quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Site ajudará na localização de envolvidos no tráfico internacional de bebês

Para aproximar mães e filhos09/08/2012 | 09h39


Na página Órfãos do Brasil, o internauta encontra as ferramentas para fazer a sua procura

Site ajudará na localização de envolvidos no tráfico internacional de bebês Julio Cavalheiro/Agencia RBS
Grupo de 12 órfãos brasileiros se encontrou em Yafo, cidade velha de Tel Aviv Foto: Julio Cavalheiro / Agencia RBS
O diario.com.br lança nesta quinta-feira uma ferramenta para auxiliar no reencontro de mães e filhos separados pelo tráfico de bebês, que ocorreu no na década de 1980, no Brasil. A seção Procura- se já tem o perfil de oito pessoas que, vendidas para famílias israelenses, esperam conhecer suas mães biológicas brasileiras.

A seção foi criada depois que a primeira de uma série de reportagens intitulada Órfãos do Brasil foi publicada no Diário Catarinense, no último domingo. A repórter Mônica Foltran começou a receber várias ligações de mães que disseram ter vendido seus filhos para a operação criminosa que operava na época e que expressaram o desejo de recuperar o contato. A ideia da página é divulgar a procura das mães e de seus filhos.

Como a reportagem apurou a realidade dos catarinenses vendidos para famílias de Israel, a página também está disponível nos idiomas hebraico e inglês. O editor- chefe Digital do DC, Marcelo Fleury, afirma que o Procura- se deverá ser divulgado também em Israel, começando pelo grupo de filhos que buscam pelas suas famílias biológicas em outros países.

Para conhecer ou participar da iniciativa, basta acessar o diario.com.br. Na editoria de Geral, entrar no site Órfãos do Brasil. O Procura- se vai estar visível logo no topo da página. A seção também dará os contatos, no DC, para quem quiser expor a sua procura.

No último domingo, o Diário Catarinense deu início a uma série de reportagens que, 25 anos depois do tráfico de bebês no Brasil, mostra como estão os filhos brasileiros vendidos para famílias israelenses. A repórter Mônica Foltran e o fotógrafo Julio Cavalheiro foram até Israel e perceberam, nos agora adultos, com idades entre 25 e 28 anos, uma profunda crise de identidade e vontade de conhecer suas famílias biológicas.

Quadrilhas formadas por advogados, juízes, médicos, entre outros profissionais, conseguiam de US$ 10 mil a US$ 40 mil pela venda de um bebê no exterior. De 1985 a 1988, a operação comercializou um volume estimado de 12 mil crianças, a maioria delas catarinenses e paranaenses.

::: Conheça 12 jovens brasileiros vendidos para famílias de Israel na década de 1980

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