segunda-feira, 15 de maio de 2017

Juizado da Infância e Juventude abre inscrições para curso de adoção em Araguaína (Reprodução)

11/05/2017

O Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Araguaína, no norte do Tocantins, abriu inscrições para mais uma edição do Curso Psicossocial e Jurídico para as pessoas que desejam adotar. O prazo vai até o dia 30 desse mês e a inscrição pode ser feita no próprio juizado ou pelo telefone (63) 3414-6600.

No Tocantins, 164 pretendentes estão inscritos no Cadastro de Adoção. Isso significa que essas pessoas já fizeram o curso e estão aptas para adotarem as crianças que estão disponíveis. Mas quando o assunto é adoção, falar de números é um assunto delicado.

"A nossa preocupação é que só falar os números frios, só dados, que a gente perca o que é de mais importante, que é justamente saber o que é a adoção, do que se trata, como fazer isso de forma responsável. Às vezes a gente só quer colocar uma criança dentro de casa, um adolescente, que é mais raro. Por isso o curso para a gente trabalhar a adoção dos adolescentes também", diz o psicólogo Eduardo Fagner Machado de Pinho.

Atualmente 40 crianças e adolescentes estão disponíveis para adoção no Tocantins. Por isso o psicólogo explica que mais do que falar de números e de filas, o objetivo do curso é tirar dúvidas e debater temas que envolvem a adoção. Afinal o trabalho aqui é para que adoção seja de fato, o último recurso.

"A ideia é reintegrar essas crianças às famílias originais. O pretendente também tem que trabalhar nisso. É uma responsabilidade senão ele só ai estar pegando as crianças."

Curso
O advogado Rubens Araújo teve que fazer o curso obrigatório para todas as pessoas que são inscritas no Cadastro Nacional de Adoção. Ele adotou duas crianças.

Araújo conta que decidir adotar não foi fácil, mas que desde a chegada do João Paulo, tudo mudou. "Eu costumo dizer que quem teve sorte fui eu e aminha esposa. Eu na vontade de ser pai e ela na vontade de ser mãe. É uma experiência única. Se existir alguma diferença em relação ao pai biológico e ao pai adotivo deve ser muito pequena porque o que a gente tem pelos nossos filhos um amor muito grande."

A mudança foi tanta que depois de cinco anos chegou o Pedro. Dentro de casa, a família optou por lidar de forma natural com a adoção com os filhos. Até porque o que não falta por aqui é amor.

"O João Paulo, que é o maior, já entende. O Pedro ainda está pequeno e não entende muito. A gente vê como uma questão natural. Obviamente que tivemos um acompanhamento com o psicólogo e o curso que é ministrado pelo Justiça. É realmente muito interessante."


Reproduzido por: Lucas H.

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