http://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/porto-rico-nega-direito-de-adocao-a-casais-gays-apos-marcha-com-200-mil-pessoas,1c64a1c91fafc310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html
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• atualizado às 01h40
O
Tribunal Supremo de Porto Rico divulgou nesta quarta-feira uma sentença
que reafirma a proibição a casais homossexuais de adotarem crianças na
ilha. A votação ocorreu após uma marcha contra direitos gays que reuniu
mais de 200 mil pessoas na capital San Juan na última segunda-feira. As
informações são do jornal El Vocero.
A votação foi encerrada com o placar de 5 a 4. O assunto
virou tema de debate no país por conta do caso de uma mulher que
pretende adotar a filha que sua companheira teve por um processo de
fertilização in vitro. A lei apenas permite adoções de casais formados
por um homem e uma mulher.
Na segunda-feira, mais de 200 mil pessoas, a maioria
integrante de grupos ligados a entidades cristãs, se reuniram na frente
do Congresso de San Jaun e impediram o tráfego de carros para protestar
contra a extensão de direitos de casais heterossexuais para os
homossexuais.
Além do caso da adoção, foi criticado na manifestação o
projeto de revisão da lei que protege casais gays contra a violência
doméstica. Atualmente, uma pessoa que se relaciona com outra de mesmo
sexo não tem o direito de reclamar na Justiça caso seja agredida pelo
parceiro.
"Nos preocupamos que essas leis sejam criadas para
discriminar valores da Igreja. Nos preocupamos que as escolas públicas
mudem nossas crianças e ensinem comportamentos que os pais não acham
corretos. Nossa marcha mostra ao governo que eles não podem mudar
questões de casamento e família", declarou o pastor Cesar Vazquez Muñiz,
porta-voz do grupo "Porto Rico para Famílias".
"Nós escolhemos nossos políticos para fazerem outras
coisas mais importantes, como melhorar a economia, diminuir a
criminalidade ou solucionar problemas de saúde. Não para mudar algo
fundamental como casamento, que deve ser entre um homem e uma mulher,
ou uma família, que deve sempre nascer dessa relação", completou
Vazquez.
Pedro Julio Serrano, ativista de direitos humanos, disse
considerar a marcha "cheia de ódio e intolerância". Em novembro do
último ano, Porto Rico, um departamento ultramarino dos Estados Unidos,
decidiu em referendo se tornar o 51º Estado americano. O protesto com
mais de 200 mil pessoas já é considerado o maior da história americana
sobre sexualidade.
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