13/01/15
Por Giovanna Balogh
Boa parte das mulheres quando engravida registra todos os meses o crescimento da barriga ou faz um belo ensaio fotográfico quando o barrigão está mais evidente. Mulheres que adotam também têm registrado a espera do filho enquanto estão na lista de adoção, que é o chamado book de adotantes.
Quando decidiu engravidar, a psicóloga Priscila Amorim, 31, descobriu que ela e o marido Elias Amorim, 34, teriam de passar por um tratamento médico para ter um bebê. Como a adoção já era um desejo antigo, eles decidiram formar uma família independentemente de o bebê sair ou não de sua barriga. “Não seríamos pais biológicos ou adotivos, seríamos pais e ponto. Para nós, isso já bastava”, comenta a psicóloga.
Ela conta que o tão sonhado “positivo” veio não por meio de um teste de farmácia ou de sangue, mas quando foram considerados aptos para adotar após passarem por cursos, entrevistas, para ver se aquele casal poderiam receber uma criança.
Priscila diz que quando receberam a habilitação para adotar sentiu que estava grávida e, por esse motivo, decidiu contatar um amigo fotógrafo para registrar o casal antes da chegada do filho ou filhos.
“O book dos adotantes é muito comum nos EUA e outros países, mas no Brasil temos poucos casais que fizeram. A adoção é uma forma como qualquer outra de se tornar pai e mãe e a espera é igual o de uma gravidez, com seus anseios, medos, angústias e alegrias, então por que não registrar esse momento tão especial?”.
O casal conta que não escolheu sexo ou cor para o filho e também não descarta a possibilidade de adotar, por exemplo, irmãos. “Assim como na gravidez, na adoção tudo é uma surpresa e esperamos ansiosamente nossa benção chegar, pois sabemos que Deus tem algo preparado para cada um e ele já escolheu nosso filho ou filha que em breve virá ao nosso encontro”, diz a psicóloga, que criou a página Adoção – A escolha de Amar no Facebook, que reúne informações sobre a adoção.
No Brasil, de acordo com dados do Cadastro Nacional de Adoção, são cerca de 5.000 crianças e adolescentes aptos para adoção para 30 mil pretendentes. Mas, por que essas crianças não conseguem um lar? Pois a maioria dos casais quer bebês brancos e sem irmãos. Crianças depois dos três anos, negras e com irmãos acabam ficando nos abrigos. Fotos de Igor Santtos
http://maternar.blogfolha.uol.com.br/…/casal-na-fila-de-ad…/
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