terça-feira, 6 de março de 2012

Morre bebê vítima de maus tratos em Pinhais

Morre bebê vítima de maus tratos em Pinhais

Menino, de 1 ano e 7 meses, estava internado desde a última quinta-feira (1º) na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Criança morreu no domingo

05/03/2012 | 09:14 | Fernanda Leitóles e Heliberton Cesca


O bebê que sofreu maus tratos em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, morreu no domingo (4). A criança, de 1 ano e 7 meses, estava internada desde a última quinta-feira (1º) na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. A causa da morte não foi informada pelo hospital. A Delegacia de Pinhais disse que o menino morreu em decorrência de traumatismo craniano.

A mãe adotiva da criança, Adriana da Silva Moura Gregório, de 27 anos, foi presa em flagrante pela Delegacia de Pinhais, na noite de quarta-feira (29). Ela foi detida porque não soube explicar os hematomas pelo corpo do filho adotivo dela.

Um perito do Instituto Médico Legal (IML) foi acionado e confirmou, através de um laudo, as agressões e os sinais de violência sexual na criança.

A mulher seguia presa na manhã desta segunda-feira. De acordo com a Polícia Civil, ela cometeu o crime de maus tratos qualificados, cuja pena é de até 4 anos. A morte da criança faz a pena aumentar. Se condenada, ela pode ficar presa por até 12 anos.

Mulher nega ter agredido a criança

O delegado em Pinhais, Fábio Amaro, afirmou que a Polícia Civil foi acionada após os médicos que atenderam a criança terem chamado o Conselho Tutelar ao verificar os indícios de maus tratos.

Segundo o delegado, a mulher não conseguiu explicar o que teria acontecido com o menino para causar o traumatismo craniano. “Ela disse que ele teria caído de um lugar, depois que ele teria escorregado no banheiro. Ela negou ter agredido a criança, disse que não tinha conhecimento dos hematomas. Mas, no mínimo, ela foi negligente (com o menor)”, afirmou Amaro.

Adriana mora com um homem de 30 anos, que, em depoimento à polícia, negou ter conhecimento das agressões. Após prestar informações, o homem foi liberado. A polícia descartou a participação dele no crime. Adriana é mãe de duas meninas e teria adotado o bebê, do sexo masculino, há 30 dias porque queria ter um menino.

As investigações sobre o caso continuam. Até o momento, não há indícios de que outras pessoas tenham participado da agressão.

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