terça-feira, 28 de novembro de 2017

Rio Preto: Apadrinhamento é nova opção menos burocrática de adoção (Reprodução)


A mesa oficial ficou pequena para os convidados durante o lançamento do programa, “Apadrinhamento Afetivo”, hoje de manhã (23), no auditório ‘Abreu Sodré’ que fica no 9º andar da prefeitura de Rio Preto. O projeto foi desenvolvido estrategicamente com ações voltadas a proteção da criança e do adolescente, em situação de vulnerabilidade. O evento teve a presença do juiz da Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin, representantes do Ministério Público, Renata Sanches e André Luiz de Souza.

Finalidade da proposta é estimular, construir e dar manutenção dos laços familiares para cada criança ou adolescente atendido pelo projeto Teia – Trabalho e Emancipação da Infância e Adolescência, por meio de alguns padrinhos e madrinhas, que poderão ajudar oferecendo oportunidades de trabalho, cursos profissionalizantes ou até um passeio pela cidade, com a criança abrigada pelo Teia.

Em Rio Preto, em média, 30 crianças e adolescentes na faixa dos 8 anos para cima, vivem sem condições de serem adotadas, elas estão sem cadastro. Afirma o juiz da Vara da Infância, Evandro Pelarin. Este programa vem com a missão de proporcionar uma forma de adoção a distância e menos burocrática, um grupo de acadêmicos ficará responsável por acompanhar e fazer toda a triagem dos candidatos, “ Essas crianças vão passar sem a necessidade o compromisso de adotar, não, vão ter a possibilidade de ter um contato maior com uma família, fora da instituição”. Disse o Juiz Evandro.

Membros do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, acompanharam a exposição de palestrantes, que discursaram questões técnicas do programa, idealizado também por cinco faculdades de Rio Preto.

Cerca de 100 pessoas tiveram a oportunidade de acompanhar os trabalhos, integrantes da Defesa Civil, vereadores, Renato Pupo [PSD] e Karina Caroline [PRB], entidades filantrópicas, empresários da cidade, psicólogos, Secretaria de Assistência Social, representantes da Vara Criminal de Rio Preto, além do prefeito Edinho Araújo [PMDB], que ficou por pouco tempo, ele teve que acompanhar a abertura de outro projeto social, no Solo Sagrado, região Norte da cidade, “ A responsabilidade pela criança é da escola, da família e também da sociedade, nós vamos atingir o problema em sua origem, não podemos fazer vista grossa”. Comentou o prefeito Edinho.

Na sequência, juiz Pelarin fez os agradecimentos necessários a todos os envolvidos no processo de criação do ‘Apadrinhamento efetivo’, pontuando a importância de todos os participantes, frisando a importância do Eca –  Estatuto da Criança e do Adolescente na proteção e garantia de direitos dessa população, em situação de risco.

Interessados em participar da ação podem acessar o site da prefeitura de Rio Preto e preencher uma ficha eletrônica, precisa ter mínimo 18 anos com situação financeira independente, apresentar os documentos pessoais e ter renda fixa no município.

O foco do programa é proporcionar uma espécie de convívio familiar a meninos e meninas impossibilitadas de voltar a viver com os país e vão parar na Justiça. A relação do padrinho participante é criar uma relação a longo prazo com o afilhado, possibilitando sua reinserção na sociedade. “Não é dever apenas do estado, é de todos, do município, sociedade e da família”. Disse Evandro.

Diferencial deste novo projeto é o convite envolvendo o município de Rio Preto e instituições de ensino, onde psicólogos, assistentes sociais e toda uma comissão capacitada pelo judiciário que vão orientar os novos padrinhos, além de acompanhar todo o processo de convivência.

Colaborou: Guilherme Ramos.


Reproduzido por: Lucas H.

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