Recebi algumas reclamações de amigos queridos para que eu escrevesse mais. Na realidade este blog não tem o objetivo de trazer mensagens minhas, até porque não teria tempo hábil para isso, aliás, quem me dera ter esse tempo.
O objetivo é trazer notícias acerca do instituto da adoção no Brasil e no mundo.
Estou tentando manter a página atualizada e trazer informações relevantes, até mesmo as que são negativas, pois, precisamos conhecer todos os lados.
Hoje buscarei tratar da paternidade com cerne no exercício da parentalidade responsável.
Por centenas, ou milhares de anos, o homem foi mais provedor que pai, pois, o exercício da parentalidade cabia à mulher - a dona da casa, a responsável pela educação dos filhos. Com o advento da contemporaneidade, da liberdade feminina, da igualdade de direitos, da revolução sexual, das técnicas de fertilização in vitro, dentre tantas outras mudanças que afetaram as estruturas familiares, as novas famílias e os papeis do homem e da mulher foram gradualmente se alterando. Hoje a mulher pode ser a provedora e o homem o dono da casa. O homem sozinho pode ser pai, dois homens podem ser pais de uma mesma criança, assim como duas mulheres podem ser mães de uma mesma prole.
Ainda existem diferenças, até por ser diferente o homem da mulher, mas a igualdade com relação ao exercício do poder familiar existe. A responsabilidade para com a prole é exatamente a mesma.
O poder familiar, anteriormente denominado pátrio poder em função do papel do homem na entidade familiar, no direito brasileiro, traduz-se num conjunto de responsabilidades e direitos que envolvem a relação entre pais e filhos. Essencialmente são os deveres de assistência, auxílio e respeito mútuo, e mantêm-se até aos filhos atingirem a maioridade, que pode ser adquirida de várias maneiras e muda conforme a legislação de cada país. Encontra-se definido no Código Civil Brasileiro.
O poder familiar é exercido exatamente da mesma forma por ambos os pais, enquanto o filho não completar 18 anos ou for emancipado. Mesmo no caso de divórcio, os pais mantêm o poder familiar sobre a prole, sendo necessário decidir sobre a guarda da criança/adolescente, hoje notadamente utilizada a guarda compartilhada.
Mais um grande passo para a obtenção dessa igualdade foi dado com a aprovação do Projeto de Lei do Senado n. 752/201, já referido aqui neste blog com a transcrição de matérias sobre o assunto, por conceder a licença paternidade nos moldes da licença maternidade, beneficiando, assim, os homens solteiros que adotam crianças.
Entendo, contudo, ser necessário adequar a nomenclatura para Licença Natalidade, tal qual proposto pelo Estatuto da Diversidade Sexual (vide direitohomoafetivo.com.br).
O exercício do poder familiar deve inferir o direito à licença natalidade para homem e mulheres sozinhos que exerçam a parentalidade, ou para um dos cônjuges em casamentos heteroafetivos ou homoafetivos, sejam filhos biológicos, gerados por FIT ou adotados. Antes de ser um direito do adulto e a preservação do direito da criança e do adolescente a ter o pai ou a mãe junto durante o período inicial de sua chegada, pois, é o momento da criação dos vínculos afetivos e de afinidade, onde a criança precisa ser paternada e/ou maternada. Fase indispensável à concepção de família.
Ser pai sozinho é uma linda missão. Pode ser árdua, não nego, mas, com certeza, é absolutamente gratificante.
Os homens que optaram por ser solteiros não estão impedidos de ser pai, ao contrário já que agora contam com o incentivo da licença nos moldes da licença maternidade.
Finalizo desejando a todos os pais um dia maravilhoso e aos que ainda não são pais que pensem nessa possibilidade, pois, temos milhares de crianças esperando a oportunidade de ter um pai para chamar de seu. Comemoremos o dia dos pais com mais um avanço legislativo.
Abraços carinhosos a todos os pais de alma, biológicos ou simplesmente pais.
Silvana do Monte Moreira
O QUE É SER PAI?
Ser Pai...
Não é Apenas,
Dar seu DNA para alguém.
É algo bem mais profundo.
É amar, proteger, educar.
Dar a vida, e viver.
Pensando apenas no filho.
Para vê-lo, um dia, crescer.
Ser Pai...
É um presente divino.
Que nós homens, de Deus, ganhamos.
É ser exemplo para o filho.
Ser herói para quem nós amamos.
Ser meigo, carinhoso, dedicado,
Às vezes, substituto da mãe.
Chamado pelos filhos de pãe.
Quando cria, os filhos, sozinho.
São eles verdadeiras mães.
Ser Pai...
É ser especialmente por amor.
Mesmo que o filho não seja seu.
Pois pai verdadeiro não é o que gera.
É aquele que aceita o filho como seu
Que ama, educa, ensina a criança.
Dando-lhes uma família, um nome, um lar.
Para aquele que os pais biológicos
Irresponsavelmente decidiram abandonar.
Ser pai por amor é ser pai duas vezes.
É a felicidade do filho, de presente, ganhar.
Ser Pai...
Para mim é muito difícil.
Falar para vocês o que é SER PAI.
Pois sei que não fui um bom filho,
Sempre tive o amor do meu pai,
Recebi dele muito amor, proteção,
Ensinou-me como a vida enfrentar
Mas naqueles anos dourados,
Para mim, era difícil, escutar.
Ser Pai...
Passei anos, de meu pai, afastado,
Mesmo estando com ele morando.
Até o dia em que pai, eu me tornei.
Consegui seus ensinamentos entender.
E para junto do meu pai, retornei.
Hoje eu sei o que é ser um pai.
Neto e Nierlly me fizeram aprender
Hoje agradeço a Deus todos os dias.
Pelos meus filhos, minha razão de viver.
Ser Pai...
É saber que os filhos são a prova do amor
Que nos foi dado como grande presente
Poder ver crescer, educar, ensinar.
Ver adulto, honesto, já independente.
Hoje são os filhos que estão me ensinando.
Como eu devo agora viver.
Hoje eles estão me preparando.
Quem sabe, para avo, um dia eu ser.
É com esta mensagem de muito amor
Que neste dia dos pais eu quero deixar.
O maior presente que desejo
Dos meus filhos, neste dia, ganhar.
É a certeza que mesmo adultos.
Os meus filhos continuam a me amar.
Poeta Cypriano Maribondo em 07/08/2010 – cmgtpoeta@yahoo.com.br
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