Publicado em 03/11/2012
Por MGTV TV Integração
de São João del Rei
Mais de 50 crianças estão à espera de pais adotivos em São João del-Rei. Em todo o país, a lentidão no processo e o perfil escolhido são os motivos para a queda no número de ações para adoção.
De acordo com dados do Cadastro Nacional de Adoção, o número de famílias dispostas a adotar é cinco vezes maior do que o número de crianças que atualmente aguardam por novos pais.
Uma das causas pode estar na lentidão do processo, que pode durar, em média, de seis meses a dois anos. Segundo a juíza da Vara da Infância e da Juventude Maria Fátima Santos Dolabela, o procedimento não é simples, o que pode acabar afastando possíveis pretendentes. Além disso, ela aponta que 'a imagem que elas trazem do filho ideal nem sempre permite que elas abram os olhos para crianças que podem ser adotadas com idades acima de cinco anos, seis anos'.
O resultado é uma queda no número de ações de adoção. Na comarca de São João del-Rei foram 26 em 2010, 24 em 2011 e, neste ano, até o momento, 17. Outra dificuldade pode estar relacionada ao perfil de crianças e adolescentes que a maioria dos pais adotivos procuram: geralmente crianças brancas, sem algum tipo de doença e ainda bebês.
Segundo a fundadora do grupo Maria Fumaça, Raquel Prudente, também falta informação aos futuros pais. O grupo voluntário dá suporte aos interessados em adotar uma criança, e desenvolve um trabalho com foco na reinserção familiar, principalmente de grupos de irmãos e adolescentes. Ela mesma fez isso há três anos, quando adotou uma menina.
Foi o que também fez o eletricista Ailton José Paiva quando possuía dez anos de casado. Mesmo com um tratamento específico, a mulher dele não conseguia engravidar. Foi aí que surgiu a ideia de adotar uma criança. Eles encontraram Ana Lara, então com um dia de vida.
Nem toda história tem um desfecho como esse. Atualmente, 55 crianças e adolescentes aguardam para serem adotados na cidade. Muitas delas estão na Casa Lar, um dos dois locais na cidade que acolhem crianças e jovens com problemas na família, encaminhados pela Vara da Infância e Juventude.
Segundo a gestora da Casa, Carolina Santos, a ideia é que as crianças fiquem o menor tempo possível no local. Segundo ela, a presença de uma família é importante no desenvolvimento delas.
http://megaminas.globo.com/2012/11/03/lentidao-contribui-para-queda-no-numero-de-adocoes-diz-juiza-de-sao-joao-del-rei-mg
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