31 de Maio de 2017
O 2º Juizado da Infância e da Juventude de Porto Velho tem ampliado o número de adoções de crianças acima da faixa etária de dois anos, trabalho que resultou no total de sete crianças, acima de três até 13 anos de idade, adotadas desde 2016.
A psicóloga Josefina Riça explica que é preciso deixar a fantasia de que a adoção só vai dar certo se for um bebê recém-nascido até, no máximo, dois anos de idade, e ainda com preferência de meninas brancas ou pardas. “A nossa intenção é ampliar essa faixa etária cada vez mais, aos poucos temos conseguido. Isso já é um avanço, pois há quatro anos esse número era apenas de no máximo duas crianças acima de três anos”, afirma.
Em 2016 foram adotadas 19 crianças e, este ano, já foram seis adoções. Apenas uma devolução foi registrada em 2016 e este ano não houve nenhum caso devolvido. “Isso é resultado dessas entrevistas tão minuciosas que fazemos com os interessados, avaliações psicológicas, sociais, enfim. É preciso que o candidato tenha certeza do ato de amor que é a adoção e da responsabilidade que irá assumir”, esclarece a psicóloga.
Para se candidatar, os interessados devem procurar o 2º Juizado da Infância e da Juventude, apresentar todos os documentos que são pedidos em uma lista que é oferecida no local, dar entrada no cartório do Juizado, aguardar para participar do curso preparatório para adoção, e começar o processo de entrevistas.
O processo de espera leva cerca de dois anos e, após o período, há que se aguardar a criança, o que pode demorar de três a três anos e meio, pois a adoção obedece à fila de espera. “Se tiver muito tempo que o candidato está esperando, quando chega a criança, é feita nova avaliação psicodinâmica das condições atuais do pretendente. Se era casado e não é mais, vai ter que excluir aquela outra pessoa do processo. A partir daí já vai ter a apresentação por fotos, tanto para o candidato quanto para a criança, e gira em torno de 7 a 10 dias o tempo de aproximação e convivência, quando o candidato já sai com a guarda da criança”, explica a psicóloga.
A adoção não está focada na orientação sexual dos candidatos, portanto, Josefina Riça completa que pessoas homoafetivas, casadas ou não, podem também se candidatar. “A avaliação é igual para todos, avaliamos a pessoa enquanto indivíduo, ser humano, quais as pretensões e disponibilidades para exercer a paternidade ou maternidade”, completa Riça.
A maioria das crianças para adoção na capital passou por situação de abandono, maus tratos, de pais geralmente dependentes químicos. No lar do bebê, há crianças que foram entregues por mães que não tinham condições de criar, e já na maternidade ou antes mesmo de dar a luz procuraram o serviço para oficializar a entrega. “Não orientamos aos pais adotivos a negar a origem biológica da criança, mas sempre instruir sobre o ato de amor e entrega para a relação entre a família envolvida e a criança”.
Original disponível em: http://www.rondoniagora.com/geral/adocoes-de-criancas-com-mais-de-tres-anos-tem-crescido-em-porto-velho
Reproduzido por: Lucas H.
O 2º Juizado da Infância e da Juventude de Porto Velho tem ampliado o número de adoções de crianças acima da faixa etária de dois anos, trabalho que resultou no total de sete crianças, acima de três até 13 anos de idade, adotadas desde 2016.
A psicóloga Josefina Riça explica que é preciso deixar a fantasia de que a adoção só vai dar certo se for um bebê recém-nascido até, no máximo, dois anos de idade, e ainda com preferência de meninas brancas ou pardas. “A nossa intenção é ampliar essa faixa etária cada vez mais, aos poucos temos conseguido. Isso já é um avanço, pois há quatro anos esse número era apenas de no máximo duas crianças acima de três anos”, afirma.
Em 2016 foram adotadas 19 crianças e, este ano, já foram seis adoções. Apenas uma devolução foi registrada em 2016 e este ano não houve nenhum caso devolvido. “Isso é resultado dessas entrevistas tão minuciosas que fazemos com os interessados, avaliações psicológicas, sociais, enfim. É preciso que o candidato tenha certeza do ato de amor que é a adoção e da responsabilidade que irá assumir”, esclarece a psicóloga.
Para se candidatar, os interessados devem procurar o 2º Juizado da Infância e da Juventude, apresentar todos os documentos que são pedidos em uma lista que é oferecida no local, dar entrada no cartório do Juizado, aguardar para participar do curso preparatório para adoção, e começar o processo de entrevistas.
O processo de espera leva cerca de dois anos e, após o período, há que se aguardar a criança, o que pode demorar de três a três anos e meio, pois a adoção obedece à fila de espera. “Se tiver muito tempo que o candidato está esperando, quando chega a criança, é feita nova avaliação psicodinâmica das condições atuais do pretendente. Se era casado e não é mais, vai ter que excluir aquela outra pessoa do processo. A partir daí já vai ter a apresentação por fotos, tanto para o candidato quanto para a criança, e gira em torno de 7 a 10 dias o tempo de aproximação e convivência, quando o candidato já sai com a guarda da criança”, explica a psicóloga.
A adoção não está focada na orientação sexual dos candidatos, portanto, Josefina Riça completa que pessoas homoafetivas, casadas ou não, podem também se candidatar. “A avaliação é igual para todos, avaliamos a pessoa enquanto indivíduo, ser humano, quais as pretensões e disponibilidades para exercer a paternidade ou maternidade”, completa Riça.
A maioria das crianças para adoção na capital passou por situação de abandono, maus tratos, de pais geralmente dependentes químicos. No lar do bebê, há crianças que foram entregues por mães que não tinham condições de criar, e já na maternidade ou antes mesmo de dar a luz procuraram o serviço para oficializar a entrega. “Não orientamos aos pais adotivos a negar a origem biológica da criança, mas sempre instruir sobre o ato de amor e entrega para a relação entre a família envolvida e a criança”.
Original disponível em: http://www.rondoniagora.com/geral/adocoes-de-criancas-com-mais-de-tres-anos-tem-crescido-em-porto-velho
Reproduzido por: Lucas H.