03/12/2013
Superlotação acontece em abrigos para crianças e outro para jovens.
Denúncia foi feita por conselheiros tutelares da capital.
DO G1 PI
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz que todo menor deve
ter proteção integral, mas no Piauí isso vem sendo desrespeitado. Além
de sofrerem maus tratos e violência em casa, muitas crianças estão sem o
amparo dos governantes. A denúncia foi feita por conselheiros tutelares
da capital.
De acordo com Maria do Socorro Arraes, conselheira
tutelar de Teresina, a capital recebe menores de todo o estado e
atualmente não possui nenhuma vaga nos abrigos, mesmo tendo um prédio
novo.
“Dentro da capital não tem vaga para os menores. Já recebemos
um ofício do Lar Maria João de Deus informando que atualmente eles
possuem 75 crianças. Não tem mais como eles receberem nenhuma pessoa”,
afirmou.
Paulo Eduardo Silva, outro conselheiro, relatou que por
falta de vagas já teve que colocar uma menina em um abrigo masculino. “O
adolescente não está ali porque necessita, e sim porque é a última
opção para ele. Esses jovens já passam por algum tipo de violação na
sociedade e ainda têm que sofrer novamente por conta do poder público”,
relatou.
A capital tem atualmente seis casas de acolhimento para
crianças e adolescentes de até 17 anos, quatro são públicas e duas são
filantrópicas. A superlotação acontece exatamente em dois abrigos, um
para crianças e outro para as duas faixas etárias.
A Casa Dom
Barreto, que abriga crianças de 11 meses até adolescentes de 17 anos,
tem capacidade para 60, mas está com 79. O Lar Maria João de Deus, que
pertence ao estado, abriga crianças de até 12 anos e segundo Elenice
Macêdo, psicóloga da casa, hoje tem 67 crianças, sendo que o recomendado
pelo ECA seria 20. “Nós estamos pedindo socorro. Se o Lar da Criança
trabalhar em parceria com outro abrigo que está previsto abrir, nós
iremos trabalhar com mais tranquilidade e vai diminuir o número de
crianças abrigadas”, disse a especialista.
O abrigo Reencontro,
localizado no bairro Morada do Sol, Zona Leste da capital, foi
construído pela Prefeitura Municipal de Teresina em 2012, mas nunca foi
aberto para receber as crianças.
Para o conselheiro tutelar Djan
Moreira, a falta de vagas seria uma tentativa entre o estado e município
de fugir da responsabilidade. “O governo do estado diz que não é com
ele e a prefeitura também faz de conta que não está vendo nada”, contou.
A Secretaria de Assistência Social e Cidadania do Estado do Piauí
(SASC) informou que a responsabilidade é da prefeitura e ninguém da
Secretaria de Assistência Social do município foi encontrado para falar
sobre o assunto.
http://g1.globo.com/pi/piaui/ noticia/2013/12/ teresina-nao-possui-vaga-em-abr igos-para-criancas-e-adolescen tes-do-piaui.html
03/12/2013
Superlotação acontece em abrigos para crianças e outro para jovens.
Denúncia foi feita por conselheiros tutelares da capital.
DO G1 PI
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz que todo menor deve ter proteção integral, mas no Piauí isso vem sendo desrespeitado. Além de sofrerem maus tratos e violência em casa, muitas crianças estão sem o amparo dos governantes. A denúncia foi feita por conselheiros tutelares da capital.
De acordo com Maria do Socorro Arraes, conselheira tutelar de Teresina, a capital recebe menores de todo o estado e atualmente não possui nenhuma vaga nos abrigos, mesmo tendo um prédio novo.
“Dentro da capital não tem vaga para os menores. Já recebemos um ofício do Lar Maria João de Deus informando que atualmente eles possuem 75 crianças. Não tem mais como eles receberem nenhuma pessoa”, afirmou.
Paulo Eduardo Silva, outro conselheiro, relatou que por falta de vagas já teve que colocar uma menina em um abrigo masculino. “O adolescente não está ali porque necessita, e sim porque é a última opção para ele. Esses jovens já passam por algum tipo de violação na sociedade e ainda têm que sofrer novamente por conta do poder público”, relatou.
A capital tem atualmente seis casas de acolhimento para crianças e adolescentes de até 17 anos, quatro são públicas e duas são filantrópicas. A superlotação acontece exatamente em dois abrigos, um para crianças e outro para as duas faixas etárias.
A Casa Dom Barreto, que abriga crianças de 11 meses até adolescentes de 17 anos, tem capacidade para 60, mas está com 79. O Lar Maria João de Deus, que pertence ao estado, abriga crianças de até 12 anos e segundo Elenice Macêdo, psicóloga da casa, hoje tem 67 crianças, sendo que o recomendado pelo ECA seria 20. “Nós estamos pedindo socorro. Se o Lar da Criança trabalhar em parceria com outro abrigo que está previsto abrir, nós iremos trabalhar com mais tranquilidade e vai diminuir o número de crianças abrigadas”, disse a especialista.
O abrigo Reencontro, localizado no bairro Morada do Sol, Zona Leste da capital, foi construído pela Prefeitura Municipal de Teresina em 2012, mas nunca foi aberto para receber as crianças.
Para o conselheiro tutelar Djan Moreira, a falta de vagas seria uma tentativa entre o estado e município de fugir da responsabilidade. “O governo do estado diz que não é com ele e a prefeitura também faz de conta que não está vendo nada”, contou.
A Secretaria de Assistência Social e Cidadania do Estado do Piauí (SASC) informou que a responsabilidade é da prefeitura e ninguém da Secretaria de Assistência Social do município foi encontrado para falar sobre o assunto.
http://g1.globo.com/pi/piaui/
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