10/01/2014
Entregue para adoção aos 7 anos, Lucrécia chegou a morar nas ruas.
Reencontro emocionante aconteceu no dia do aniversário da mãe.
O Bom Dia Brasil mostra uma história emocionante de uma mulher entregue
para adoção aos 7 anos que chegou a morar nas ruas. E quase três
décadas depois, ela reencontrou a mãe biológica.
Lucrécia de Mello prepara a mala como se estivesse tentando arrumar a própria vida. "Chega Dia das Mães, eu fico pensando, chega Dia dos Pais, eu fico pensando...", diz a dona de casa.
É uma viagem rumo ao passado, impossível de esquecer. Até os 7 anos foi criada pela avó, em Sorocaba, interior de São Paulo. Por sofrer maus-tratos, foi entregue para adoção.
Revoltada, ainda menina saiu de casa e na rua conheceu o maior inimigo, o crack: “Quando eu me vi, eu estava morando numa favela, sem roupa, sem calçado".
Conseguiu se livrar do vício. Refez a vida, teve filhos e voltou a viver com os pais adotivos. Com a morte dos dois, veio a vontade de conhecer melhor o passado.
Lucrécia conseguiu vencer um dos grandes obstáculos: desarquivar um processo de adoção de 24 anos atrás.
Finalmente, ela poderia ter acesso aos documentos e descobrir o endereço da mãe biológica.
Com dois dos três filhos, ela parte para uma viagem de quase 600 km entre Jales, onde mora, e Sorocaba, onde foi adotada.
A primeira parada é o fórum. Leu os papéis que lhe fizeram três revelações. A primeira: o nome dela antes da adoção – Suélen. A segunda: "Eu descobri que, na verdade, ela não me abandonou. Ela quis me pegar de volta, que ela me procurou", conta.
A terceira é a mais surpreendente: “Hoje é o aniversário dela”, diz Lucrécia, chorando, sobre a mãe biológica.
Lucrécia chega a Boituva, a 40 km de Sorocaba – onde termina a distância que separou mãe e filha por 29 anos.
Lucrécia bate palma no portão da mãe biológica: "Oi, mãe". E é recebida com emoção. "Você é a Suélen?", pergunta a idosa. "Sou a Suélen, mãe", responde Lucrécia, antes do abraço apertado em meio ao choro das duas.
"Esses aqui são seus netos, mãe", apresenta Lucrécia para a mãe biológica, que também abraça as crianças. "No meu aniversário, não poderia receber presente melhor", diz a mãe de Lucrécia.
A mãe explica o motivo do abandono, diz que foi forçada a deixar a casa onde morava com a irmã e não tinha condições de criar os dois filhos.
Mas chega de passado. "Esse aqui é meu marido, esse aqui é seu sobrinho e essa aqui é sua irmã", diz a mãe, mostrando fotos para Lucrécia.
Agora sim, Lucrécia pode fazer planos que incluem quem ela mais queria encontrar. “O dia que der, ela vai para lá. O dia que eu puder, eu venho para cá. Vai ser para sempre agora”, diz a filha.
A procura de Lucrécia não terminou. Ela ainda tenta encontrar as duas irmãs.
http://g1.globo.com/…/mulher-reencontra-mae-biologica-30-an…
Lucrécia de Mello prepara a mala como se estivesse tentando arrumar a própria vida. "Chega Dia das Mães, eu fico pensando, chega Dia dos Pais, eu fico pensando...", diz a dona de casa.
É uma viagem rumo ao passado, impossível de esquecer. Até os 7 anos foi criada pela avó, em Sorocaba, interior de São Paulo. Por sofrer maus-tratos, foi entregue para adoção.
Revoltada, ainda menina saiu de casa e na rua conheceu o maior inimigo, o crack: “Quando eu me vi, eu estava morando numa favela, sem roupa, sem calçado".
Conseguiu se livrar do vício. Refez a vida, teve filhos e voltou a viver com os pais adotivos. Com a morte dos dois, veio a vontade de conhecer melhor o passado.
Lucrécia conseguiu vencer um dos grandes obstáculos: desarquivar um processo de adoção de 24 anos atrás.
Finalmente, ela poderia ter acesso aos documentos e descobrir o endereço da mãe biológica.
Com dois dos três filhos, ela parte para uma viagem de quase 600 km entre Jales, onde mora, e Sorocaba, onde foi adotada.
A primeira parada é o fórum. Leu os papéis que lhe fizeram três revelações. A primeira: o nome dela antes da adoção – Suélen. A segunda: "Eu descobri que, na verdade, ela não me abandonou. Ela quis me pegar de volta, que ela me procurou", conta.
A terceira é a mais surpreendente: “Hoje é o aniversário dela”, diz Lucrécia, chorando, sobre a mãe biológica.
Lucrécia chega a Boituva, a 40 km de Sorocaba – onde termina a distância que separou mãe e filha por 29 anos.
Lucrécia bate palma no portão da mãe biológica: "Oi, mãe". E é recebida com emoção. "Você é a Suélen?", pergunta a idosa. "Sou a Suélen, mãe", responde Lucrécia, antes do abraço apertado em meio ao choro das duas.
"Esses aqui são seus netos, mãe", apresenta Lucrécia para a mãe biológica, que também abraça as crianças. "No meu aniversário, não poderia receber presente melhor", diz a mãe de Lucrécia.
A mãe explica o motivo do abandono, diz que foi forçada a deixar a casa onde morava com a irmã e não tinha condições de criar os dois filhos.
Mas chega de passado. "Esse aqui é meu marido, esse aqui é seu sobrinho e essa aqui é sua irmã", diz a mãe, mostrando fotos para Lucrécia.
Agora sim, Lucrécia pode fazer planos que incluem quem ela mais queria encontrar. “O dia que der, ela vai para lá. O dia que eu puder, eu venho para cá. Vai ser para sempre agora”, diz a filha.
A procura de Lucrécia não terminou. Ela ainda tenta encontrar as duas irmãs.
http://g1.globo.com/…/mulher-reencontra-mae-biologica-30-an…
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