quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A adoção de Aisha foi ilegal

Mesmo sabendo que Berna agiu motivada por amor, Zezé Polessa não tira a culpa de sua personagem Diário de S. Paulo

Divulgação Berna não tinha ideia de que estava se metendo com a máfia do tráfico humano Berna não tinha ideia de que estava se metendo com a máfia do tráfico humano

Ainda nesta semana, o público verá as cenas de “Salve Jorge” que confirmam: a adoção de Aisha (Dani Moreno) não foi legal. Berna (Zezé Polessa) comprou a menina ainda bebê das mãos de Wanda (Totia Meireles), que se apresentara a ela como Adalgisa, uma suposta assistente social do Brasil.

Mas Zezé, intérprete da matriarca turca, conta que sua personagem não tinha ideia de que estava se metendo com a máfia do tráfico humano.

“Berna foi enganada”,  afirma Zezé. “Ela achava que estava adotando Aisha por meios legais. Quando Berna veio ao Brasil pegar a criança, Adalgisa disse que estava tudo certo, mas que ainda demoraria uns seis meses. A menos que ela pagasse um despachante para colocar seu processo na frente. Berna deu o dinheiro para isso, não para comprar Aisha.”

Mesmo assim, Zezé diz que houve um momento em que a situação ficou clara e a turca poderia ter interrompido o processo: “Foi quando ela pegou o bebê com Adalgisa, num quarto de hotel, de madrugada. Aí sim Berna viu que não era algo legal, mas fechou os olhos. Adalgisa disse que a criança iria para a rua se não fosse adotada. Então, ela achava que estava fazendo um bem”.

Perdão merecido/Mãe de João, de 30 anos, a atriz não concorda com a atitude de sua personagem e assegura que, mesmo sem saber de toda a verdade, Berna tem parcela de culpa nesse drama: “Não justifica ela dizer que queria muito ser mãe, que deu amor, criou, educou. Aisha deu sorte de ter uma família legal, poderia ter caído na mão de gente mal-intencionada. Não se pode adotar dessa maneira, tem de ser pelas vias legais, para proteger a criança”, diz a atriz.

Para Zezé, se Berna tivesse optado por adotar legalmente em seu país, não teria problemas, já que ela e Mustafá (Antonio Calloni) são pessoas idôneas, com boa situação. “Talvez demorasse uns anos. Mas a pressa dela em substituir o filho morto era grande. Uma boa terapia teria feito bem a ela”, opina a atriz, que acredita na redenção da turca: “Berna merece o perdão da família”.

http://diariosp.com.br/noticia/detalhe/39372/A+adocao+de+Aisha+foi+ilegal+

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