segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Justiça decide: Yasmin ficará com família substituta provisoriamente (Reprodução)

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A Justiça de Penápolis determinou que a pequena Yasmin, abandonada em uma calçada do bairro Pereirinha no último dia 11, tenha, provisoriamente, uma família substituta. A decisão ocorreu no final da tarde de segunda-feira (18), pelo juiz da Vara da Infância e Juventude, Heber Gualberto Mendonça. A menina teve alta no mesmo dia da Santa Casa e já está com a família, cuja identidade será preservada.

O magistrado explicou que a decisão ocorreu em virtude de a casa abrigo, para onde a recém-nascida iria inicialmente, não ter capacidade de atendimento. "A instituição nos informou que está com 23 jovens, com idades entre 7 e 17 anos, sendo que a capacidade é para 20 crianças e adolescentes. Além disso, eles estão com um quadro de funcionários reduzido", disse.

Mendonça acrescentou que, diante da situação e pelo fato de o setor técnico do Fórum, composto de assistentes sociais e psicólogas, ter encontrado um casal habilitado para a adoção e que já estava cadastrado, determinou que fosse feito esse procedimento. "Eles estão cientes de que a situação pode mudar e que a menina pode voltar para a família biológica, caso eles sejam encontrados e manifestem interesse em ficar com ela", destacou.

O magistrado reforçou que decidiu pela ida de Yasmin para a família substituta priorizando os interesses da bebê. "Ela contará desde já com os cuidados necessários e constantes de um casal com condições para isso", ressaltou. As buscas por familiares e a mãe biológica continuam.

HOSPITAL

Yasmin ficou internada na ala de pediatria da Santa Casa desde quando foi encontrada. Na última sexta-feira (15), ela chegou a receber alta médica, porém, a liberação foi adiada. A mudança, conforme o Judiciário, era "apenas por precaução".

A bebê foi encontrada pela jovem Tatiana da Silva Costa, de 23 anos, após ela deixar os dois filhos - de 6 e 9 anos - na escola. Ela caminhava pela rua Francisco Bertoli quando ouviu um gemido. Ao se aproximar, viu a menina, que estava dentro de uma mochila e enrolada em panos. A bebê chorava muito e colocava as mãos na boca, indicando que estava com fome.

Um vizinho ajudou Tatiana. Elisângela de Assis Rodrigues, que mora próximo do local, foi chamada e amamentou a recém-nascida. Ao lado da menina havia um bilhete. Na mensagem, a mãe dizia que a criança se chamava Yasmin e que não tinha condições de criá-la.

A DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) continua com as buscas. Havia a suspeita de que uma mulher poderia ser a mãe da menina, entretanto, essa hipótese foi descartada. Investigadores conseguiram o endereço da suspeita, foram ao local, mas ela está grávida.


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