sábado, 23 de fevereiro de 2013

Turquia quer repatriar crianças criadas por homossexuais no exterior

19/02/2013:



Comissão de direitos humanos criticou o fato de crianças de origem turca terem sido adotadas por casais não muçulmanos ou homossexuais.



O governo da Turquia iniciou uma campanha para repatriar crianças nascidas no país e que são criadas em países europeus, especialmente se forem por casais que não sejam muçulmanos e homossexuais.



Na semana passada, a comissão de Direitos Humanos do Parlamento criticou o fato de mais de cinco mil crianças de origem turca serem criadas por famílias "cristãs" na Europa, e informou que tinha detectado três casos nos quais essas famílias eram de casais homossexuais.



O caso mais emblemático é o de um menino que, após sua mãe turca perder sua custódia, foi entregue aos cuidados de um casal de lésbicas na Holanda.



"Não queremos que entreguem as crianças de famílias turcas a famílias homossexuais, de lésbicas, mas eles (em referência às autoridades europeias) não mostram respeito às sensibilidades de nossos cidadãos", afirmou nesta segunda-feira o vice-primeiro-ministro da Turquia, Bekir Bozdag em entrevista à rede pública de televisão "TRT”.



O político declarou que tinha pedido a abertura de contatos com o governo holandês para iniciar um possível processo de repatriação do garoto, identificado como Yunus. Ele atualmente tem 9 anos e foi amparado pelo casal quando era bebê.



Segundo o jornal turco "Hürriyet", a mãe do menino, Nurgül Azeroglu, que tinha emigrado para a Holanda, perdeu no país europeu a guarda de seus três filhos em 2004, quando Yunus tinha apenas seis meses.



A decisão das autoridades holandesas de retirar da mulher a custódia dos filhos se deve a suspeitas de maus-tratos que começaram após Yunus ser visto com sérios ferimentos que, segundo a mãe, foram causados por uma queda do berço.



Fontes da família explicaram ao jornal turco que um recurso contra a retirada da guarda foi rejeitado porque a mãe não falava holandês. Mais tarde, porém, os dois irmãos mais velhos de Yunus voltaram a viver com seus pais.



Bozdag afirmou que o governo turco dará apoio legal à mãe e à família, atendendo aos direitos dos cidadãos do país residentes no exterior.



Opera Mundi http://www.athosgls.com.br/noticias_visualiza.php?contcod=34277

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