13/01/2015
JUSTIÇA
A especialização da 3ª Vara da Infância e da Juventude - que em 2014 passou a atender apenas processos cíveis - deu celeridade aos trâmites de adoção e de destituição dos laços familiares - explica a defensora pública Juliana Andrade. Antes, as varas da Infância eram responsáveis simultaneamente por procedimentos de atos infracionais e processos cíveis.
“A especialização das varas fez aumentar as adoções. Havia prevalência o julgamento dos atos. O acolhimento não representa um problema para a sociedade, pois as crianças estão protegidas. Teoricamente, não é um problema. Pois não pensam em longo prazo. Se as crianças ficam muito tempo nas unidades de acolhimento, pode ser prejudicial para o desenvolvimento delas”, afirma Laura Carolina Rodrigues, do Abrigo Santa Gianna.
Apesar de ter o nome disponível no CNA por anos, algumas crianças acabam por não encontrar uma nova família. O tempo passa, a adolescência chega e a vida continua sendo construída nas paredes dos abrigos. Quando a possibilidade de adoção começa a se esvair - explica a coordenadora do Abrigo Nossa Casa, Célia Costa -, o trabalho é direcionado para garantir a independência dos jovens e a entrada no mercado de trabalho. “Fazemos reuniões e falamos sobre construir uma nova história para a vida deles”, afirma Célia. (Isabel Costa)
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