Escrito para o BabyCenter Brasil
A decisão de adotar um filho nem sempre é fácil e pode vir cercada de dúvidas e incertezas. Será que é isso mesmo que é o melhor para a nossa família? Será que estou pronta(o)? Conseguirei amar uma criança que não foi gerada por mim?
Todos esses questionamentos são mais do que legítimos e até necessários para que se chegue a uma conclusão sincera sobre ter ou não uma criança adotiva.
Atualmente, alguns juizados responsáveis por conduzir processos de adoção contam com grupos de apoio, que candidatos a adotar podem frequentar antes mesmo de se habilitar para receber uma criança. A ideia é justamente lidar com as emoções muitas vezes contraditórias que envolvem a
decisão.
Baseando-se na vivência de profissionais da área, o BabyCenter preparou a seguir uma lista de razões que motivam pessoas a querer adotar um filho, e aspectos que devem ser levados em conta para cada uma delas.
Não se trata de um ranking de certo ou errado, mas simplesmente uma compilação de considerações para auxiliar você a tomar uma decisão tão profunda e cheia de ramificações para o resto da vida de sua família. É certo, no entanto, que só você pode julgar suas razões, sejam elas quais forem.
O desgaste físico, emocional e financeiro de tratamentos de fertilidade costuma ser grande e fica maior ainda se eles não funcionam. Diante disso, muitos casais partem para a adoção.
O que precisa ser considerado, contudo, é que a chegada de um filho adotivo não é uma "cura" para a dor da infertilidade. Talvez ela continue lá, de alguma forma.
Outro ponto: ter um filho biológico e ter um filho adotivo são experiências diferentes. Não que uma seja pior ou melhor do que a outra, mas cada uma se molda de um jeito e serve como base para o relacionamento que se desenvolverá ao longo dos anos.
Problemas entre o casal que possam surgir com a dificuldade de gravidez talvez sejam só um sinal de que as coisas já não vão bem no relacionamento.
Além disso, embora sejam fonte de prazer e satisfação constantes, filhos dão também trabalho e mudam completamente a dinâmica do casal. Se a relação já não vai bem, será que aguentará? E, se não aguentar, ainda haverá mais uma pessoinha envolvida na história.
Há dois problemas. Primeiro, o fato de haver uma lista oficial de pessoas esperando para adotar e você correr o risco de pegar uma criança sem passar pelos trâmites e acabar perdendo-a depois. O outro problema é tomar uma decisão precipitada de ficar com o bebê e depois se arrepender porque não era exatamente isso o que você esperava ou queria.
Adotar é uma decisão muito séria que não pode ser tomada por impulso. Existe sim o risco de você se arrepender. Lembre-se de que se trata de uma criança que provavelmente já foi abandonada uma vez.
Só que, por mais que crianças dependam de adultos para prover suas necessidades básicas, elas também têm vida própria e mais cedo do que você imagina estão andando pelo mundo sozinhas. Ou seja, o seu vazio pode continuar vazio.
Não seria justo criar uma criança para você, já que filhos não pertencem a pai nem a mãe, e sim ao mundo e a sua própria vida.
O prazer de estar perto de crianças pode ser suprido de várias outras formas, com o trabalho, com o convívio com sobrinhos, afilhados, com uma atividade voluntária etc. A adoção não é a única opção.
Tomar conta de um filho exige investimento de dinheiro sim, mas muito mais de tempo, carinho e atenção. Sua família está disposta?
Continue a refletir sobre isso, converse bastante com pessoas que já passaram ou estão passando pela experiência e informe-se o máximo possível.
Se você realmente sente que sua família está pronta para embarcar nessa jornada tão especial e única, o primeiro passo é comparecer a um fórum de sua cidade ou região com o RG e um comprovante de residência.
A partir deste primeiro contato, você receberá instruções detalhadas sobre outros documentos a apresentar e sobre como funciona o processo de entrevistas com assistentes sociais da Vara da Infância e da Juventude para realizar a sua habilitação e entrar no Cadastro Nacional de Adoção (CNA).
Segundo a legislação brasileira, qualquer pessoa (homem ou mulher), com qualquer estado civil, maior de 18 anos pode adotar uma criança, desde que tenha uma diferença de idade de 16 anos com ela.
É muito importante seguir o processo para conseguir a habilitação oficial. Embora haja outras maneiras de encontrar uma criança que precise ser adotada, além da fila única do Cadastro Nacional de Adoção, a habilitação conta muito na hora de o juiz decidir sobre a adoção definitiva.
Na área de consulta pública do Cadastro Nacional de Adoção, você pode ver, além do número de crianças disponíveis para adoção em cada cidade, o endereço da Vara da Infância e Juventude mais próxima de você.
A decisão de adotar um filho nem sempre é fácil e pode vir cercada de dúvidas e incertezas. Será que é isso mesmo que é o melhor para a nossa família? Será que estou pronta(o)? Conseguirei amar uma criança que não foi gerada por mim?
Todos esses questionamentos são mais do que legítimos e até necessários para que se chegue a uma conclusão sincera sobre ter ou não uma criança adotiva.
Atualmente, alguns juizados responsáveis por conduzir processos de adoção contam com grupos de apoio, que candidatos a adotar podem frequentar antes mesmo de se habilitar para receber uma criança. A ideia é justamente lidar com as emoções muitas vezes contraditórias que envolvem a
decisão.
Baseando-se na vivência de profissionais da área, o BabyCenter preparou a seguir uma lista de razões que motivam pessoas a querer adotar um filho, e aspectos que devem ser levados em conta para cada uma delas.
Não se trata de um ranking de certo ou errado, mas simplesmente uma compilação de considerações para auxiliar você a tomar uma decisão tão profunda e cheia de ramificações para o resto da vida de sua família. É certo, no entanto, que só você pode julgar suas razões, sejam elas quais forem.
Problemas de fertilidade
É enorme a frustração de querer ter um filho e descobrir que alguma coisa está errada e a gravidez não acontece.O desgaste físico, emocional e financeiro de tratamentos de fertilidade costuma ser grande e fica maior ainda se eles não funcionam. Diante disso, muitos casais partem para a adoção.
O que precisa ser considerado, contudo, é que a chegada de um filho adotivo não é uma "cura" para a dor da infertilidade. Talvez ela continue lá, de alguma forma.
Outro ponto: ter um filho biológico e ter um filho adotivo são experiências diferentes. Não que uma seja pior ou melhor do que a outra, mas cada uma se molda de um jeito e serve como base para o relacionamento que se desenvolverá ao longo dos anos.
Casamento que vai mal
Brigas, desentendimentos, o estresse de não conseguir engravidar ou a falta de um projeto em comum podem levar um dos membros do casal a considerar um filho como uma "solução" para o relacionamento. Pense duas vezes. Crianças precisam crescer em ambientes estáveis e harmoniosos.Problemas entre o casal que possam surgir com a dificuldade de gravidez talvez sejam só um sinal de que as coisas já não vão bem no relacionamento.
Além disso, embora sejam fonte de prazer e satisfação constantes, filhos dão também trabalho e mudam completamente a dinâmica do casal. Se a relação já não vai bem, será que aguentará? E, se não aguentar, ainda haverá mais uma pessoinha envolvida na história.
"Apareceu" uma criança disponível
Sabe aquela história de "uma conhecida, da conhecida, da conhecida da moça que trabalha na padaria teve um bebê e não vai poder criar..."? De repente surge uma criança na sua vida e dá aquela vontade de pegar para criar porque simplesmente tem um bebê ali e parece uma grande ideia.Há dois problemas. Primeiro, o fato de haver uma lista oficial de pessoas esperando para adotar e você correr o risco de pegar uma criança sem passar pelos trâmites e acabar perdendo-a depois. O outro problema é tomar uma decisão precipitada de ficar com o bebê e depois se arrepender porque não era exatamente isso o que você esperava ou queria.
Adotar é uma decisão muito séria que não pode ser tomada por impulso. Existe sim o risco de você se arrepender. Lembre-se de que se trata de uma criança que provavelmente já foi abandonada uma vez.
Sensação de vazio na vida
A falta de um projeto pessoal ou de um sonho deixa mesmo a vida menos colorida, e a ideia de povoar seu dia-a-dia com uma criança parece perfeita para preencher o buraco.Só que, por mais que crianças dependam de adultos para prover suas necessidades básicas, elas também têm vida própria e mais cedo do que você imagina estão andando pelo mundo sozinhas. Ou seja, o seu vazio pode continuar vazio.
Não seria justo criar uma criança para você, já que filhos não pertencem a pai nem a mãe, e sim ao mundo e a sua própria vida.
Amor por crianças
Gostar de estar perto de crianças é sem dúvida um critério importantíssimo para considerar em uma adoção. Só que não basta. Para adotar um filho é essencial se questionar também se, fora o amor geral que você sente por crianças, existe também a vontade de ter uma na sua vida, e de se transformar em pai ou mãe de alguém, eterno responsável por sua criação.O prazer de estar perto de crianças pode ser suprido de várias outras formas, com o trabalho, com o convívio com sobrinhos, afilhados, com uma atividade voluntária etc. A adoção não é a única opção.
Estamos muito bem de vida e queremos dividir isso com alguém
Sim, é verdade que há milhares de crianças precisando de apoio financeiro para conseguir atingir seu potencial, crescer com saúde e frequentar escolas. Se é especificamente nisso que você pensa, pode utilizar seus recursos e boa vontade para doar para instituições de caridade ou até "adotar" a educação de uma criança à distância.Tomar conta de um filho exige investimento de dinheiro sim, mas muito mais de tempo, carinho e atenção. Sua família está disposta?
Vontade de ter filhos, de aprender, de virar pai ou mãe
Essa é uma equação que une o amor por crianças à vontade de se dedicar inteiramente a uma delas, e de mudar sua vida e quem você é em função disso. Reconhecer que há muito o que aprender e aproveitar a oportunidade. Esse é um bom ponto de partida para adotar um filho.Continue a refletir sobre isso, converse bastante com pessoas que já passaram ou estão passando pela experiência e informe-se o máximo possível.
Se você realmente sente que sua família está pronta para embarcar nessa jornada tão especial e única, o primeiro passo é comparecer a um fórum de sua cidade ou região com o RG e um comprovante de residência.
A partir deste primeiro contato, você receberá instruções detalhadas sobre outros documentos a apresentar e sobre como funciona o processo de entrevistas com assistentes sociais da Vara da Infância e da Juventude para realizar a sua habilitação e entrar no Cadastro Nacional de Adoção (CNA).
Segundo a legislação brasileira, qualquer pessoa (homem ou mulher), com qualquer estado civil, maior de 18 anos pode adotar uma criança, desde que tenha uma diferença de idade de 16 anos com ela.
É muito importante seguir o processo para conseguir a habilitação oficial. Embora haja outras maneiras de encontrar uma criança que precise ser adotada, além da fila única do Cadastro Nacional de Adoção, a habilitação conta muito na hora de o juiz decidir sobre a adoção definitiva.
Na área de consulta pública do Cadastro Nacional de Adoção, você pode ver, além do número de crianças disponíveis para adoção em cada cidade, o endereço da Vara da Infância e Juventude mais próxima de você.
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