domingo, 30 de novembro de 2014

Três homens e uma história

Três homens e <br />uma história
Conheci o quarto de Paulo Henrique, o PH, antes dele. Na verdade, em uma matéria feita recentemente para a Casa Cláudia (publicada na ed. de novembro), no apê de seus futuros pais, fui apresentada ao ambiente amplo de 14m2, ainda sem dono, iluminado por duas janelas com esquadrias antiguinhas de madeira dando para uma rua tranquila de Laranjeiras, no Rio. Na fila para adoção há vários anos, Gilberto e Rodrigo reformaram todo o apartamento já pensando que o segundo quarto não seria de hóspedes e, sim, de uma criança. Ainda desconheciam o sexo e a idade: mas definiram que o filho teria que ser capaz de manifestar, em viva voz, suas vontades.
E foi também de forma intuitiva, mas repleta de carinho, que eles montaram, em parceria com a arquiteta Barbara Filgueiras, cada detalhe do espaço, repleto de ideias práticas e bem resolvidas. O armário generoso e confortável foi feito para durar, os gavetões com fórmica lousa funcionam como um quadro negro divertido e a estante tem lugar de sobra para livros, objetos e brinquedos. Rodrigo, apaixonado por decoração e dono da Morabilidade, uma agência imobiliária das mais descoladas, participou de cada etapa do projeto e adora contar os capítulos dessa história tão emocionante.
– Há  tempos vínhamos pensando em como fazer um quarto infantil gostoso, confortável, sem ser excessivo ou temático. Tínhamos uma criança imaginária na cabeça. A ideia da lousa no armário e no fundo da estante foi bacana, porque traz doses de cor e estampa nas paredes brancas. O grafite era uma ideia antiga e encomendamos com o Wark, um artista de rua da Rocinha, mas o PH demorou uns três dias para enxergá-lo na parede. Era muita informação. Aos poucos, ele está digerindo – conta ele, que por muitos anos morou na China e nos Estados Unidos, acompanhando a trajetória de correspondente internacional de Gilberto. – Somos cidadãos do mundo. Se tivermos que nos mudar, o quarto vem junto.
Há cerca de dois meses, PH entrou de supetão na vida da dupla, vindo de um orfanato em Capelinha, no interior de Minas Gerais. Logo que chegou, se jogou na cama (Oppa), olhou para os lados e nem acreditou que esse universo todo tinha sido preparado exclusivamente para ele. Gilberto e Rodrigo documentaram tudo, se emocionaram (e emocionaram os amigos) e, agora, contam que a nova paixão do filho não é o grafite nem os carrinhos, mas a escada rolante dos shoppings. E os guarda-chuvas na rua.
– Fomos levá-lo para conhecer o mar, achando que ele ia ficar extasiado. Mas o que ele gostou mesmo foi de elevador, guarda-chuva e escada rolante. Tudo é novo e lúdico para ele – conta Gilberto.
Em tempo: PH já está matriculado na escolinha, ganhou uma mesinha de estudos, adora desenhar e se tornou, enfim, o dono do pedaço. Só Lilo, o gato de estimação, e Boo, o fofo Lulu da Pomerania, ainda estão estranhando o movimento… Mas em breve vão entender que a família, agora, está completa.
Amamos: O grafite unissex e a lousa nas gavetas dos armários, indicando o que está guardado ali.
Mão na massa: Forrar com lousa a parede ou outra superfície não é complicado: existem tintas no mercado que funcionam como uma. Basta pintar!
http://natocadesign.com.br/ph-scofield/

Fonte: Na Toca, revista de design infantil.

CONCORDA COM O ESTATUTO DA FAMÍLIA, QUE PROÍBE ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR CASAIS GAYS?


28/11/2014
Agência Câmara

O estatuto faz parte de um projeto em análise por uma comissão especial da Câmara dos Deputados, e entre suas polêmicas está a definição de família como o núcleo formado a partir da união entre homem e mulher
O relator do projeto de lei do Estatuto da Família (PL 6583/13), deputado federal Ronaldo Fonseca (Pros-DF), manteve a definição de família da proposta original como o núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, por meio de casamento ou união estável, ou comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. Ele inseriu no texto outro dispositivo polêmico, estabelecendo como requisito para a adoção que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, constituída nos termos do artigo 226 da Constituição.
Como a lei reconhece explicitamente apenas a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, na prática, o substitutivo do deputado – que foi apresentado na comissão especial criada para analisar o Estatuto da Família – proíbe a adoção de crianças por casais homoafetivos. Hoje, embora a adoção de crianças por esses casais não esteja prevista na legislação, ela tem sido garantida pela justiça. "O projeto é simplesmente uma extensão da Constituição Federal, o artigo 226, que define o conceito de família no Brasil. Eu não tenho como discordar da Carta Magna. Eu não posso mudar a Constituição por meio de um projeto de lei ordinário. Teria que ser uma PEC", diz Ronaldo Fonseca.
O deputado Jean Wyllys (PSol-RJ), por sua vez, destaca que o Estatuto da Família contraria a decisão do Supremo Tribunal Federal que, em 2011, reconheceu como entidade familiar a união estável homoafetiva, ou seja, aquela formada por pessoas do mesmo sexo. Além disso, o deputado acredita que o estatuto viola princípios constitucionais, ao institucionalizar a discriminação. Para ele, o estatuto tenta impor um modelo familiar único, não respeitando a diversidade de arranjos familiares existentes hoje na sociedade brasileira: "A estrutura familiar na sociedade brasileira hoje é bastante plural. Nós temos famílias monoparentais, chefiadas só por mulheres; monoparentais, chefiadas só por homens. Nós temos novas estruturas que nasceram do divórcio, e essas famílias que nasceram do divórcio partilham filhos dos antigos casamentos. Enfim, os arranjos familiares são muitos", explica Wyllys.
O deputado integra a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos e disse que a comissão especial que analisa a matéria de forma terminativa é composta majoritariamente por deputados evangélicos, que devem votar favoravelmente à matéria. Segundo ele, se não for possível barrar a tramitação do projeto na Câmara, a frente vai atuar no Senado para impedir a aprovação da proposta.
http://sites.correioweb.com.br/…/concorda-com-o-estatuto-da…
CONCORDA COM O ESTATUTO DA FAMÍLIA, QUE PROÍBE ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR CASAIS GAYS? 28/11/2014 Agência Câmara O estatuto faz parte de um projeto em análise por uma comissão especial da Câmara dos Deputados, e entre suas polêmicas está a definição de família como o núcleo formado a partir da união entre homem e mulher O relator do projeto de lei do Estatuto da Família (PL 6583/13), deputado federal Ronaldo Fonseca (Pros-DF), manteve a definição de família da proposta original como o núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, por meio de casamento ou união estável, ou comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. Ele inseriu no texto outro dispositivo polêmico, estabelecendo como requisito para a adoção que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, constituída nos termos do artigo 226 da Constituição. Como a lei reconhece explicitamente apenas a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, na prática, o substitutivo do deputado – que foi apresentado na comissão especial criada para analisar o Estatuto da Família – proíbe a adoção de crianças por casais homoafetivos. Hoje, embora a adoção de crianças por esses casais não esteja prevista na legislação, ela tem sido garantida pela justiça. "O projeto é simplesmente uma extensão da Constituição Federal, o artigo 226, que define o conceito de família no Brasil. Eu não tenho como discordar da Carta Magna. Eu não posso mudar a Constituição por meio de um projeto de lei ordinário. Teria que ser uma PEC", diz Ronaldo Fonseca. O deputado Jean Wyllys (PSol-RJ), por sua vez, destaca que o Estatuto da Família contraria a decisão do Supremo Tribunal Federal que, em 2011, reconheceu como entidade familiar a união estável homoafetiva, ou seja, aquela formada por pessoas do mesmo sexo. Além disso, o deputado acredita que o estatuto viola princípios constitucionais, ao institucionalizar a discriminação. Para ele, o estatuto tenta impor um modelo familiar único, não respeitando a diversidade de arranjos familiares existentes hoje na sociedade brasileira: "A estrutura familiar na sociedade brasileira hoje é bastante plural. Nós temos famílias monoparentais, chefiadas só por mulheres; monoparentais, chefiadas só por homens. Nós temos novas estruturas que nasceram do divórcio, e essas famílias que nasceram do divórcio partilham filhos dos antigos casamentos. Enfim, os arranjos familiares são muitos", explica Wyllys. O deputado integra a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos e disse que a comissão especial que analisa a matéria de forma terminativa é composta majoritariamente por deputados evangélicos, que devem votar favoravelmente à matéria. Segundo ele, se não for possível barrar a tramitação do projeto na Câmara, a frente vai atuar no Senado para impedir a aprovação da proposta. http://sites.correioweb.com.br/app/noticia/encontro/atualidades/2014/11/28/interna_atualidades,1840/concorda-com-o-estatuto-da-familia-que-proibe-adocao-de-criancas-por-casais-gays.shtml

CELERIDADE NOS PROCESSOS - ADOÇÕES CRESCEM COM ESPECIALIZAÇÃO DA 3A VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE


Sexta-feira, 28 de Novembro de 2014

O sonho de ter uma família está se tornando real de forma mais rápida para as crianças e adolescentes que vivem nos abrigos de Fortaleza. Processos que antes levavam anos na Justiça, estão se tornando mais céleres depois que a 3a Vara da Infância e Juventude passou a julgar apenas os processos de adoção. É uma vara especializada nesta área, que cuida especificamente da situação das crianças abrigadas. Assim a situação de cada criança afastada da família biológica passou a ser revista conforme os prazos estipulados na lei. Nos casos em que há condições, o vínculo com a família é trabalhado para que a criança possa voltar para a casa. Mas para aqueles casos em que não há possibilidade de reintegração é necessário que os processos andem para que as crianças possam ser adotadas e não passem a infância sem uma família.
Em 2013, foram adotadas 14 crianças. Neste ano, até novembro, foram 16 adoções, sendo duas internacionais. Mas, além dessas, há outras 18 crianças que estão com as novas famílias em guarda provisória, a última etapa antes da guarda definitiva, onde fica configurada a Adoção para toda a vida. Outras 10 crianças estão sendo visitadas por pretendentes a Adoção nos abrigos. Esse é o início do processo para estabelecimento de um vínculo afetivo. Ainda é possível terminar o ano com um número maior de crianças deixando os abrigos, o que significa um avanço.

OBJETIVO
O principal objetivo é reduzir o tempo que esses meninos e meninas ficam nas instituições. Ainda há casos de crianças pequenas em abrigos há mais de cinco anos, mesmo sem ter família biológica conhecida. Pela lei, este período no abrigo não pode passar de dois anos, e a situação de cada criança deve ser revista a cada seis meses até que se ache uma solução definitiva, sem que a criança tenha perdido anos nos abrigos. De todas as crianças e adolescentes que vivem em abrigos hoje em Fortaleza, apenas 91, estão com a situação jurídica definida e esperam uma Adoção, o que mostra que ainda há muito trabalho a ser feito pela vara especializada. Dessas 61, a maioria não sai do fim da fila do cadastro pois tem doenças congênitas ou já está com mais de 9 anos, muito fora da faixa de idade procurada. No cadastro de pessoas que querem se tornar pais há 336 pretendentes.

MUDANÇAS
Hoje, muitos estão dispostos a adotar irmãos, não têm restrições quanto à cor e ampliaram a idade da criança até 4 anos. Esses têm mais chances, já que os processos, mesmo que mais céleres, acabam se estendendo por meses para, de fato, definir o futuro da criança.
A chefe do setor de Cadastro de adotantes e adotandos do Fórum Clóvis Beviláqua, Gabriella Costa, afirma que a especialização da vara ajudou a melhorar as perspectivas tanto dos adultos que sonham com um filho, quanto das crianças nos abrigos. “A fila está andando, sim. Muitos que estavam na fila adotaram e esse lugar foi ocupado por novos pretendentes. Além disso, há casos de desistentes”. De acordo com Gabriella Costa, antes da especialização das varas era muito difícil, no caso de crianças com menos de dois anos de idade, ocorrer a Destituição do Poder Familiar, que é o fim do vínculo jurídico com a família biológica. Havia casos em que mesmo sem nenhum vinculo afetivo de fato, nenhuma possibilidade de retorno, os processos se alongavam. Isso também já está mudando. “Ano passado foram quatro destituições para crianças com menos de dois anos. Só nesse ano já foram concedidas 12”, afirma a chefe do setor de cadastro.

À ESPERA DE ADOÇÃO
No Brasil, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualmente há 44 mil crianças e adolescentes vivendo em abrigos. Em fevereiro de 2013, eram 37 mil. Na fila, à espera de adoção, ao todo são 5,5 mil crianças e adolescentes. E há quase 33 mil famílias na lista de espera para adotar uma criança. A Lei da convivência familiar e comunitária (12.010/2009) determina que a Justiça tem até dois anos para definir dois caminhos para a criança ou o adolescente institucionalizado, a volta para a família biológica ou o encaminhamento para a Adoção. A medida reforça o que o Estatuto da Criança e do Adolescente já dizia sobre o acolhimento, a medida deve ser excepcional e provisória, não uma solução definitiva. Com as novas medidas adotadas pelo Poder Judiciário, o cenário está mudando. Adoções realizadas no Estado do Ceará: Dados dos últimos seis anos, fornecidos pelo Cadastro Nacional de Adoção (a partir de novembro de 2008, data que foi implantado o CNA).

ADOÇÕES REALIZADAS NO ESTADO DO CEARÁ
Dados dos últimos seis anos, no Ceará, fornecidos pelo Cadastro Nacional de Adoção (a partir de novembro de 2008, data que foi implantado o CNA).
Ano Número de crianças adotadas
2008 01 (uma)
2009 11 (onze)
2010 08 (oito)
2011 21 (vinte e uma)
2012 08 (oito)
2013 14 (quatorze)
*2014 16 (dezesseis), crianças foram adotadas.
*Em processo de adoção, mais 18 (dezoito) crianças estão com as famílias, guarda provisória, para finalização da adoção.
* 10 (dez) crianças estão sendo visitadas nos abrigos, por famílias habilitadas, construindo o vinculo afetivo para a adoção.
* 28 (vinte e oito) crianças voltaram para casa (família biológica)
Atualmente em Fortaleza, 336 famílias habilitadas na fila de espera para adotar uma criança. Há 374 crianças e adolescentes abrigados nas 23 casas de acolhimento de Fortaleza. (Fonte: NADIJ)
Por Crisley Cavalcante
http://www.oestadoce.com.br/…/celeridade-nos-processos-adoc…

GRUPO DE APOIO À ADOÇÃO DE PIRACICABA


28 de nov de 2014

A assistente social e coordenadora do grupo, Claudete, e a psicóloga Tainá falam sobre o funcionamento do GAAP.
https://www.youtube.com/watch?v=CWTn9h0OD-c
GRUPO DE APOIO À ADOÇÃO DE PIRACICABA 28 de nov de 2014 A assistente social e coordenadora do grupo, Claudete, e a psicóloga Tainá falam sobre o funcionamento do GAAP. https://www.youtube.com/watch?v=CWTn9h0OD-c

INFORMAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE ADOÇÃO DFT



A Casa de Ismael abriga crianças e adolescentes, mas não pode intermediar o processo de adoção como alguns pensam.
Este papel cabe à 1ª Vara da Infância e da Juventude, entidade que mantém um cadastro (ECA, Art. 50) de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas habilitadas para adotar. O vínculo de adoção constitui-se por sentença judicial (ECA, Art. 47). Por isso, o Juiz da Vara da Infância e da Juventude é a Autoridade legitimada pela sociedade para aplicar a medida de adoção. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos (ECA, Art. 43). Ou seja, cabe à Justiça realizar o trabalho de mediação entre as crianças ou adolescentes que precisam de família e as famílias que se disponibilizam a adotá-los.
Em virtude de mudanças na legislação (Lei 12.010/09), as pessoas interessadas em se habilitar para adoção devem inicialmente procurar assistência jurídica particular ou defensoria pública a fim de peticionar sua habilitação para adoção junto à Justiça da Infância e Juventude.

QUEM PODE ADOTAR
Todo adulto maior de 18 anos, que seja pelo menos 16 anos mais velho que o adotando e não demonstre incompatibilidade com a natureza da medida;
Os divorciados ou separados judicialmente poderão adotar conjuntamente desde que o estágio de convivência com o adotando tenha se iniciado na vigência da união conjugal e desde que acordem quanto ao regime de visitas;
Aquele que estabeleceu vínculo de paternidade ou maternidade com o filho (a) do (a) companheiro(a) ou cônjuge.
Se você deseja mais esclarecimentos sobre o processo de adoção basta consultar o site da Vara da Infância, que explica todas as etapas e as possíveis dúvidas acerca do processo de adoção.
Telefones da Defensoria Pública do DF: 3349-5000, 3103-3211 e 3103-3393;
E-mail juventude@defensoria.gov.br para mais informações.
http://www.casadeismael.org/areas-de-…/assistencia-social/…/

APÓS 33 ANOS, ESTRELA DA COMÉDIA NA EUROPA VEM AO BRASIL PROCURAR A MÃE


28/11/2014
Guilherme Lucio e Orion Pires Do G1 Santos
Christiaan van der Ende foi adotado com apenas duas semanas de vida. Ele estava na Holanda e voltou a Santos à procura da mãe biológica.

Um homem que nasceu em Santos, no litoral de São Paulo, foi adotado com apenas duas semanas de vida e hoje mora na Holanda, voltou a sua cidade natal para procurar a mãe biológica. Christiaan van der Ende, de 33 anos, é um comediante famoso na Europa e está no Brasil acompanhado de uma equipe de televisão da Holanda à espera de um reencontro.
Atualmente, o ‘Holando-Brasileiro’ é casado e pai de dois filhos. Chris é o nome artístico de Christiaan Johnny Leite Santos, que nasceu no Brasil no dia 5 de abril de 1981.
O comediante soube que era adotado aos cinco anos de idade, mas somente agora tomou coragem para vir atrás de suas raízes. "Minha família me contou que eu era adotado quando criança. Recentemente, eu descobri, através de um documento da Santa Casa de Santos, lugar onde nasci, que tenho uma irmã e que minha mãe vivia em Santos", afirma.
As pistas do paradeiro de Rosa Leite Santos, o nome da mãe biológica, foram obtidas com a certidão de nascimento de Christiaan e o documento da Santa Casa. Após procurar no endereço mencionado nos registros, eles descobriram com uma vizinha que a mãe havia mudado para São Vicente. Aproveitando o período pós eleitoral, Christiaan foi até um dos cartórios da cidade se informar se a mãe havia votado na última eleição.
Caso encontre os parentes, Christiaan conta que pensa em levar sua família biológica para Holanda. "É uma possibilidade. Eu quero dizer para elas que estou feliz. Eu quero dizer que posso ajuda-las. Eu vi as ruas aqui, como o pessoal vive. Na Holanda, eu vivo bem, consegui sucesso como comediante, mas não estou completo. Creio que possa oferecer esse auxílio, afinal é a minha família", diz.
Uma equipe de televisão holandesa está registrando a busca e um possível reencontro do rapaz com a mãe biológica. Eles chegaram em Santos na última terça-feira (25) e estão distribuindo anúncios para moradores da área continental de São Vicente, região em que a mãe teria mudado. Para isso, Christian conta com a ajuda da produtora e amiga Nina, que entende português e também faz o papel de intérprete.
O comediante explica que o "jeito brasileiro" contribuiu para o sucesso na Holanda. "Os holandeses são, em sua maioria, brancos, sisudos e mais introvertidos. No Brasil, o pessoal é mais brincalhão, acolhedor. Eu sempre me senti um brasileiro", conta.
Christiaan também guarda consigo uma paixão típica brasileira. "Eu amo futebol. Sou torcedor do PSV Eindhoven, um time que sempre recebeu bem brasileiros, como Ronaldo e Romário, por exemplo. Quando vou ao estádio sempre falo que sou brasileiro", finaliza. Mais do que a bola nos pés, o comediante espera levar do Brasil o sorriso e o abraço de ter reencontrado suas raízes após três décadas longe.
http://g1.globo.com/…/brasileiro-famoso-na-holanda-volta-ao…
Christiaan van der Ende foi adotado com apenas duas semanas de vida. Ele estava na Holanda e voltou a Santos à procura da mãe biológica. Um homem que nasceu em Santos, no litoral de São Paulo, foi adotado com apenas duas semanas de vida e hoje mora na Holanda, voltou a sua cidade natal para procurar a mãe biológica. Christiaan van der Ende, de 33 anos, é um comediante famoso na Europa e está no Brasil acompanhado de uma equipe de televisão da Holanda à espera de um reencontro. Atualmente, o ‘Holando-Brasileiro’ é casado e pai de dois filhos. Chris é o nome artístico de Christiaan Johnny Leite Santos, que nasceu no Brasil no dia 5 de abril de 1981. O comediante soube que era adotado aos cinco anos de idade, mas somente agora tomou coragem para vir atrás de suas raízes. "Minha família me contou que eu era adotado quando criança. Recentemente, eu descobri, através de um documento da Santa Casa de Santos, lugar onde nasci, que tenho uma irmã e que minha mãe vivia em Santos", afirma.
As pistas do paradeiro de Rosa Leite Santos, o nome da mãe biológica, foram obtidas com a certidão de nascimento de Christiaan e o documento da Santa Casa. Após procurar no endereço mencionado nos registros, eles descobriram com uma vizinha que a mãe havia mudado para São Vicente. Aproveitando o período pós eleitoral, Christiaan foi até um dos cartórios da cidade se informar se a mãe havia votado na última eleição. Caso encontre os parentes, Christiaan conta que pensa em levar sua família biológica para Holanda. "É uma possibilidade. Eu quero dizer para elas que estou feliz. Eu quero dizer que posso ajuda-las. Eu vi as ruas aqui, como o pessoal vive. Na Holanda, eu vivo bem, consegui sucesso como comediante, mas não estou completo. Creio que possa oferecer esse auxílio, afinal é a minha família", diz.
Uma equipe de televisão holandesa está registrando a busca e um possível reencontro do rapaz com a mãe biológica. Eles chegaram em Santos na última terça-feira (25) e estão distribuindo anúncios para moradores da área continental de São Vicente, região em que a mãe teria mudado. Para isso, Christian conta com a ajuda da produtora e amiga Nina, que entende português e também faz o papel de intérprete. O comediante explica que o "jeito brasileiro" contribuiu para o sucesso na Holanda. "Os holandeses são, em sua maioria, brancos, sisudos e mais introvertidos. No Brasil, o pessoal é mais brincalhão, acolhedor. Eu sempre me senti um brasileiro", conta.
Christiaan também guarda consigo uma paixão típica brasileira. "Eu amo futebol. Sou torcedor do PSV Eindhoven, um time que sempre recebeu bem brasileiros, como Ronaldo e Romário, por exemplo. Quando vou ao estádio sempre falo que sou brasileiro", finaliza. Mais do que a bola nos pés, o comediante espera levar do Brasil o sorriso e o abraço de ter reencontrado suas raízes após três décadas longe.
http://g1.globo.com/…/brasileiro-famoso-na-holanda-volta-ao…

FILHO ADOTIVO DE APENAS 10 ANOS É CASTIGADO COM CHICOTADAS DE FIO ELÉTRICO


29/11/2014
Ji-Paraná

No começo da tarde desta sexta-feira (28), uma criança de apenas 10 anos de idade, vestindo um uniforme escolar, entrou correndo nas dependências do Quartel da 1ª CIA, na Rua T-14, no 2º Distrito de Ji-Paraná, e aos prantos pediu socorro aos militares. A criança, que estava com a feição bastante aterrorizada e chorando muito, contou que estava na Escola, que fica ao lado do Quartel, quando começou uma briga com um outro aluno. Logo em seguida, sua mãe adotiva, que trabalha na mesma Escola como professora, surgiu e começou a dar tapas em sua cara. Depois, o menino mostrou as marcas feitas nas costas e nas pernas feitas por fios elétricos. A criança ainda contou que é agredido frequentemente com fios, mangueiras e até mesmo por pedaços de madeiras.
Mesmo acostumados a lidar com ocorrências de naturezas graves, esta chamou a atenção dos policiais pelas marcas que o garoto tinha nas costas e pernas, confirmando assim o método torturador que a mãe adotiva usava para corrigir suas travessuras de criança.
Depois que ouviu o menino, a Guarnição composta pelo CB PM Nogueira, SD PM Teodoro e SD PM Albuquerque, se deslocou até a Escola onde o menor estuda e entraram em contato com a suposta mãe adotiva, a professora Elizeth Da Silva Santana, de 36 anos. Ela negou os fatos e foi conduzida à Delegacia, juntamente com a criança, para esclarecimentos.
O menino foi submetido ao Exame Corpo de Delito, onde o médico plantonista constatou as torturas. De acordo com o médico, a criança apresenta várias marcas de fios pelas costas e também nas pernas feitas por fio elétrico. Ele também falou que a criança está bastante aterrorizada e mal consegue conversar.
Durante a ocorrência, a professora falou aos PM’s que adotou o menino já um bom tempo e que ele veio da cidade de Nova Mamoré. Porém, não mostrou nenhum tipo de documentação legal que comprovasse a adoção.
Já na Delegacia, Elizeth Santana não quis falar com a imprensa sobre o caso.
Depois dos trabalhos de praxe, a criança foi deixada aos cuidados do Conselho Tutelar e a mãe adotiva foi liberada para responder em liberdade.
A Delegada Titular da DEAM, Dra. Renata Stella ouviu todos os envolvidos e instaurou um Inquérito Policial para apurar possível crime de Tortura.
Fonte: Comando 190
http://www.jornalrondoniavip.com.br/…/filho-adotivo-de-apen…
FILHO ADOTIVO DE APENAS 10 ANOS É CASTIGADO COM CHICOTADAS DE FIO ELÉTRICO 29/11/2014 Ji-Paraná No começo da tarde desta sexta-feira (28), uma criança de apenas 10 anos de idade, vestindo um uniforme escolar, entrou correndo nas dependências do Quartel da 1ª CIA, na Rua T-14, no 2º Distrito de Ji-Paraná, e aos prantos pediu socorro aos militares. A criança, que estava com a feição bastante aterrorizada e chorando muito, contou que estava na Escola, que fica ao lado do Quartel, quando começou uma briga com um outro aluno. Logo em seguida, sua mãe adotiva, que trabalha na mesma Escola como professora, surgiu e começou a dar tapas em sua cara. Depois, o menino mostrou as marcas feitas nas costas e nas pernas feitas por fios elétricos. A criança ainda contou que é agredido frequentemente com fios, mangueiras e até mesmo por pedaços de madeiras. Mesmo acostumados a lidar com ocorrências de naturezas graves, esta chamou a atenção dos policiais pelas marcas que o garoto tinha nas costas e pernas, confirmando assim o método torturador que a mãe adotiva usava para corrigir suas travessuras de criança. Depois que ouviu o menino, a Guarnição composta pelo CB PM Nogueira, SD PM Teodoro e SD PM Albuquerque, se deslocou até a Escola onde o menor estuda e entraram em contato com a suposta mãe adotiva, a professora Elizeth Da Silva Santana, de 36 anos. Ela negou os fatos e foi conduzida à Delegacia, juntamente com a criança, para esclarecimentos. O menino foi submetido ao Exame Corpo de Delito, onde o médico plantonista constatou as torturas. De acordo com o médico, a criança apresenta várias marcas de fios pelas costas e também nas pernas feitas por fio elétrico. Ele também falou que a criança está bastante aterrorizada e mal consegue conversar. Durante a ocorrência, a professora falou aos PM’s que adotou o menino já um bom tempo e que ele veio da cidade de Nova Mamoré. Porém, não mostrou nenhum tipo de documentação legal que comprovasse a adoção. Já na Delegacia, Elizeth Santana não quis falar com a imprensa sobre o caso. Depois dos trabalhos de praxe, a criança foi deixada aos cuidados do Conselho Tutelar e a mãe adotiva foi liberada para responder em liberdade. A Delegada Titular da DEAM, Dra. Renata Stella ouviu todos os envolvidos e instaurou um Inquérito Policial para apurar possível crime de Tortura. Fonte: Comando 190 http://www.jornalrondoniavip.com.br/noticia/filho-adotivo-de-apenas-10-anos-e-castigado-com-chicotadas-de-fio-eletrico,policial,9236.html

JUÍZA ALDA HOLANDA - A CRIANÇA QUE PASSA MUITO TEMPO EM UM ABRIGO PERDE A IDENTIDADE


Sexta-feira, 28 de Novembro de 2014

Quando olhamos as novelas, encontramos, hoje em dia, o tema Adoção cada vez mais na pauta de seus produtores ou escritores. Autores levam o assunto que nos remete a cinco séculos da sociedade brasileira e procura glamourizar o tema, levando celebridades como exemplos e até ícones da Adoção pelo mundo, ou aqui mesmo no Brasil. Porém, nem sempre se põe a prática o que de fato corre por trás de processos de Adoção que, no Ceará, por exemplo, ganha impulso com especialização da 3ª. Vara da Infância e Juventude. Foi numa conversa com a juíza Alda Maria Holanda Leite, titular dessa 3ª. Vara da Infância e Juventude da Comarca de Fortaleza, que se pode avaliar o tema e até comemorar as vitórias conseguidas graças à Justiça no Estado. As decisões partidas de audiências autorizam cada vez mais, com maior celeridade processos que dão vida nova e uma família para crianças cearenses.

O QUE LEVA FORTALEZA A TER HOJE, CERCA DE 478 CRIANÇAS EM SUAS CASAS DE ABRIGOS?
As crianças são levadas ao abrigo ou por negligência familiar, violência ou abandono por parte dos pais. Normalmente, é o Conselho Tutelar que deflagra o processo. São os conselheiros que trazem as crianças para o abrigo e informa a Vara sobre os acontecimentos. Em seguida, a Defensoria Pública pede o acolhimento institucional e dá entrada ao processo judicial. Precisamos de uniformidade na atuação jurisdiscional; Ministério Público e Defensoria Pública. Temos que garantir o direito de toda criança viver em família e ser amada, amor tão fundamental para a formação de seu caráter e personalidade. Não podemos ser omissos, amor é atitude.

COMO A SENHORA SE SENTE AO VER AINDA QUE O PROCESSO PARA SE ADOTAR É BUROCRÁTICO, HAJA VISTA QUE O ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL GERA PREJUÍZOS IRREPARÁVEIS NA VIDA DE UMA CRIANÇA?
O acolhimento é para ser provisório. Tanto que a Lei de Adoção diz que o acolhimento institucional deve durar apenas dois anos. O juiz precisa estar sempre revisando esses acolhimentos. Nós fazemos essa reavaliação duas vezes ao ano, uma em abril e outra em outubro, por meio das audiências concentradas. Em outubro, nas 66 audiências concentradas, 28 crianças voltaram para a família biológica. Tentamos o retorno de todos, mas nem todos voltam e continuam nos abrigos. Nessas audiências concentradas, contamos com promotor, defensor, os responsáveis pelos abrigos, representantes da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), Educação, Saúde, Secretaria Municipal de Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Setra) do Município de Fortaleza, Fundação de Desenvolvimento Habitacional (Habitafor) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Nem todos comparecem, mas quando vêm buscamos fazer o possível para resolver a situação. Claro que criança não nasceu para ficar em abrigo. A permanência por menor que seja, já vai causar traumas. Primeiro que antes de a criança chegar em uma instituição, ela passa por situações que geram traumas como abuso, maus-tratos, negligências, ninguém passa por isso sem ficar marcado. No acolhimento, a criança vai se deparar com outras pessoas estranhas ao seu convívio familiar. A criança ou o adolescente que passa muito tempo em um abrigo, ela perde a identidade. Mesmo elas tendo apoio psicológico e sendo acompanhadas por uma assistente social, não tem como cada um ser tratado com individualidade. Não tem amor, não tem carinho. O abrigo é uma situação extrema na vida de uma criança e deve durar muito pouco. Muitos não são visitados nem pelos pais ou parentes.

NO CASO DE NEGLIGÊNCIA DOS PAIS, O QUE É TRABALHADO COM AS FAMÍLIAS, PARA QUE A CRIANÇA VOLTE PARA CASA COM SEGURANÇA?
O abrigo vai visitar a família, servidores da Vara da Infância e da Juventude também visitam e se busca fazer a vinculação afetiva. Muitas famílias vivem em condições de uso de drogas, não têm onde morar, não têm trabalho. A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social da Prefeitura de Fortaleza, trabalha uma chance de os pais serem inseridos no mercado de trabalho, são aconselhados a fazer tratamento nos Caps e de terem chance de alcançarem a autonomia e reaverem seus filhos. Tem também a Habitafor, onde se tenta uma casa para estas famílias. Muitas famílias se erguem com essa ajuda, de 100%, cerca de 30% têm seus filhos de volta.

E QUANTO TEMPO DEVE SE TENTAR A REINTEGRAÇÃO DA FAMÍLIA BIOLÓGICA?
Cada caso é um caso. A minha ideia pessoal é que a gente tente por seis meses. Não havendo retorno, a gente já passa para a destituição do poder familiar para que a criança não envelheça no abrigo. Às vezes, seis meses é pouco, tendo em vista que não deu tempo a família responder ainda. Mas a se a família não visita, logo os pais vão mostrando se há um vínculo afetivo ou não. Se existe um vínculo afetivo, mas a família não tem condições de levá-lo, podemos estender um pouco mais para dar uma chance de ela reestabelecer e buscar uma ajuda e melhorar de vida.

O ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL DEIXA A DESEJAR?
Sim. São poucos abrigos, poucas pessoas para trabalhar nessas instituições, além de muitas não terem uma boa infraestrutura. Vai haver um movimento para a regionalização dos abrigos, haja vista que tem muitas crianças que vêm do interior para Fortaleza. Cada município se responsabilizará pelas instituições, para que os abrigos estejam mais próximos de sua família biológica e mais perto da sua convivência comunitária em sua cidade de origem. Estamos vivendo um momento desesperador porque não há vagas para acolhimento e quando precisamos acolher alguma criança ou adolescente é muito complicado porque todos os abrigos estão lotados. Esbarramos nessa dificuldade. Os conselhos tutelares, como disse, precisam de ampliação. O trabalho deles é muito importante, valiosíssimo. Há poucos conselheiros para tanta demanda, reafirmo.

NESSE CASO DE ABANDONO DOS PAIS E FAMILIARES, PORQUE EXISTE DEMORA PARA DAR ENTRADA NO PROCESSO DE ADOÇÃO DE UMA CRIANÇA?
Conforme disse, a lei nos obriga a fazer a reavaliação do acolhimento institucional e quando não é possível fazer a reivinculação com a família de origem ou pelo menos com a família ampliada, que são os avós, os tios, os padrinhos ou até mesmo amigos da família que queiram ficar com a criança, se faz outro procedimento, o de destituição do poder familiar. Aquela criança vai ser desvinculada da sua família de origem para ser posta em adoção. Com isso, o nome dela vai para o Cadastro Nacional de Adoção, para ver se conseguirmos a possibilidade de elas serem adotadas.

AINDA EXISTEM CRIANÇAS ABRIGADAS HÁ MUITO TEMPO NESSA SITUAÇÃO, SEM SOLUÇÃO?
Tem sim. Antes de a Vara ser especializada, esses processos não tinham tanta atenção e as crianças iam ficando nos abrigos, em razão da urgência de julgar processos de atos infracionais de crianças e adolescentes. Tudo era julgado junto. Por exemplo, como tínhamos urgência em resolver casos de crianças e adolescentes que estavam matando e roubando ou em situação de internação provisória, nesses casos, o juiz tem 45 dias para julgar o processo, então, a atenção era desviada para esses casos e resolução dos processos das crianças ia se atrasando.

O PERFIL PROCURADO POR PESSOAS QUE QUEREM ADOTAR VEM SENDO AMPLIADO?
Depois que a Vara foi ampliada, houve a adoção de criança de 17 anos, como também de quatro e cinco anos. Acho que as pessoas estão ficando mais conscientes sobre a realidade dos abrigos, estão mudando a cabeça e o coração. Uma adoção de criança de zero a dois anos é muito limitada. Criança com três e quatro anos ainda é uma criança pequena, precisa de uma família e tem muito a oferecer como criança. Muitos acham que não vai ser construída uma relação forte, se a criança foi maior, isso depende muito do amor, da atenção, do respeito que vai ser vivenciado.

COM A ESPECIALIZAÇÃO DAS VARAS, QUAIS AS PRINCIPAIS CONQUISTAS?
De junho para cá, fizemos vários julgamentos e audiências para entregar os mandados de inscrição. Ao todo foram 43. O documento permite aos adotantes registrarem a criança ou o adolescente no cartório no nome deles. Nesse momento, falamos com todos, damos a palavra para que se manifestem, reclamem, sugiram, é um momento bem informal, mas de grande valia. Ao todo, de junho até hoje, proferimos 317 sentenças podem culminar em adoção, como despacho de guarda provisória, tutela, destituição de poder familiar, ação civil pública, medida de proteção, mandados de segurança, além de adoções. As partes já dizem que os processos estão andando mais rápido, o que é um alento para nós, que ouvimos tanta reclamação sempre, o que é verdade porque tínhamos de dar conta de processos envolvendo atos infracionais e adoção ao mesmo tempo. Havia sempre um clamor por causa do adolescente que está cumprindo medida socioeducativa, em virtude da violência e tudo o mais. Nesse cenário, era inevitável não priorizar esse tipo de processo em detrimento às adoções, porque a criança estava abrigada e o adolescente não. Então ouvir das próprias partes que hoje os processos estão caminhando mais rápido é um reconhecimento do nosso trabalho.

O QUE AINDA FALTA MELHORAR?
Muita coisa avançou. Nesses quatro meses, algumas crianças chegaram aos abrigos e foram adotadas em três meses. Cada caso é um caso. Com a especialização das Varas, esses processos têm ganhado mais atenção, mas ainda precisamos melhorar. Ainda não está como desejamos. Precisamos ter mais julgamentos, para isso é necessário dispor de mais servidores, pelo menos de mais um promotor e um defensor público para que audiências ocorram pela manhã e à tarde, sendo assim, seremos capazes de julgar mais casos.
Por rochana lyvian
http://www.oestadoce.com.br/…/juiza-alda-holanda-crianca-qu…

FILHOS DO CORAÇÃO


29/11/2014
Ponto de Vista

A família da cirurgiã dentista Lina Folly é imensa. Ela tem cinco filhos — três biológicos e dois do coração, todos eles muito desejados, aguardados e bem educadíssimos. A mais velha é especialista em prótese dentária e reabilitação oral, o mais velho é mestre em Arquitetura e Urbanismo, o do meio é engenheiro como o pai e trabalha na Transpetro, o mais novo é estudante de administração de empresas, e a filha caçula está terminando o Ensino Médio em busca de uma faculdade de Direito.
Neste artigo para a Ponto de Vista, Lina Folly aborda as delícias de se ter uma família grande e reitera a importância de se adotar filhos exclusivamente pelos meios legais, por mais demorados que eles possam ser. Ela reforça seu ponto de vista lembrando que, ao contrário de antes, o andamento dos processos de adoção na Justiça tem melhorado muito. "Deve ser a única forma de se levar a adoção sem inseguranças e riscos de problemas futuros.”
Lina Araujo Folly

Família biológica, família do coração, as duas se integram e se interagem formando na realidade uma grande família sem nenhuma distinção entre seus integrantes. O nosso porto seguro, referência que todos nós necessitamos para acalmar, descansar e vivermos felizes e tranquilos.
Uma união, não pelo fator sanguíneo, mas por companheirismo, solidariedade, convivência, afeto e muito, muito amor. Forma-se uma grande família dividindo espaços, alegrias, tristezas, conquistas e sonhos. Às vezes somos parecidos, as vezes bem diferentes, "cada um com seu cada um”, porém com a mesma meta de crescimento como seres humanos, sendo úteis à sociedade e preservando mais e mais a união familiar.
Filhos do coração e filhos biológicos são presentes de Deus. Temos que agradecer muito esta dádiva divina. O amor cresce cada vez mais, surge de repente e vai aumentando infinitamente com a convivência, trocas de carinhos, experiências e sonhos.
Filhos do coração, um amor que é totalmente espiritual, simplesmente acontece, surge, sem interesses, sem preconceitos, amor puro e verdadeiro de pai, mãe, irmãos, família, enfim. A importância do filho do coração está na decisão da escolha, nunca acontece por acaso. É importante que seja um projeto de pais, irmãos, avós, tios e primos, todos aceitando amar sem distinção este novo membro que participará ativamente da família, respeitando as individualidades e a história de vida de cada um.
O ato de adoção é um ato de amor e desapego. Entender na essência das palavras que "Todos somos filhos de Deus”, antes de serem nossos filhos. Entender que Ele confiou no nosso amor, para fazermos dos seus filhos seres humanos felizes, úteis e realizados.
Não há diferenças entre filhos biológicos e do coração; existe, sim, a necessidade de respeitar as suas individualidades e histórias com muito carinho e amor. É preciso entender que um filho não substitui o outro. É preciso ser paciente, ter sensibilidade e amar acima de tudo.
O sucesso familiar depende do que transmitimos para os nossos filhos a cada dia, do nosso comportamento e atitudes diárias. É importante mostrar que os amamos muito e da sua importância nas nossas vidas, que os filhos são presentes e não castigo., são a continuação de nossas vidas, nossa história no futuro.
Não devemos pensar em adoção como algo que vai resolver nossos problemas. Deve-se pensar simplesmente em amar sem se preocupar com recompensas, sem cobranças, sem preconceitos, sem limites. Amar buscando o crescimento e o desenvolvimento de nossos filhos, para que sejam felizes e independentes, vibrar com os seus sucessos e suas conquistas.
O processo de adoção, na sua parte legal, muitas vezes é demorado e alguns pais resolvem passar por cima de todos os trâmites, achando uma maneira de registrar o filho como sendo biológico. Isto é extremamente perigoso, principalmente hoje em dia com os famosos testes de DNA. Portanto, um grande conselho que dou a todos que se encontram nesta situação: nunca ajam fora da lei, pois arrependimentos futuros podem a levar a processos extremamente traumáticos, como a perda de um filho. O andamento dos processos de adoção na Justiça tem melhorado muito, mas mesmo lentos estes processos devem ser a única forma de se levar a adoção sem inseguranças e riscos de problemas futuros.
Como último conselho, procure sempre falar a verdade para o filho do coração, pois é dali que ele foi gerado, querido e esperado, portanto não há nada que esconder, não há nada de errado, pelo contrário. Nós, pais adotivos, somos privilegiados e agraciados por Deus com a imensa alegria de fazer crescer mais um filho Dele que, na realidade, passa a ser nosso.E guardem bem isso... A adoção é algo fantástico para o nosso crescimento e aprimoramento.
http://www.avozdaserra.com.br/col…/…/12775/filhos-do-coracao

GOVERNO DO QUÊNIA PROÍBE ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR ESTRANGEIROS


28/11/2014

O Governo do Quênia proibiu a adoção de crianças do país por estrangeiros devido ao "alto risco" que sofrem os menores, segundo informaram nesta sexta-feira a imprensa local.
"A decisão foi fundamentada pelo Relatório Mundial sobre o tráfico humano 2014, que cita o Quênia como fonte, lugar de passagem e destino do tráfico humano", disse o Governo em comunicado, citado pelo jornal Daily Nation. Segundo precisou, a decisão foi tomada na terça-feira passada devido ao "alto risco" que sofrem estas crianças.
As licenças de quem realiza adoções internacionais já foram revogadas com efeito imediato. O Governo justificou esta medida em sua tentativa de terminar com as adoções ilegais, já que "as leis do Quênia não definem a venda, recrutamento e o comércio de crianças como parte do tráfico". "Isto criou um vazio legal para interesses fraudulentos, que se disfarçam através de agências de adoção e adotantes, e que participam do negócio sem escrúpulos do tráfico humano, com o pretexto da caridade", indicou o comunicado.
Recentemente, um missionário de 19 anos de idade e de nacionalidade americana foi acusado de abusar sexualmente de crianças em um orfanato de Nairóbi, fato que comoveu a sociedade queniana. O Quênia não é o único país africano que estabelece impedimentos à adoção de crianças por parte de casais internacionais. Em agosto a Etiópia negou a adoção de duas crianças a duas famílias espanholas.
As duas famílias já tinham convivido com seus filhos adotados na Etiópia durante quatro meses, mas receberam a recusa da Justiça daquele país para a adoção definitiva e a mudança dos menores para a Espanha. O Governo da Etiópia justificou sua decisão alegando que tinha detectado uma suposta falsificação de um documento por parte do orfanato etíope onde moravam os menores.
http://www.cafedasquatro.com.br/…/governo-do-quenia-proibe-…

STJ LANÇA SÉRIE DE REPORTAGENS SOBRE ADOÇÃO NA RÁDIO JUSTIÇA


Sexta, 28 Novembro 2014

Uma nova série especial de reportagens produzida pela equipe de rádio do Superior Tribunal de Justiça (STJ) começará a ser apresentada a partir de segunda-feira (1º). O tema desta semana são as regras para adoção de crianças e adolescentes no país e a jurisprudência do STJ sobre o tema. As matérias irão ao ar nos três jornais diários da Rádio Justiça: Jornal da Justiça 1ª Edição, às 6h; Jornal da Justiça 2ª Edição, às 12h; e Giro pelos Tribunais, às 18h.
De 1º a 15 de dezembro, a série Adoção: um gesto de amor sem fronteiras dará um panorama das condições para adoção no Brasil. Em cinco matérias, de aproximadamente 3 minutos cada, será abordado como funciona o Cadastro Nacional de Adoção, quem pode se candidatar ao posto de adotante, os avanços da legislação para a adoção por parte de casais homoafetivos e estrangeiros, a realidade de quem cresce nos abrigos e o perfil das crianças e adolescentes que estão à espera de um lar.
A série que estreou as reportagens especiais do STJ na Rádio Justiça tratou do tema Avanços e Desafios da Mulher Brasileira. As matérias também podem ser ouvidas na internet e compartilhadas em redes sociais por meio do perfil do STJ no Sound Cloud, uma rede social de compartilhamento de áudio. O endereço para ouvir a série Adoção: um gesto de amor sem fronteiras e outras séries produzidas pela equipe de Rádio do STJ é https://soundcloud.com/stjnotici…/sets/s-ries-de-reportagens
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Fonte: Site do STJ
http://www.anoreg.org.br/index.php…

FALANDO DE ADOÇÃO COM O FILHO


Sábado, 29 de novembro de 2014
Por Cintia Liana Reis de Silva
Texto escrito para este blog em 2009 e republicado no site Indika Bem em 14 de agosto de 2014.

Não existe idade ideal para a criança saber sobre o vínculo que tem com seus pais adotivos. É muito importante e saudável que os pais já contem historinhas de adoção para a criança desde a sua chegada na família, independente da idade. Assim, ela vai se acostumando com o tema e entendendo os fatos na medida em que for amadurecendo. Mesmo que não faça muito sentido para ela, o importante é que, quando passar a entender as dimensões dos fatos e os verdadeiros significados, ela irá sentir que seus pais adotivos sempre foram muito sinceros sobre sua adoção e que esse é um assunto conhecido e, melhor ainda, “permitido” na família.
O fato de alguns pais entenderem a adoção como algo negativo não significa que a criança também entenderá desta forma, mas somente repetirá esse modelo de conduta se os pais insistirem neste erro, tratando a adoção como algo vergonhoso e negativo.
Será que é justo uma criança crescer sentindo que há “algo de errado ou de misterioso” com a sua existência, com seu nascimento, com o seu lugar no mundo e na família? Será que é bom achar que é fruto de algo vergonhoso, que a sua família substituta tem que esconder, ou não falar de sua origem, como um tabu? A criança adotiva tem que crescer num ambiente que a propicie falar sobre seus sentimentos abertamente, sem vergonha ou medo.
Eldridge (2004), explica que a criança adotiva raramente fala de forma aberta sobre sua raiva relacionada ao fato de ser adotada. Porque ela acredita que estará magoando os pais adotivos e por que ela acha que os deixará incomodados, assim ela não fala e poderá expressar isso de uma forma agressiva e anti-social em algum dado momento. Como no caso da adaptação, a criança também pode manifestar tendências anti-sociais por querer mostrar que há algo de errado com ela, por estar sofrendo algum tipo de privação ou sofrendo com algum sentimento que ela não está sabendo lidar.
Afine-se, seja cúmplice do seu filho no processo de descoberta de sua identidade, e o conhecimento e aceitação de suas origens fazem parte disso. Quando ouvir perguntas-afirmações do tipo “eu vim de sua barriga, não foi, mamãe?”, fale tranquilamente que não, mas que para amarmos alguém como filho ele não precisa “sair da barriga”, pois o amor se faz no coração. Quando perguntar sobre a família biológica tente responder o que sabe de uma maneira simples e o que a criança tem capacidade de ouvir e aceitar, mesmo que não entenda tudo, ela tem o direito de saber.
Por Cintia Liana Reis de Silva
Fonte: http://www.indikabem.com.br/f…/falando-de-adocao-com-o-filho

Fonte da imagem: www.somoslanoticia.com
(Créditos e Divulgação)
http://psicologiaeadocao.blogspot.com.br/…/falando-de-adoca…

CORREGEDORA REPRESENTA ESTADO EM EVENTO DE ADOÇÃO


Sábado, 29 de novembro de 2014

Terminou ontem (28 de novembro) em Porto Alegre (RS) a XVIII Reunião do Conselho das Autoridades Centrais Brasileiras sobre Adoção Internacional. A corregedora eleita, desembargadora Maria Erotides Kneip Baranjak, e a secretária-geral da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), Elaine Zorgetti Pereira, representaram Mato Grosso no evento. Entre as principais deliberações desta edição está o cumprimento da Resolução nº190 do CNJ para inserir os pretendentes estrangeiros no cadastro nacional. A medida possibilitará que todas as Cejas façam a consulta e encaminhem à adoção, levando em consideração que todas as tentativas com pretendentes brasileiros já tenham se esgotado.
Também foram discutidos o acompanhamento pós-adotivo internacional, a padronização das Comissões Estaduais, desde sua nomenclatura até procedimentos de habilitação e atuação em projetos sociais, propostas de melhorias do cadastro nacional de adoção, entre outros assuntos. "O melhor do evento foi a discussão do cadastro nacional de adoção. Devemos padronizá-lo, pois ele poderá ser acessado por qualquer Estado no caso de adoção internacional. Como devemos alimentá-lo? Alterações de domicílio, exigências a serem cumpridas, tudo isso está sendo normatizado em um documento. Teremos mais 20 dias para apresentar sugestões ao grupo de trabalho do qual fazemos parte. Até março devemos estar com este documento pronto. Após isso ele será encaminhado ao Colégio de Corregedores e ao CNJ para aprovação", explicou a corregedora eleita, desembargadora Maria Erotides, que também é vice-presidente da Ceja.
Representantes da Polícia Federal, Ministério das Relações Exteriores e 18 Tribunais de Justiça do país participaram do encontro promovido pela Autoridade Central Administrativa Federal (Acaf), órgão da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal. O grupo criado em 1999 se reúne semestralmente e avalia os trabalhos desenvolvidos no intervalo entre uma reunião e outra.
"Estas reuniões são importantíssimas, pois além de estabelecer procedimentos, são deliberados assuntos relativos a este assunto que é amplo e necessita de uma uniformidade, além claro da troca de experiências, sempre buscando o melhor interesse da criança e adolescente", disse a secretária-geral, Elaine Zorgetti. A próxima reunião ocorrerá nos dias 17 e 18 de abril em Salvador (BA).
http://www.plantaonews.com.br/…/Corregedora+representa+Esta…

SEMPRE TIVE UMA CERTEZA: UM DIA SERIA MÃE!



Quem participou do último encontro mensal de Adoção 2014, ouviu o depoimento da Família Odahara.
A Rosana, escreveu pro GAACO contando como foi o encontro com os filhos adotivos.

SEMPRE TIVE UMA CERTEZA: UM DIA SERIA MÃE!
Após exames, constatei que teria problemas para engravidar naturalmente. Eu e meu marido conversamos bastante sobre os possíveis tratamentos, os quais se mostravam muito dispendiosos , invasivos e incertos.
A adoção surgiu naturalmente, começamos a pesquisar, falar com amigos que já tinham passado pelo processo. Ficamos muito animados! Era isso que queríamos! Preparamos toda a documentação, fizemos o curso e em 2006 entramos na oficialmente na fila!
Agora... era esperar!
Que angústia, nenhuma notícia... onde está nosso filho/a? Que idade tem???
Foram quase 2 anos, o processo é necessário, mas também moroso e desgastante.
Era 18 de dezembro de 2008, recebi uma ligação no meu trabalho: - Um casal, vcs querem vê-los? Quando podem? - Hoje, agora!!! Nem sabemos como foi o caminho até a instituição.
Nosso corações estavam disparados, suávamos...
De repente veio vindo um Menino Lindo, sorrindo , chutando umas pedrinhas... –
Oi...Minha irmã mora ali! E lá veio nossa Princesa! Linda montada em sua bicicletinha, que nem sabia pedalar direito!
Foi amor a primeira vista!!!
Para ambos os lados! Nossa filha já falou PAI neste dia (imagina como meu marido ficou!)
- Podemos levá-los? Não é bem assim... Conseguimos que passassem o Natal com nossa família!
QUE NATAL MÁGICO!!!
Tínhamos uma viagem de ano novo agendada, pensamos em desistir, fomos, mas ligávamos todos os dias, nem que para isso tivéssemos que subir uma montanha, pois era uma chácara e o celular só pegava lá em cima!!! Voltamos antes da data marcada, afinal nossos filhos nos esperavam!!! Assim começou nossa história, lá se vão 6 anos ...dias fáceis , dias difíceis, mas que valem MUITO, pois o que nos une é o AMOR!!!
Texto da mãe, Rosana Odahara.
http://adocaoconsciente.org.br/de…/a-realizacao-de-um-sonho/

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS


Roberto Wider
Em paralelo às questões mais delicadas da Reprodução Medicamente Assistida, tem-se a adoção de crianças cada vez mais buscada por casais do mesmo sexo.
Esta matéria já está bem analisada pelos doutos juristas, mas penso que nunca é demais trazê-la a debate em termos bem comuns e fáceis à sociedade em geral.
Os que rejeitam esta possibilidade se baseiam em pelo menos duas razões fundamentais. A primeira, de ordem psicológica, à consideração da necessidade da figura feminina e da masculina na formação da criança.
Esta questão não deve ser descartada a priori e merece análise mais aprofundada dos técnicos desta área, até porque são necessários muitos anos para a constatação dos efeitos da atuação dos cuidadores no psiquismo da criança.
A segunda se funda em preconceitos contra as relações amorosas desta natureza, negando o seu conteúdo humano saudável ou, questionando o risco para os adotados, no sentido de seguirem o perfil sexual dos adotantes.
Tenho para mim que tal postura não merece qualquer consideração ou mesmo respeito.
A validade e o valor maior deste procedimento, a adoção por casais do mesmo sexo se funda no que não tem sido devidamente levado em consideração: o bem do ser adotado! Este é o ponto nodal!
As crianças abandonadas num abrigo, com cuidadores que não se envolvem emocionalmente com as mesmas, podem ser trazidas para a casa de pessoas que, independentemente de sua opção sexual, querem e têm a possibilidade de proporcionarem a estas crianças os cuidados, o amor e as oportunidades de desenvolvimento de que tanto carecem!
Nenhuma discriminação é mais severa do que o abandono de crianças em abrigos, nas ruas ou mesmo junto a pais agressivos, dependentes de drogas ou violadores dos filhos!
A ausência de legislação específica para tais adoções não justificam a omissão em face do direito fundamental à dignidade humana destes menores.
Em resumo, o direito à adoção por casais homoafetivos deve sim ser reconhecido, observadas as regras gerais para a adoção, visando o melhor interesse das crianças necessitadas de serem adotadas.
Imagem do google
http://www.jb.com.br/…/breves-consideracoes-sobre-a-adocao…/


sábado, 29 de novembro de 2014

No AM, homem é preso suspeito de estuprar a própria irmã adolescente

30/10/2014 00h45 - Atualizado em 30/10/2014 00h45

Segundo a polícia, abusos teriam iniciado quando a vítima tinha 13 anos.
Ela foi estuprada por 3 em rua e engravidou; polícia investiga se ele participou.

Do G1 AM
Caso foi registrado na Depca (Foto: Marcos Dantas/G1 AM)Crime é investigado pela Depca (Foto: Marcos
Dantas/G1 AM)
Um homem de 21 anos foi preso, nesta quarta-feira (29), suspeito de estuprar a própria irmã, uma adolescente de 14 anos. De acordo com a polícia, ele foi detido em via pública no município de Coari, no interior do Amazonas. O suspeito teria começado os abusos após ser preso em Manaus.
O rapaz foi preso por tráfico de drogas em 2013 e, após receber a liberdade condicional no mesmo ano, passou a morar com a mãe e a irmã no bairro Terra Nova 2, Zona Norte da capital. Ele teria começado a estuprar a irmã neste período.
A vítima foi ouvida pela Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA), responsável pela investigação do crime, e relatou que o primeiro abuso aconteceu quando o irmão a ameaçou com uma faca e a forçou a ter relações sexuais com ele. A menina tinha 13 anos na época do crime, e depois continuou sendo submetida aos abusos sexuais por diversas vezes.

A polícia informou ainda que, em 2013, a menina foi violentada sexualmente por três homens em via pública na capital e, logo após esse crime, descobriu que estava grávida. Por ter sido vítima de violência sexual, a Justiça permitiu que um aborto fosse realizado, mas antes foi recolhido material genético do feto para realizarem exame de DNA para averiguar a paternidade. "Estamos investigando se esse caso de violência sexual contra a adolescente tem alguma relação com o irmão dela. Assim que esta investigação for concluída representaremos pela prisão preventiva dos mesmos", ressaltou a delegada Linda Gláucia, por meio de assessoria.
Ainda de acordo com a polícia, o irmão descobriu que estava sendo procurado pela polícia e fugiu para o município de Coari, onde foi preso. Ele foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável e está preso no município. O jovem também será submetido a exame de DNA e o laudo deverá apontar se ele era o pai da criança.

http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2014/10/no-am-homem-e-preso-suspeito-de-estuprar-propria-irma-adolescente.html

No AM, pai e tio são presos suspeitos de abuso sexual de criança de 8 anos

30/10/2014 01h02 - Atualizado em 30/10/2014 01h02


Segundo a polícia, criança foi abandonada pela mãe quando tinha 3 anos.
Vizinho denunciou caso à polícia após criança chorar sem querer ir para casa.

Do G1 AM
A Polícia Civil divulgou, nesta quarta-feira (29), a prisão de um pai, de 32 anos, e tio de 26 foram presos suspeitos de abusar sexualmente de uma criança de oito anos. De acordo com a polícia, o abuso era cometido pelos homens no ramal Brasileirinho, bairro João Paulo, na Zona Leste de Manaus, onde trabalhavam como caseiros em uma propriedade. A polícia informou ainda que a criança foi abandonada pela mãe quando tinha apenas três anos.
Segundo as investigações, um vizinho começou a suspeitar do comportamento da menina e denunciou a situação na delegacia. "Em depoimento, a testemunha disse que a menina brincava na casa dele, quando o pai ia pegar a criança para levar de volta para casa, ela chorava muito. Por conta disso, ela relatou para esse vizinho que era abusada pelo pai e tio. Foi quando ele resolveu fazer a denúncia", informou a titular da Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA), Linda Gláucia, por meio de assessoria.
A criança passou por exames no Instituto Médico Legal (IML), onde foi constatada a violência sexual. A justiça decretou então a prisão preventiva dos dois. O tio foi preso no dia 17 de outubro no mesmo ramal e o pai dia 18 de outubro, no município de Nova Olinda do Norte, no interior do Amazonas.
Os homens foram autuados por estupro de vulnerável, e serão conduzidos à Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus. Conforme a delegada, a menina está morando atualmente com familiares em Nova Olinda do Norte.

http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2014/10/no-am-pai-e-tio-sao-presos-suspeitos-de-abuso-sexual-de-crianca-de-8-anos.html

Preso por tortura, padrasto confessa ter afogado bebê no AM, diz polícia

26/11/2014 01h27 - Atualizado em 26/11/2014 10h24


Homem queria fazer bebê parar de chorar; mãe disse ter visto agressões.
Segundo polícia, suspeito chegou a jogar crianças em um igarapé.

Crianças sofreram agressões físicas por quatro meses (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)Crianças sofreram agressões físicas por quatro meses (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
Um homem de 18 anos foi preso, nesta terça-feira (25), suspeito de torturar os filhos da mulher com quem vive há quatro meses. Segundo informações da Polícia Civil, ele confessou em depoimento ter enforcado e afogado a enteada de oito meses em um reservatório de água, até a criança desmaiar. Um irmão gêmeo e outro, de três anos, também seriam vítimas de maus-tratos, como queimaduras e cortes pelo corpo. De acordo com a polícia, a mãe das crianças disse que presenciou todos os momentos de violência.
O homem foi preso em uma casa localizada na Zona Norte de Manaus, onde estava acompanhado da mãe das crianças. O suspeito estava foragido desde o dia 20 de outubro deste ano, quando uma conhecida da família foi ao sítio em que o casal morava com as crianças - na BR-174 -,  percebeu sinais de agressão nas crianças e realizou a denúncia.
Médicos encontraram tumores na cabeça de uma das crianças (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)Médicos encontraram tumores na cabeça de uma
as crianças (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
A conhecida da família levou as vítimas a um hospital na Zona Leste de Manaus, onde médicos confirmaram que as crianças sofreram agressões físicas, e ainda tinham anemia e desnutrição. A Polícia Civil informou, por meio de assessoria de imprensa, que uma das vítimas apresentou também tumores na cabeça. Os irmãos permanecem acolhidos desde o dia 20 de outubro sob os cuidados do Serviço de Atendimento Institucional (SAI).
Em depoimento à Polícia Civil, o homem confessou as agressões e relatou casos de tortura. Segundo informações da polícia, o suspeito falou sobre uma ocasião em que afogou e enforcou a enteada de oito meses até a criança desmaiar, por conta do choro da menina. O homem disse também que chegou a jogar os irmãos em um igarapé pelo mesmo motivo. Exames médicos revelaram que as crianças foram vítimas de cortes profundos e golpes com pedaço de madeira.
A mãe das crianças, segundo a Polícia Civil, assumiu que não tentou impedir o suspeito nos momentos de violência e que presenciou as agressões. Ela perdeu a tutela dos filhos, foi indiciada por tortura e responderá o processo em liberdade.
O homem, que responderá pelo crime de tortura, prestou depoimento na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) e foi encaminhado para a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus.

http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2014/11/preso-por-tortura-padrasto-confessa-ter-afogado-bebe-no-am-diz-policia.html 

Menino é queimado pela madrasta por deixar casa desarrumada na Bahia

26/11/2014 às 10h21 (Atualizado em 26/11/2014 às 12h56)

Polícia chegou a casa da criança após denúncias anônimas

Do R7
Menino teve as costas queimada na última quinta-feira (20) Aldo Matos/Acorda Cidade
Carla disse à polícia que queimou o menino porque encontrou a casa desarrumada e sentiu falta de um perfume Aldo Matos/Acorda Cidade
Um menino de nove anos teve parte das costas queimada com água quente, no bairro Tomba, em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. A polícia chegou até a casa da criança, na tarde desta terça-feira (25), após uma denúncia anônima.

De acordo com a DAI (Delegacia do Adolescente Infrator), a madrasta do garoto, teria queimado o menino, na última quinta-feira (20), por ter encontrado a casa desarrumada e sentir falta de um perfume.

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— Ela agredia a criança e não socorreu depois que o queimou. Além de agredi-lo, ela proibia o menino de sair de casa.

Ainda segundo a DAI, Carla Matias Vieira, de 27 anos, disse ao pai da criança, que já teria levado ele ao hospital, mas que lá o menino teria o risco de pegar uma infecção.
— Desde quinta-feira, a criança estava presa em casa sem nenhum socorro. Ela sempre deixava o menino sozinho.
Em depoimento à polícia, o pai contou que não levou o garoto ao médico porque a mulher tem curso técnico de enfermagem e saberia cuidar dele. Ele foi indiciado por omissão de socorro e responderá em liberdade.
Carla foi indiciada por tortura, cárcere privado e omissão de socorro. Após ser ouvida pela polícia, ela foi encaminhada para o Conjunto Penal de Feira de Santana.

http://noticias.r7.com/bahia/menino-e-queimado-pela-madrasta-por-deixar-casa-desarrumada-na-bahia-26112014 

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Adoção Segura

Sou mãe adotiva.
Mãe adotiva? Família substituta? Não . Sou mãe como a maioria das mulheres é. Desejei ser mãe, recebi minhas filhas ainda bebês (anos 70), troquei fraldas, dei mamadeira, papinha, engatinhei junto. Ensinei andar de bicicleta, passei noites em claro, tive dias muito alegres e sofri na hora das doenças. Levei para escola, fui nas reuniões do colégio e já mais crescidas estudei junto, vibrei na colação do ensino médio , sofri na espera dos resultado do vestibular e vi a coroação de tudo na formatura da faculdade. Orientei e as preparei para saberem conviver com a história de suas vidas. Nada ocultei. Ensinei a respeitar a opção de quem as entregou e orar por quem as gerou. Sou apenas mãe. Adotei sim e me tornei mãe. Mãe que ama, erra, ri e chora, que é chata e também amiga. Olhando para o passado só há um arrependimento : porque esperamos tanto para decidir termos nossas filhas? Como elas mesmo dizem:-“daí não seríamos nós!”. Olhando para o passado só dá para dizer: VALEU !!!

Dados pessoais.
Moro em Curitiba, Paraná, onde fiz minha graduação: sou bióloga. No tempo de vida profissional dei aulas de Ciências Biológicas e desenvolvi projetos de Orientação Sexual Escolar. Paralelamente era questionada sobre adoção pois a realizamos pela via jurídica num tempo em que era comum a adoção clandestina. Foi assim que me envolvi com o trabalho de preparação dos pretendentes `a adoção.Sou uma pessoa que acredita na causa da adoção.
Milito por ela. Desejo que os pretendentes a pais sejam pessoas responsáveis e conscientes pelo ato de levar uma pessoinha (ou mais) para casa e torná-la uma cidadã.
http://adocaosegura.com.br/

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Lei dos Servidores Públicos Federais tem nova interpretação para garantir aos homens direito à licença adotante


26/11/2014 Fonte: Assessoria de Comunicação IBDFAM *Com informações do Ministério do Planejamento
Na última quinta-feira (20), o Ministério do Planejamento informou que a partir de agora, no Poder Executivo Federal, os servidores públicos do sexo masculino podem obter licença em caso de adoção de crianças. Antes, a licença adotante era um benefício exclusivo das mulheres, nos termos do artigo 210 da Lei 8.112/90.
Para ter direito à da licença adotante, o servidor deve apresentar documentação que comprove a adoção ou termo de guarda judicial que demonstre se tratar de processo em andamento.O período de licença adotante pode durar 90 dias, prorrogáveis por mais 45 dias, no caso de crianças de até um ano de idade, e 30 dias, prorrogáveis por mais 15, quando se tratar de crianças maiores.
A nova interpretação para a aplicação da lei dos servidores públicos assegura o direito à licença a servidores solteiros ou casados, em relação heterossexual ou homoafetiva.
Para a advogada Silvana do Monte Moreira, presidente da Comissão de Adoção do IBDFAM, esse entendimento é importante porque as crianças e os adolescentes na fase de adaptação à nova família necessitam de todos os cuidados físicos, psicológicos, materiais e afetivos que uma filiação requer.
“Deve-se ter em mente que o prazo de concessão da licença maternidade/adoção é necessário para beneficiar a criança que depende física e emocionalmente daquele que a adota para se desenvolver. Tal licença visa à manutenção da vida, da qualidade de vida da criança que tem sua filiação por meio da adoção, que necessita da tutela estatal, por sua vulnerabilidade e fragilidade”, reflete.
 
 
http://www.ibdfam.org.br/noticias/5493/Lei+dos+Servidores+P%C3%BAblicos+Federais+tem+nova+interpreta%C3%A7%C3%A3o++para+garantir+aos+homens+direito+%C3%A0+licen%C3%A7a+adotante

A HISTÓRIA DE UMA SUPERFAMÍLIA


Por Lucas Vasques / Fotos: Arquivo Pessoal
Ana Paula Gratão e Ricardo Vieira, casal que mora em São Carlos (SP), encararam a missão de adotar cinco filhos com deficiência e mostram que não há limites para o amor e a solidariedade
Nada é insuperável quando a vocação para exercer a função de pai e mãe é extrema e transborda o coração de amor e solidariedade. A adoção é, sem dúvida, um ato de desprendimento e fé no ser humano. O que dizer, então, de um casal que optou por acolher em sua família nada menos do que cinco filhos? E o mais espantoso e emocionante, ainda, é que todos são crianças com algum tipo de deficiência. Esta é a missão de vida escolhida por Ana Paula Gratão e Ricardo Vieira, que moram em São Carlos, interior de São Paulo, e que, infelizmente, já sofreram com uma perda. “Clarinha, nossa caçula, que era hidranencefálica, desencarnou no dia 12 de fevereiro de 2010. Então, são quatro filhos na Terra e uma no Céu”, conta o pai, resumindo o sentimento familiar.
“Ela chegou com 12 dias, com previsão máxima de viver um mês. Entretanto, ficou conosco quase oito anos. Sua presença foi traduzida em uma gama de gestos amorosos, emoldurados pelo seu sorriso, que só quem viu nunca vai esquecer”, revela Ricardo.
Contudo, não faltam razões para o casal sorrir. E esses motivos atendem pelos seguintes nomes: “Sidney, 13 anos, é Down, com baixa visão, autista autolesivo e severo. Foi adotado com 2 anos e 6 meses. Henrique, 12 anos, tem deficiência visual e intelectual severa. Chegou ao nosso lar com 1 ano e 6 meses. Tainara, 14 anos, é Down e tem deficiência intelectual. Foi adotada com 7 anos. E Guilherme, hoje com 7 anos, tem deficiência visual e intelectual severa. Entrou em nossa vida com 8 meses”, explica Paula. “Para os íntimos, Didi, Kike, Tatá e Gui”, acrescenta Ricardo, revelando como as crianças são chamadas pela família.
“Um dia comentei com o Ricardo que havia assistido, quando era solteira, um filme americano, no qual um casal adotava filhos com síndrome de Down. Pronto! A ideia foi lançada em solo fértil” /Ana Paula Gratão
É inegável que a primeira pergunta que vem à mente é o que levou o casal a tomar essa decisão de adotar cinco crianças com deficiência. Paula reivindica a ideia. “Mas a decisão foi nossa. Sou fisioterapeuta, e há 16 anos trabalhava na unidade da Apae de Dourado (SP). Adorava o serviço, e não demorou para o meu amor pelas crianças especiais contagiar o Ricardo. Um dia comentei com ele que havia assistido, quando era solteira, um filme americano, no qual um casal adotava filhos com síndrome de Down. Pronto! A ideia foi lançada em solo fértil.”
Ricardo lembra que tinha muita dificuldade em entrar na unidade da Apae onde a mulher trabalhava: “Recordo de não saber lidar com os alunos e alunas. Havia estudado o filósofo francês Gilles Deleuze e a filosofia da diferença, no curso de Filosofia, mas a vida é sempre mais exuberante do que nos livros”.
A sintonia foi tamanha em relação às crianças que a fisioterapeuta lembra do que ocorria antes das adoções: “Depois que decidimos, começamos a correr atrás da papelada para nos habilitarmos, na nossa comarca. Também participamos de um grupo de apoio à adoção – APA, de Campinas (SP). Antes de cada adoção, eu e o Ricardo tínhamos um tipo de sinal em relação às crianças que adotaríamos. Às vezes, eram sonhos, inspirações durante as preces e até visões”, ressalta Paula.
Ainda sobre o processo de adoção, eles contam que não encontraram dificuldades, ao contrário do que ocorre na maioria dos casos. “Acho que optar por filhos especiais agilizou todo o processo”, destaca Paula. E Ricardo confirma: “Nós nunca tivemos qualquer restrição quanto à idade, sexo, etnia dos nossos filhos”.
Por falar em preconceito, o pai das crianças é enfático: “Eu uso óculos, não entendo matemática e, na verdade, sou deficiente em muitas virtudes, que sequer posso afirmar que conheço. O preconceito é uma acomodação da alma, do pensamento que pressente a amplitude da vida e quer dela fugir. Bem-aventurados os míopes, que desejam enxergar longe, os gagos, que querem se expressar livremente, os surdos, que sabem dar ouvidos ao próximo de mãos abertas, os cadeirantes, que voam nas quadras e flutuam nas piscinas, os afásicos, que emitem grunhidos de amor e alegria. Se é bom ser diferente, penso que é melhor ainda conviver com os diferentes”.
Questionados sobre se o fato de Paula ser fisioterapeuta despertar nela uma cobrança por não conseguir uma evolução maior no quadro clínico das crianças, eles relevam a tese. “Ser fisioterapeuta facilita algumas percepções e intervenções. Ser mãe propicia a busca do bem-estar e da aceitação de algumas limitações”, sintetiza Paula. “Como filósofo de formação e professor de Filosofia no ensino médio, sempre me questionava se poderia ser um bom pai, presente e colaborativo. Algumas frases, ainda hoje, pacificam minha mente, como por exemplo: ‘Tudo, não dá’; ‘Amanhã é outro dia’; ‘Só por hoje’; ‘Deus acima de tudo’; ‘Vai dar tudo certo’; ‘Se não souber, invento’; ‘Tem melhor e tem pior, mas igual não’; ‘Sempre acima e adiante’”, diz Ricardo.
“Nunca nos adaptamos, completamente, a nada, pois nossos filhos estão sempre nos surpreendendo. Descansamos ‘carregando pedras’, como se diz, fazendo portõezinhos, cerquinhas, inventando brinquedos, adaptando, tentando outra vez, desistindo, momentaneamente”/Ricardo Vieira
ROTINA MOVIMENTADA
A rotina de uma família atípica como a deles é, no mínimo, bem movimentada. “Nunca nos adaptamos, completamente, a nada, pois nossos filhos estão sempre nos surpreendendo. Descansamos ‘carregando pedras’, como se diz, fazendo portõezinhos, cerquinhas, inventando brinquedos, adaptando, tentando outra vez, desistindo, momentaneamente. Todos compartilham do nosso carinho, da nossa atenção, mas também dos nossos desgastes e irritações. Somos uma família normal, nesse sentido. Há diferenças insuperáveis por ora, como a rotina rígida dos horários de alimentação e higiene, as intolerâncias do Didi consigo mesmo e com a vida, o que nos impede de viajar, por exemplo. Mas nada tão diferente assim. Nossos amigos têm filhos que ‘chilicam’ quando atrasam para ir ao shopping ou não podem comprar ‘aquele celular’”, compara o pai dos meninos.
Ele ressalta que, apesar de filósofo, optou por seguir a carreira de escrevente técnico-judiciário, no TJSP, em vez de ser professor. “Isso para me tornar um provedor estável, com tempo hábil para curtir a família. Paula deixou seu trabalho como equoterapeuta para se preservar mais, com o objetivo de ter tempo livre e melhores condições de estar e conviver com os nossos filhos. As tardes da semana são somente dela; as manhãs, as noites e os finais de semana são nossos. Desde o início combinamos fazer de tudo: trocar fraldas, dar banho, preparar os remédios, dar comida. Assim, nosso lar não desmorona quando um de nós não está em casa.”
O casal destaca que o espiritismo é um suporte emocional importante para ambos. “É uma doutrina consoladora, nos inspirou a adotar e nos fortalece no dia a dia”, diz Paula. “Este é o nosso meio; há muitas veredas no universo. Gosto de pensar que um dia, numa vida futura, todos nós nos reencontraremos melhores, mais eficientes perante a vida e suas leis universais. Sem dúvida, estaremos mais próximos de Deus. Então, saberemos e sentiremos melhor o que significa esse amor que, hoje, nos une, nos perpassa e nos dá forças. Para mim, nossos filhos são os pequeninos de quem Jesus falou. Por isso, colocamos o nome de Lar Pequeninos de Jesus em nossa casa”, explica Ricardo.
Mesmo quando atravessa momentos de dificuldades – que contam com a grande colaboração da ajudante Luciana –, o casal jamais se arrepende da iniciativa: “Eu acredito que é comum os pais terem momentos difíceis com os filhos. Acho até que muitos, no auge da crise, pensam: ‘por que eu fui ter filhos?’. Na verdade, creio que nós, pais, somos bem amparados para superar as dificuldades”. Ricardo reconhece que sente muito por suas “quedas morais”, como ele define. “Mas nunca desisto. A capacidade de reação é muito importante e, na maioria das vezes, basta um pedido de perdão e o sincero desejo de recomeçar.” Ambos já pensaram em criar uma espécie de abrigo para meninos e meninas com deficiência. “Antes de concretizar o sonho de sermos pais, pensamos em fundar uma entidade de acolhimento a crianças especiais órfãs. Porém, nossos filhos foram chegando e percebemos que adotar seis ou sete crianças descaracterizaria a família. Enfim, não conseguiríamos dar a atenção individual para cada uma delas e, por isso, resolvemos parar no quinto filho”, diz Paula.
“Recebemos inúmeras doações: fraldas, plano de saúde, leite, verduras, roupas, cesta básica, brinquedos, dinheiro, mudinhas de flor, abraços, encorajamentos, preces, elogios, carinhos, amor, oportunidades de ajudar outras crianças especiais de famílias muito mais necessitadas do que a nossa” /Ricardo Vieira
A questão financeira é importante, afinal, filhos proporcionam um gasto bem alto. Ainda mais crianças com deficiência, que, na maioria dos casos, precisam de cuidados específicos que geram muitas despesas. “Temos casa própria, dois carros (um bem novo e outro meio velhinho). Nunca gastamos mais do que recebemos. Não fazemos empréstimos, não ostentamos e não esbanjamos. Usamos o lema ‘primeiro as primeiras coisas’. Nunca faltou nada, mas também nunca sobrou muito. Recebemos inúmeras doações: fraldas, plano de saúde, leite, verduras, roupas, cesta básica, brinquedos, dinheiro, mudinhas de flor, abraços, encorajamentos, preces, elogios, carinhos, amor, oportunidades de ajudar outras crianças especiais de famílias muito mais necessitadas do que a nossa”, revela Ricardo. Ele continua: “Para se ter uma ideia, no último mês de maio investimos mil reais em placas e tapetes de EVA para proteger o Didi das ‘paredes autistas’ e do ‘chão lesivo’, que teimavam em bater na sua testa. Graças a Deus, não afetou o orçamento, pela gestão segura do nosso patrimônio e por esses pequenos e constantes gestos de fraternidade, que nos envolvem desde sempre”.
Paula e Ricardo, em épocas passadas, desenvolveram trabalhos sociais como família de apoio, abrigando crianças de forma temporária. “Tentamos visitar o Chico Xavier, em Uberaba (MG), para confirmar o rumo das nossas ideias. Lá chegando, soubemos que, devido a sua idade e seu estado de saúde, o generoso médium não poderia nos receber. Ainda assim, pudemos vê-lo e lhe dar um beijo inesquecível. Para não perder a viagem, conversamos com outro médium ali residente, igualmente de nossa confiança, o Carlos Baccelli. Ele nos disse uma frase marcante: ‘Primeiro, as crianças!’. Como não sabíamos, exatamente, o que era isso, intensificamos o apoio à Apae de Dourado, engrossamos a fileira da evangelização infantil na casa espírita que frequentávamos e, como eu era conselheiro tutelar, nos aproximamos das assistentes sociais do fórum de nossa comarca (esse é o caminho). Nesse período, nos tornamos família de apoio. O curioso é que acolhemos, provisoriamente, oito crianças e, ao mesmo tempo, adotamos alguns dos nossos filhos. Quando estes nos reclamaram mais atenção, deixamos de ser ‘família substituta’”, explica Ricardo.
Ano XIII - Edição 85 - Novembro/Dezembro 2014
http://revistasentidos.uol.com.br/incl…/…/artigo326291-1.asp