segunda-feira, 29 de maio de 2017

Dia Nacional da Adoção: 615 jovens buscam uma família no RS (Reprodução)

25 / 2017

No dicionário, o significado de adoção: ação ou resultado de adotar, aceitar, assumir. Na prática, a definição vai além: adoção é amor incondicional, vem do coração, independente de idade, do sexo ou da cor. No Dia Nacional da Adoção, a história de Anamarcia e José Antonio, moradores de Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, é o exemplo que sintetiza essa premissa. O casal, que desejava muito ter filhos, adotou cinco irmãos. Dois meses depois do processo de adoção concluído, ela engravidou, e, hoje, eles formam uma grande família.
"Não tínhamos um perfil, ou um padrão especial para realizar nosso desejo, e as coisas foram se moldando e se encaixando de uma maneira encantadora", conta Anamarcia. "Sou grata a Deus por tanta alegria, agradeço aos nossos filhos por também terem nos 'adotado', como pais. A adoção em nossa vida foi uma opção e não uma falta de opção", completa a mãe.
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Conta que não fecha

Hoje, tanto no RS quanto no Brasil, o panorama demonstra que há muito mais pretendentes habilitados do que crianças e adolescentes aptos a adoção, uma conta que não fecha. De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção, no país, há 37.522 pessoas na fila da adoção e, no estado, 5,4 mil. O número de jovens disponíveis é inversamente proporcional: são 4.859 em todo o Brasil, dos quais, 615 estão no RS.

O perfil desses jovens aponta que a procura ainda é por crianças de zero a 3 anos, saudáveis e sem irmãos. Dos 615 gauchinhos que podem ser adotados, 95% tem 8 anos ou mais; 67,9% têm irmãos; 37,3% possuem problemas de saúde. Ainda, 49,3% são brancos e a maioria são meninos (58,7%). Estão em processo de adoção no RS 425 crianças, sendo que 220 delas têm entre zero e 3 anos e 11 meses (51,7%).

Deixa o amor te surpreender

Foi com o desafio de despertar a reflexão e a flexibilização dos perfis desejados pelos pretendentes, que a Coordenadoria da Infância e Juventude do RS (CIJRS) lançou, em outubro do ano passado, a campanha "Deixa o amor te surpreender". Desde lá, muitas são as medidas tomadas para atingir esse objetivo, entre elas, o lançamento do projeto "Busca Se(R)", que disponibiliza no site do Juizado da Infância e Juventude a tabela com os dados (iniciais, idade, sexo, raça e situação de saúde). As informações são atualizadas diariamente.

Dos 276 jovens incluídos no Busca-Se(R), já houve 81 manifestações de interesse, 51 encaminhamentos para proposição de adoção e cinco crianças e adolescentes já estão em estágio de convivência com pretendentes.

Ainda, o projeto "Apadrinhar", que propõe uma alternativa às adoções de difícil colocação, proporcionando à criança e ao adolescente o direito de ter uma vida cotidiana mais próxima possível da vida familiar, oportunizando a quebra do ciclo da exclusão e da invisibilidade social, formando laços de afetividade que serão primordiais para o seu desenvolvimento e preparação para a vida adulta.

O 2º Juizado da Infância e Juventude da Capital recebeu o reforço de mais uma magistrada e servidores. Ainda, a unidade está promovendo seminários com candidatos a pais adotivos esclarecendo dúvidas sobre os aspectos jurídicos e técnicos da matéria e possibilitando a troca de experiências sobre o tema e despertar a reflexão sobre a adoção tardia.

O Judiciário gaúcho também iniciou a produção de vídeos com jovens aptos à adoção. No material, que será disponibilizado para candidatos a adotantes já habilitados, crianças e adolescentes contam um pouco sobre suas histórias e rotinas em abrigos e casas lares da Capital.

Se você tem interesse em adotar ou apadrinhar uma criança ou adolescente, saiba mais em http://jij.tjrs.jus.br/ ou entre em contato com a Coordenadoria da Infância e Juventude do RS, através do email cijrs@tj.rs.gov.br.
#deixaoamortesurpreender

Com informações e foto TJRS.

Publicado por: Ana Maria Leal

Original disponível em: http://gazeta670.com.br/noticia?id=18707

Reproduzido por: Lucas H.

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