segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Jaú tem 49 pretendentes na fila de adoção (Reprodução)

28 de Agosto de 2017

O sonho de muitas pessoas é ser pai ou mãe. Na Comarca de Jaú, 49 pessoas aguardam atualmente na fila de adoção para realizar esse desejo. O tempo de espera, no entanto, pode ser curto ou longo, dependendo das características desejadas em relação à criança ou adolescente por quem quer adotar. 
Entre janeiro de 2016 e julho de 2017, nove crianças foram adotadas (ou estão em processo de adoção) na Comarca, segundo dados da Vara da Infância e Juventude de Jaú. Quatro dessas crianças são de outras Comarcas. 

Os requisitos gerais para doação são comparecer no Serviço Social e Psicologia do Fórum – caso um casal queira adotar, é imprescindível que os dois compareçam no órgão - e ser 16 anos mais velho que o adotante, ou seja, que a criança ou adolescente, de acordo com a psicóloga judiciária do setor de Serviço Social e Psicologia do Fórum de Jaú Ana Lúcia Brocco Ferrari.  

Depois disso, é feita uma entrevista para conhecer as reais motivações dessa adoção e é entregue série de documentos para fazer o protocolo, que permitirá, posteriormente, o pedido de habilitação para entrar no Cadastro Nacional de Adoção. 

“Ele ou ela também deve participar de um curso preparatório para pretendentes à adoção, espaço em que são sanadas todas as dúvidas sobre o assunto. A formação é obrigatória”, comenta a assistente social judiciária Elisete Aparecida Martins. 

Em julho, havia dois adolescentes que poderiam ser adotados em Jaú. Por meio do cadastro, no entanto, a criança ou adolescente pode ser escolhido pelo pretendente em qualquer local do País. 
O tempo de espera, no entanto, depende das características pleiteadas pelo pretendente à adoção no ato da inscrição. “O pessoal ampliou a faixa etária da criança para 4 anos para ver se a fila andava mais rápido”, ressalta a assistente social judiciária Rebeca Ferreira Pedroso de Andrade. Mesmo assim o prazo ainda varia de cinco a sete anos de espera. 

Grupo

Para amenizar a ansiedade até a chegada do filho (a), existe em Jaú um grupo de apoio à adoção, que contempla casais da cidade e região, como Bariri, Mineiros e Dois Córregos. O espaço serve para troca de experiência de pais que já adotaram e dos que ainda estão na fila e as reuniões ocorrem nas primeiras terças-feiras do mês no Centro Comunitário Paulo VI, situado na Rua Tenente Lopes, 350. 

O professor Rinaldo Luchesi, 52 anos, faz parte do grupo. Ele e a mulher, Siumara Lopes Lorenti Luchesi, adotaram duas crianças há seis anos e, embora a espera seja terrível, Bill fala que ser pai é maravilhoso. “É uma experiência ótima para mim e para minha esposa”, salienta. O casal decidiu adotar Luiz Guilherme, 8 anos, e Ana Beatriz, 7 anos, porque não conseguiam ter filhos. A espera foi de quatro anos e meio até a chegada das crianças. 

Professora de 42 anos também ficou seis anos na fila até a chegada do filho, que hoje tem dois anos e meio. Sua vontade de adotar veio antes mesmo de casar. Seu sonho foi acompanhado pelo marido e ambos pretendem adotar outra criança futuramente. “Recomendo totalmente a experiência para quem gosta de crianças. Não tem diferença se é filho biológico ou não, pois o amor é o mesmo”, ressalta. 


Reproduzido por: Lucas H.

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