13/09/2012
Filme que narra luta de mãe adotiva pela subsistência da filha integra retrospectiva da obra de Naomi Kawase
A japonesa Naomi Kawase assina direção, roteiro, fotografia e montagem, além de atuar em Vestígio (Chiri, 45min, Japão, 2012), um dos destaques da programação desta quinta-feira, 13, na Mostra Mundial de Cinema, o Indie 2012, com sessão às 19h49, no Oi Futuro. A entrada é franca e os ingressos devem ser retirados com meia hora de antecedência.
Naomi Kawase nasceu em um mundo de pais ausentes. Como a tia e o tio de sua mãe não tinham filhos, ela foi colocada, logo depois do nascimento, sob os cuidados de ambos e, aos 10 anos, foi legalmente adotada por eles. De acordo com os registros familiares, na época da adoção seus pais já estavam com 65 anos. Quatro anos mais tarde, seu amado pai adotivo, Kenichi, falece. Diante disso, a diretora, então com 14 anos, não tem outra opção a não ser tocar sua vida com a mãe adotiva, que não tem nenhuma fonte de renda.
Partindo da sua observação direta, o filme mostra a história do fim de vida de sua mãe adotiva, já com 95 anos. Ao seguir o cotidiano dela, em sua luta diária pela sobrevivência frente à aproximação da morte, Naomi Kawase reflete profundamente sobre os temas fundamentais das produções de seus próprios filmes.
O trabalho pode ser considerado o ponto culminante de uma série de documentários pessoais — o primeiro é Embracing, de 1993, e revela sua busca pelo pai biológico, que a abandonou — a partir dos quais Kawase abraça o cinema e transforma a história de sua vida pessoal em conto de ressonância universal. A diretora nasceu em Nara e formou-se em 1989, na Escola de Fotografia de Osaka. Começou a fazer filmes em 16mm e 8mm na faculdade.
http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_8/2012/09/13/ficha_cinema/id_sessao=8&id_noticia=58073/ficha_cinema.shtml
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