paulo, houve a adoção de uma adolescente de 12 e de um de 16. Então a gente tem conseguido deixar as crianças no território nacional. Além disso, há uma menor disponibilidade dos adotantes internacionais em relação a crianças muito mais velhas. Até uns 5 anos atrás a gente conseguia fazer adoções de adolescentes de 14 anos ou mais. Hoje em dia, os perfis desejados são de crianças com, no máximo, 10 anos”, afirma Mônica Arnoni, juíza da Vara Central da Infância e Juventude de São Paulo.

Uma resolução do Conselho Nacional de Justiça diz que a adoção internacional só pode ser realizada após esgotada a possibilidade da adoção nacional. Segundo a Corregedoria do CNJ, foram realizadas 1.716 adoções no Brasil em 2017 – número superior ao de 2016.
“Há esse incentivo maior à adoção nacional. E isso reflete em alguma medida pois diminui o número de crianças disponíveis. Com isso, os organismos credenciados também diminuem em quantidade. A gente teve uma baixa importante em 2017 de um organismo francês, que se descredenciou porque não estava conseguindo encontrar as crianças para adoção. As atividades no Brasil foram descontinuadas. O organismo vai continuar acompanhando as adoções em curso, porque há obrigações a cumprir, e a Acaf seguirá fiscalizando. Mas isso já dá uma dimensão da situação”, afirma Natalia.
Segundo a juíza da Vara Central da Infância e Juventude de São Paulo, uma outra explicação para a baixa é a “concorrência” com outras nações.

“Adotar em um país na África, por exemplo, é muito mais fácil. O processo no Brasil é muito rigoroso, feito com segurança e transparência. A gente exige muita coisa para garantir os direitos da criança mesmo fora do território nacional. Em outros países, não há tanta formalidade. Não se exige a documentação nem estágio de convivência. Aqui, mesmo após a adoção, a gente acompanha o caso por pelo menos dois anos. Em muitos países isso não existe. A pessoa sai com a sentença na mão e sem ligação nenhuma com o local de origem”, diz Mônica Arnoni.

Perfis

Dados do cadastro, porém, revelam que ainda há espaço para mais adoções internacionais. Há hoje 8.483 crianças e adolescentes cadastrados. A maioria tem mais de 5 anos e irmãos. E o perfil dos pretendentes internacionais está muito mais alinhado aos abrigos que o dos adotantes nacionais.


“As autoridades judiciárias precisam ser sensíveis à situação dessas crianças porque normalmente são crianças mais velhas, com irmãos, com doenças crônicas. É preciso um olhar especial para a adoção internacional continuar sendo uma medida subsidiária, para que essas crianças não fiquem esquecidas nos abrigos”, afirma Natalia Martins.

Ela diz que, no campo político, o que tem ocorrido é um forte empenho das associações que defendem a convivência familiar acima de tudo. “Em várias frentes, inclusive na discussão de um novo projeto de lei sobre adoção em curso no Senado, a gente tem uma fala muito forte neste sentido. São setores que pedem que seja esgotada à exaustão a reinclusão dessa criança na família estendida antes da adoção. É um esforço louvável. Mas há uma ponderação de que cada dia na vida delas é muito importante. Então talvez, em muitos casos, acaba se insistindo em medidas que não têm efeito. Quando existir a possibilidade de colocação, ela deve ser priorizada, não só pela lei, mas porque é uma medida adequada. Agora, o juiz, atento, pode perceber que não é viável. Então é necessário um equilíbrio.” 
Novo cadastro 
O atraso na implantação de um novo cadastro de adoção tem sido apontado por especialistas da área como um dos entraves para que mais crianças sejam adotadas – tanto no Brasil como no exterior.
Para Mônica Arnoni, uma mudança se coloca como urgente. “O cadastro hoje não é funcional. É preciso uma ferramenta com uma alimentação automática. Quando uma criança entra no acolhimento, é emitida uma guia. O ideal era que assim que ela fosse emitida, essa criança também fosse inserida no sistema, ao mesmo tempo.”
A juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça Sandra Silvestre afirma que novas funcionalidades estarão disponíveis, mas admite que há uma demora.
“A prioridade da reformulação do cadastro existe desde a posse do ministro corregedor (João Otávio Noronha). Várias entidades de juízes e promotores, usuários e associações ligadas à adoção vinham relatando dificuldades. E o Unicef fez uma pesquisa com juízes e desembargadores que apontou vários problemas na alimentação do sistema. Mais de 50% dos dados não estavam no cadastro ou estavam com erros. Então foi montado um grupo de trabalho, que formatou as propostas, de forma democrática, com a participação de todos. Foram feitos workshops e fóruns. Mas uma outra questão muito sensível acabou ganhando prioridade por parte da presidência do CNJ e o departamento de tecnologia foi colocado para reformular o Banco Nacional de Mandados de Prisão em razão da crise no sistema penitenciário.”

Sandra diz que isso comprometeu a meta. “Uma solução alternativa foi fazer um consórcio com alguns tribunais de Justiça para que eles cedessem servidores de tecnologia. Foi montado, então, um outro grupo apenas para construir o novo sistema operacional. Em março, a gente deve iniciar os testes em São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Rondônia e Paraná.” Como se trata de um projeto-piloto, ainda não há data para a implantação em todo o país.

Entre as mudanças previstas está a criação de um mecanismo automático de busca de pretendentes e crianças – o processo hoje é feito manualmente. A intenção é que o sistema seja capaz de identificar “sozinho” os pais para crianças que tenham aquele perfil determinado, "rodando" e atualizando quase que em tempo real as informações. Com isso, após a verificação, a ideia é que ele emita um aviso com a informação de que foi encontrada uma criança com o perfil desejado ou bem próximo do informado pelo pretendente (permitindo, assim, que ele amplie um pouco as possibilidades).

“A ideia é que o novo cadastro seja mais ágil e transparente. Hoje, os juízes têm mais de 10 cadastros para atualizar todo mês. Um pretendente que muda de endereço, telefone ou deixa de ter interesse na adoção precisa informar o juiz da Vara e só ele pode fazer a alteração no cadastro. A gente quer que o novo sistema tenha uma funcionalidade parecida com a de aplicativos/sites de namoro. E a premissa básica é que o próprio interessado, no caso o pretendente, com um login e senha, mantenha seus dados atualizados", afirma Sandra Silvestre.

Adoções internacionais em 2017

Das 78 adoções internacionais realizadas no ano passado, 57 foram feitas por italianos. Houve ainda 10 adoções por franceses, 9 por norte-americanos, 1 por espanhóis e 1 por pretendentes de Andorra.
O maior número de crianças e adolescentes estava em São Paulo (27). Foram adotados 46 meninos e 32 meninas. Do total, 7 tinham mais de 12 anos.


Reproduzido por: Lucas H.

Famílias podem se cadastrar para se tornar lar temporário para crianças em Carmo do Cajuru (Reprodução)

O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, implantado desde 2013 em Carmo do Cajuru, por meio da Secretaria Municipal de Promoção Social e Defesa Civil, promove acolhimento temporário para crianças e adolescentes, que por motivos diversos como negligência, maus tratos, possível abandono, dentre outros, precisam ser afastadas de sua família de origem durante um período.
Desta forma, por meio de uma família acolhedora, a criança terá um lar provisório com pessoas que possam lhe auxiliar a viver este período longe de casa. “Tanto a criança, quanto a família de origem e a família acolhedora são acompanhadas pelo programa com o foco de possibilitar, o mais breve possível, o retorno da criança a família de origem”, explica a diretora da assistência social, Rosemeire Rodrigues.
Atualmente, 14 famílias estão no banco de dados do programa. Para se cadastrar, a família deve procurar a Secretaria de Promoção Social e Defesa Civil e preencher um cadastro. Depois disso, eles serão avaliados e capacitados para receber a criança ou o adolescente que se enquadra no perfil da família.
Um dos critérios para participar do programa é não estar na fila de espera para adoção. “Muita gente acha que este programa pode servir de trampolim para uma adoção, por isso é determinado que a família acolhedora não pode adotar a criança acolhida. No ato do cadastro eles assinam um termo garantindo que tem ciência disso, já que a proposta é que a criança volte para o lar de origem. Se no final do processo ficar definido que a adoção é a melhor saída para o acolhido, ele deverá ser adotado por outra família” ressalta Rosemeire.
Um total de 14 infantes, entre crianças e adolescentes, já vivenciaram acolhimento familiar no município. Eles podem permanecer em um lar temporário durante no máximo dois anos. Durante este período, a família de origem é acompanhada por profissionais visando a reestruturação para receber a criança de volta.
Desde a instalação do serviço em Carmo do Cajuru, seis crianças já retornaram para o convívio familiar de origem, outras oito crianças garantiram a convivência familiar em família extensa, uma criança foi adotada e duas estão em processo de experiência para adoção.
“Estamos seguindo o raciocínio do Governo Federal, que no fim do ano passado apoiou o Programa Família Acolhedora com o intuito de zerar, ainda neste ano, o número de crianças entre zero e seis anos que vivem em abrigos para serem encaminhadas a uma família acolhedora”, ressalta Rosemeire.
As famílias interessadas em se cadastrar no programa devem ir pessoalmente até a secretaria que fica na Praça Presidente Vargas n°278, Centro, Carmo do Cajuru. Mais informações pelo telefone: (37) 3244 – 1309.
Fonte: Sistema MPA
Reproduzido por: Lucas H.

INFÂNCIA ABANDONADA - 'Adoção não faz parte da agenda política' (Reprodução)

FEV. 24, 2018

Preocupados com o elevado número de crianças abrigadas, à espera de adoção, membros do Ibdfam (Instituto Brasileiro de Direito de Família) redigiram projeto de lei, que tramita no Senado sob o número PLS 394/2017, para criar o Estatuto da Adoção, em substituição às regras previstas hoje no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

O texto, que tenta dar agilidade à adoção em detrimento da permanência da criança com a família extensa – avós, tios e outros parentes –, recebeu críticas pesadas de entidades ligadas à infância, como o Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) e o Movimento pela Proteção Integral de Crianças e Adolescentes, constituído por diversas entidades do País. Para este movimento, o projeto idealizado pelo Ibdfam cria "mecanismos de adoção paralelos, que abdicam ou minimizam formas de controle, supervisão e acompanhamento por parte do Estado nas colocações de criança em família substituta".

A vice-presidente do instituto, Maria Berenice Dias, que aposentou-se na função de desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, rechaça as críticas e afirma que o "número absurdo" de crianças institucionalizadas justifica a mudança, que deverá acelerar os trâmites burocráticos para a adoção.

Para ela, que hoje atua como advogada especializada em direito homoafetivo, direito de família e sucessões, recém-nascidos, por exemplo, não têm qualquer vínculo com a família extensa e, neste caso, o melhor é permitir a adoção o mais rápido possível, antes que fiquem muito tempo nos abrigos e passem a ser crianças "inadotáveis". "Em face de uma concepção equivocada e superada é que se fica anos esperando encontrar alguém da família que queira a criança enquanto ela fica institucionalizada e acaba perdendo a chance, muitas vezes, de ser adotada", afirma.

Como fazer para agilizar os processos de adoção?
O que nós estamos procurando é uma mudança de paradigmas porque, como o ECA tem 30 anos, ele privilegia muito a família biológica e coloca a adoção como o último recurso. Esse conceito mudou: tem tese de repercussão geral do STJ (Superior Tribunal de Justiça) reconhecendo que a filiação socioafetiva prevalece sobre a filiação biológica.

O que prevê o PLS 394/2017, que cria o Estatuto da Adoção?
O propósito do Estatuto da Adoção não é preterir a família extensa, mas não cabe ao Poder Judiciário - não está escrito em parte nenhuma até porque não tem estrutura para isso - procurar as famílias extensas das crianças. Recém-nascido não tem esses vínculos (de convivência e afetividade) com ninguém, então não tem que procurar ninguém. Acho que o movimento tem que ser o contrário, em vez de o Estado, com todas as suas dificuldades, ficar caçando um parente que nem sabe que a criança nasceu, nem sabe que existe, nunca viu, e a criança não tem esse vínculo... e isso se eterniza e as crianças se tornam "inadotáveis". O movimento deve ser o seguinte: que o Estado procure os pais e veja se, com algum tipo de auxílio, conseguem ficar com as crianças. Agora, quando não é o desejo da família extensa, com certeza a melhor solução é encaminhá-los à adoção.

Com relação à família extensa - avós, tios e parentes - eles que têm que procurar as crianças junto aos Juizados da Infância manifestando o desejo de ficarem com esse seu parente. Mas antes de entregar é necessário um acompanhamento, um estudo psicossocial, que não é feito. Simplesmente a criança é entregue porque há o vínculo de sangue e a gente sabe que 90% das devoluções de crianças são feitas pelas famílias extensas, que não querem ficar com a criança.

A família extensa será preterida se a mudança for aprovada?
Eu também vejo que, ao conviver na família extensa, a criança sempre terá o passado no seu presente, ela sempre vai ter uma avó, um tio, que não vai ser o pai e a mãe; e também, neste caso, é concedida a guarda e a guarda não concede nenhum direito - direito previdenciário, direito de herança a essas crianças. Então, essas entregas a famílias extensas não atendem o melhor interesse da criança porque ela fica numa situação ainda de vulnerabilidade. Entre família extensa que não procura, que precisa ser procurada pela Justiça, e alguém que está há anos cadastrado para a adoção, e já foi superavaliado, sem dúvida nenhuma, há que se priorizar a adoção, que é um vínculo socioafetivo prioritário.

Os recém-nascidos, as crianças brancas e saudáveis têm mais chances de serem adotadas? Qual a probabilidade em relação às crianças mais velhas, negras e doentes?
Crianças com algum tipo de necessidade especial, grupos de irmãos, crianças não brancas, adolescentes, de fato, têm menos chances de serem adotadas rapidamente do que crianças recém-nascidas, mas não se pode culpar os candidatos à adoção por quererem crianças porque a eles simplesmente não é dada nenhuma possibilidade ou chance de conhecerem as crianças institucionalizadas. Ninguém adota uma criança especial, com microcefalia, se primeiro não se apaixonou pela criança. E essa é uma das propostas do Estatuto da Adoção: abrir os abrigos não só para candidatos cadastrados, mas para a sociedade, que possa conviver, compartilhar, para brincar, para fazer festas de aniversários, e aqueles que mostrarem interesse, que se vincularem com alguma criança, se submetem a toda aquela testagem para adotar aquela criança. Não vejo que isso vai em prejuízo de ninguém.

Há uma estimativa de quantas crianças estão em abrigos, à espera de adoção no País?
Os únicos dados que existem sobre crianças que estão em abrigos, institucionalizadas, estão no site do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O CNJ traz o número de crianças disponíveis para adoção na base de 8 mil e 40 mil crianças abrigadas sem estarem disponíveis, ou seja, reflexo dessa demora um tanto quanto perversa. Mas Brasil afora existe um número que se calcula por volta de 100 mil de crianças que estão abrigadas sem o conhecimento sequer do Poder Judiciário.

Em média, quanto tempo uma criança fica em uma instituição?
O tempo que uma criança fica institucionalizada depende, no fundo, muito mais do comprometimento do magistrado, do Ministério Público, do próprio serviço interdisciplinar que nem sempre tem e dessa mentalidade: se se esgotam mil tentativas de tentar fazer a mãe sair do crack, que nunca sai, do pai parar de beber, que também normalmente não para; ou que eles construam uma casa ou se insiram no mercado de trabalho. Depois se vai atrás da família extensa, chega a procurar dois ou três anos, enfim, e as crianças se tornam "inadotáveis", passaram da idade, que é acima de 8 anos, para serem adotadas. Há lugares que são extremamente rápidos porque o juiz tem esse comprometimento - ele mesmo liga para as pessoas - e tem outros que esquecem as crianças lá... O tempo mesmo não tem como regular.

Quais os problemas da adoção direta?
Eu confesso que pessoalmente sou muito a favor da adoção direta, acho que as mães têm o direito de escolher com quem querem que seus filhos fiquem, porque têm alguma identidade, ou porque é patroa, ou porque professa a mesma fé. Só acho que isso precisa ter o controle do Poder Judiciário, que este desejo de entrega seja submetido ao Poder Judiciário, e as pessoas candidatas à adoção, mesmo que não estejam cadastradas, precisam passar por todo esse procedimento e deve haver o acompanhamento da criança.

Ou isso ou o que acontece no Nordeste, por exemplo, onde diz-se que 90% das crianças são entregues diretamente porque as mães querem que os filhos sejam adotados, não querem que os filhos fiquem abrigados, muitas vezes, não querem nem que a família extensa saiba que elas tiveram o filho. Esta é uma prática perversa que não atende o melhor interesse da criança, mas é tão burocratizado, há tanta barreiras para se adotar, que no fundo é o que as mulheres fazem. Este é o mínimo. Muitas vezes, jogam as crianças no lixo.

O problema da adoção depende mais de alteração legislativa ou de vontade de adotar?
Vontade de ter filhos muitas pessoas têm, vontade de adotar também. Então este descompasso decorre da falta de uma legislação mais atual, mas específica, priorizando a convivência familiar dessas crianças, atendendo ao comando constitucional de assegurar às crianças, com prioridade absoluta, a convivência familiar. Convivência familiar não quer dizer família biológica. Existe uma realidade severa: o cadastro nacional de adoção não existe, não funciona, faz dois anos que não se movimenta, não é integrado.

O Ibdfam tentou durante anos esta atualização, esta reformatação que não foi feita e que se chocou com esse número assustador de crianças, que só cresce. E a situação se agrava mais por conta dessas técnicas de reprodução assistida, as pessoas fazem filhos e nesta hora sobra uma criança no abrigo. É mais rápido, não se sujeita a nada, e esta tem se sido a postura das pessoas. Nós temos que nos atentar a isso, em face desta nova realidade. Nós temos que facilitar e dar prevalência à adoção, que é uma preocupação que não se enxerga nas políticas públicas atuais.
Loriane Comeli
Reportagem Local


Reproduzido por: Lucas H.

Atitude Adotiva discute a relação da adoção com o Cristianismo (Reprodução)

23.02.2018

No período quaresmal, onde as pessoas vivem momentos de reflexões sobre atitudes e escolhas, pode-se encontrar exemplos de pessoas nas passagens bíblicas que podem inspirar a vida do ser humano em todos os sentidos, como: no amor, amizade e renúncia. Você sabia que existe relação entre a adoção e o cristianismo? Na coluna Atitude Adotiva desta sexta-feira (23) o comunicador, Marcelo Araújo, conversou com a fonoaudióloga, Presidente do Grupo de Estudo e Apoio a Adoção do Vale do Ipojuca (GEADIP), que é mãe por adoção, Auriany Bezerra. Ela detalhou a temática no programa. 

Tem curiosidade sobre adoção? Quer saber mais? Neste sábado (24) o Grupo de Apoio à Adoção do Paulista (GAAP) realiza mais um encontro mensal no Auditório do Ministério Público de Pernambuco, na Avenida Senador Salgado Filho, s/n, no Centro de Paulista. Será abordado o tema “A escolaridade da criança e adolescente: aprendizado e desenvolvimento”. O professor Márcio Francisco e a psicopedagoga Andressa Laurentino facilitam o debate. A programação ocorre das 15h às 17h.


Reproduzido por: Lucas H.

Policial e treinador de boxe forma família com garotos órfãos que treinava (Reprodução)

23/02/2018

Este detetive da polícia de Pittsburgh gasta seu tempo voluntário como mentor juvenil em uma academia de boxe local. No entanto, um dia, ele conheceu dois irmãos que mudaram sua vida para sempre.
O detetive de Pittsburgh, Jack Mook, participa como voluntário na academia de boxe  Steel City, uma organização sem fins lucrativos dedicada a ajudar jovens desfavorecidos na comunidade; lá eles aprendem boxe amador. Foi na Steel City que Jack conheceu dois jovens irmãos, Josh e Jessee Lyle, e se tornou seu mentor.
“A maioria das crianças que vêm a esta academia são crianças de rua”, disse Jack à CBS News. “Muitas delas nasceram na pobreza”.
Jack conheceu Josh, o mais velho dos dois irmãos, quando este tinha cerca de 9 anos e, enquanto o treinava, estava aprendendo sobre sua vida.
“Ele era muito magro; você podia ver suas costelas “, disse Jack.
De acordo com PoliceOne.com, Jack disse a si mesmo que, enquanto os meninos participaram de suas sessões de treinamento, ele não se envolvia em seus assuntos pessoais.
“Eu vi crianças pobres na rua durante toda a minha vida e no meu trabalho”, disse Jack à PoliceOne. “Eu só pensei: ‘Não é da minha conta, desde que ele venha à academia e tenha energia”.
Mas, essa não foi a realidade. Um dia, quando as crianças não foram à academia, Jack tentou descobrir o motivo. Quando finalmente encontrou Josh, Jack ficou surpreso com a aparência dele.
“Ele parecia horrível”, disse Jack à TODAY. “Seu cabelo estava realmente ralo, faltavam fios. Ele tinha bolsas debaixo dos olhos. Ele parecia um homem de 40 anos que acabara de perder o emprego “.
Jack perguntou a Josh diretamente sobre o que estava acontecendo, e Josh, incapaz de conter as lágrimas, contou a Jack tudo. As crianças viviam com pais adotivos, que negligenciavam e abusavam delas. Elas não tinham camas e tinham que dormir no chão sujo.
O evento que mudou tudo, foi quando o pai adotivo dos meninos teve um acidente de carro, enquanto escapava da polícia. Foi quando Jack decidiu agir.
“Naquele momento eu disse: já chega. Eu amo essas crianças “, disse Jack. Ele conseguiu obter um mandado de emergência para se tornar o pai adotivo das crianças.
Jack, que esteve solteiro por um longo tempo, adaptou sua vida feliz para receber as crianças. E para as crianças, ele representou uma vida melhor. Jack matriculou Josh e seu irmãozinho Jessee na North Side Catholic School. O ambiente familiar que eles têm agora é bom, com refeições nutritivas e um estilo de vida estável.
“A geladeira está cheia de pimentas e frutas; nós não temos batatas fritas “, Josh compartilhou com PoliceOne. “A casa é muito mais limpa. Ele odeia germes”.
Então, Jack deu outro passo: em setembro de 2014, ele adotou os dois irmãos.
“Isso significa tudo”, disse Jack à TODAY, depois que a adoção foi aprovada pelo tribunal. “É um compromisso para o resto de suas vidas”, ele assentiu, “e é bom”.
Como os meninos se sentem em sua nova vida, como parte da família Mook?
“Eu me sinto seguro”, disse Jessee, que tem 11 anos de idade.
Já, Josh disse: “Ele ainda é o treinador, mas sabemos que ele é nosso pai também. Acima de tudo, ele é um salvador. Ele é meu modelo exemplar “.
No entanto, a história desta família não termina aqui. Em 2015, Jack casou-se com Mary, mãe solteira, com três filhos.
“Eu pensei que ser solteiro era divertido, porque você não tem responsabilidades”, disse Jack à CBS Pittsburgh. “Mas quando você está solteiro, você não está ciente do que está perdendo. Estou feliz por ter permitido que ela rompesse essa barreira e me afastasse dessa vida “.
Parece um final feliz para todos.
Veja no vídeo o que essas crianças estão planejando para o futuro:


Reproduzido por: Lucas H.

Poeticamente, o milagre da adoção se transformando em maternidade. Confira! (Reprodução)

ADOÇÃO
Teresa Drummond

Quando o coração reclama
o silêncio omisso
equilibrista
e na corda bamba grita
o desassossego…
Quando o coração aflito
se liberta de medos
e em seu espírito urge
o aconchego…
Quando o coração se surpreende
convexo, pleno, sem fronteira
e desponta o seio
da maternidade…
O coração desarma
o mito
e se faz ventre
diante do berço.


Reproduzido por: Lucas H.