segunda-feira, 29 de maio de 2017

Programa de apadrinhamento melhora autoestima de crianças de abrigo em Ji-Paraná (Reprodução)

25/05/2017

O programa 'Apadrinhando uma História' tem sido um diferencial na vida de crianças que vivem em abrigos de Ji-Paraná. O programa é realizado em dois abrigos da cidade, o Instituto Municipal de Acolhimento Adélia Santana e no Centro de Apoio Integral à Família (Caif) e foi implantado pelo Juizado da Infância e Juventude, em parceria com a prefeitura e Ministério Público de Rondônia.
O programa é nacional e em Ji-Paraná está sendo realizado desde dezembro de 2016, quando foi inaugurada a nova sede do abrigo municipal. De acordo com a coordenadora do Instituto Municipal de Acolhimento Adélia Santana, Margarete Porto, a resposta da cidade tem sido muito positiva ao projeto e quem tem ganhado com isso são as crianças que moram na casa.

“São crianças que foram abandonadas ou que os pais cometeram crimes e por isso moram no abrigo. Depois que iniciamos o programa, houve uma mudança até na autoestima. Estão mais abertos, mais alegres. O programa só traz vantagem para as crianças”, afirma.

A coordenadora explica que os padrinhos e madrinhas tem opção de três modalidades: afetivo, provedor e prestador de serviço. Os padrinhos afetivos podem levar as crianças para casa e passar um fim de semana ou até mesmo as férias com elas. Os provedores são aqueles que provêm dinheiro e objetos para suprir alguma necessidade. Já o prestador de serviços é aquele que doa um pouco do seu tempo profissional para criança, como dentistas, psicólogos, professores e qualquer outra modalidade que beneficie o desenvolvimento das crianças.

“Temos recebido muitas doações e conseguimos fazer, por exemplo, festinhas de aniversário para as crianças o que nem sempre era possível. Temos muito profissionais; psicólogos, professores e outras áreas que prestam serviço para estas crianças. O mais difícil é, sem dúvidas, o afetivo. Leva um pouco mais de tempo, mas, já estamos tendo respostas da sociedade e a crianças que passam o fim de semana com seus padrinhos”, afirma Margarete.

Em Ji-Paraná, cerca de 15 padrinhos já participam do programa. Para apadrinhar é necessário preencher alguns requisitos para garantir que nenhuma criança esteja exposta a risco. Para os apadrinhamentos de provedor e prestador de serviço, a pessoa precisa ter condições ou estar apta para desenvolver o trabalho.

No caso do apadrinhamento afetivo, os requisitos são um pouco mais exigentes. “Precisa ter mais de 18 anos e ser, pelo menos 16 anos mais velha que a criança apadrinhada. Também passam por uma avaliação com profissionais”, explica a coordenadora.

As inscrições podem ser feitas em quatro locais. No Instituto Municipal de Acolhimento, situado na rua Fernando de Noronha, n° 373, bairro Parque Amazonas ou no Caif, situado na avenida Monte Castelo, bairro Jardim dos Migrantes. As inscrições também podem ser feitas na Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), na avenida Marechal Rondon, 1522 ou no núcleo psicossocial do Fórum, na Avenida Ji-Paraná, n° 315, bairro Urupá.


Reproduzido por: Lucas H.

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