Edição de 30/10/2012 - Trânsito
Letícia Mendes
leticia.mendes@gaz.com.br
As mortes de Graciela e Bruno provocaram comoção no município de Candelária. A dona de casa era conhecida na cidade por sua dedicação às filhas Beatriz e Luiza, de 18 anos. Ainda bebês, as gêmeas foram adotadas pela candelariense. Em maio deste ano, o jornal Folha de Candelária contou a trajetória de vida de Graciela, em uma promoção do Dia das Mães.
Na época, a dona de casa declarou seu amor pelas duas meninas. “A Luiza e a Beatriz vieram para nos alegrar. Eu e minha mãe sentíamos muito a falta do meu pai e tudo se encaixou na hora certa. Muitas foram as dificuldades, sim, mas tudo foi superado com muito amor”, afirmou.
Aos 25 anos, mesmo solteira, Graciela decidiu lutar pela adoção de uma criança – um desejo que tinha desde a adolescência. Na época, ela cursava Direito e por isso enfrentou a resistência do pai, que não queria que adotasse uma criança antes de terminar seus estudos. Porém, logo após a morte do pai, no mesmo ano, a jovem foi surpreendida ao saber que ela própria tinha sido adotada. A descoberta, para ela, foi uma explicação para a sua vontade de ser mãe adotiva, algo que nunca tinha compreendido.
Em 1994, a dona de casa soube que duas meninas gêmeas aguardavam por adoção em Sobradinho. Assim que soube da notícia, ela entrou em contato com o Fórum da cidade. Foi dessa forma que Beatriz e Luiza entraram na vida da candelariense. Ela desistiu dos estudos para se dedicar à criação das filhas. Nos últimos tempos, Graciela sonhava em ter a sua casa cheia de netos.
A dona de casa é lembrada pelos familiares como uma mulher alegre, guerreira, batalhadora e dedicada às filhas. Na carta enviada à redação da Folha de Candelária em maio, as filhas descreveram a mãe da seguinte forma: “Deus sabia mãe que você era o anjo na medida exata para fazer a nossa felicidade”.
http://www.gaz.com.br/gazetadosul/noticia/375936-graciela_era_conhecida_por_adocoes.html
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