Rayder Bragon
Do UOL, em Belo Horizonte
Do UOL, em Belo Horizonte
Um casal de lavradores foi preso acusado de torturar a chibatadas três
crianças, com idades de três, quatro e seis anos, na cidade de Santa
Bárbara do Leste (365 km de Belo Horizonte), sob alegação de que elas
faziam xixi na cama e eram desobedientes. O corpo da criança mais velha
foi encontrado nesta segunda-feira (30) às margens da BR-116 com marcas
de chicotadas.
Segundo a Polícia Civil, as agressões feitas contra os menores eram recorrentes e podem ter causado a morte do menino mais velho. Os três são filhos apenas da mulher, que se relacionava com o companheiro havia um mês. O corpo da vítima passou por necropsia, mas o resultado ainda não foi divulgado.
Conforme relato do delegado Luiz Eduardo Moura Gomes, da cidade de
Caratinga (315 km de Belo Horizonte), as agressões teriam sido feitas em
razão de os meninos fazerem xixi e cocô na cama, o que irritaria o
casal.
O responsável pelo inquérito disse que inicialmente os suspeitos chamaram parentes do pai das crianças, já falecido, para relatar a eles que o menino mais velho havia fugido de casa durante o fim de semana. Essa atitude, conforme o policial, foi uma maneira de tentar encobrir a causa da morte da criança.
Desconfiada da ausência dos demais sobrinhos, uma tia invadiu a casa e localizou as crianças deitadas na cama embaixo de cobertas. Os parentes do pai biológico acionaram a Polícia Militar.
"Ela [tia] tirou as cobertas e se espantou com os vários ferimentos que as crianças apresentavam. Uma tinha queimadura feita por óleo quente na face. Elas tinham muitas marcas de chicotadas pelo corpo inteiro", contou o delegado. "As nádegas não tinham mais pele."
As duas crianças mais novas foram levadas para um hospital de Caratinga e estão internadas em observação. "O casal sabia o que estava fazendo, sabia o que causava nas crianças e sabia que o menino estava morto. Ele, inclusive apresentava as mesmas lesões encontradas nos irmãos", afirmou.
"No entanto, eles confessaram posteriormente. Disseram que batiam nas crianças porque elas urinavam e defecavam na cama, não os respeitavam e ainda deixavam a porta da geladeira aberta, estragando a comida. O chicote ficava do lado da geladeira", contou.
Ainda conforme o delegado, uma filha do suspeito, de 11 anos de idade, também morava com a família, mas não apresentava nenhuma lesão. Segundo ele, a prisão em flagrante do casal foi convertida em preventiva pela Justiça.
Conforme o policial, as penas podem chegar a 40 anos de reclusão caso eles sejam condenados. O UOL não conseguiu contato com o advogado de defesa dos acusados.
Segundo a Polícia Civil, as agressões feitas contra os menores eram recorrentes e podem ter causado a morte do menino mais velho. Os três são filhos apenas da mulher, que se relacionava com o companheiro havia um mês. O corpo da vítima passou por necropsia, mas o resultado ainda não foi divulgado.
Ampliar
O
menino boliviano Brayan Yanarico Capcha, 5, foi morto com um tiro na
cabeça no dia 28 de junho de 2013 durante um assalto a uma residência,
na região de São Mateus, zona leste de São Paulo. Segundo a polícia,
seis homens armados invadiram a casa no bairro de Jardim Conquista,
anunciaram o assalto e fizeram uma família de bolivianos refém. Após
levarem R$ 4.500, um dos criminosos, insatisfeito com o valor da
quantia, atirou contra o garoto, que chorava e pedia para não ser morto Leia mais Reprodução/ SBT
O responsável pelo inquérito disse que inicialmente os suspeitos chamaram parentes do pai das crianças, já falecido, para relatar a eles que o menino mais velho havia fugido de casa durante o fim de semana. Essa atitude, conforme o policial, foi uma maneira de tentar encobrir a causa da morte da criança.
Desconfiada da ausência dos demais sobrinhos, uma tia invadiu a casa e localizou as crianças deitadas na cama embaixo de cobertas. Os parentes do pai biológico acionaram a Polícia Militar.
"Ela [tia] tirou as cobertas e se espantou com os vários ferimentos que as crianças apresentavam. Uma tinha queimadura feita por óleo quente na face. Elas tinham muitas marcas de chicotadas pelo corpo inteiro", contou o delegado. "As nádegas não tinham mais pele."
As duas crianças mais novas foram levadas para um hospital de Caratinga e estão internadas em observação. "O casal sabia o que estava fazendo, sabia o que causava nas crianças e sabia que o menino estava morto. Ele, inclusive apresentava as mesmas lesões encontradas nos irmãos", afirmou.
Xixi e cocô na cama
Segundo o delegado, em um primeiro momento, o homem e a mulher não assumiram a autoria do crime, mas depois teriam confessado. "Os vizinhos disseram que nunca tinham visto nada de anormal. E a primeira versão apresentada pelo casal foi que as crianças caíram de uma pedra. Em relação à queimadura, disseram que o menino tinha puxado uma panela do fogão contendo óleo", declarou o delegado."No entanto, eles confessaram posteriormente. Disseram que batiam nas crianças porque elas urinavam e defecavam na cama, não os respeitavam e ainda deixavam a porta da geladeira aberta, estragando a comida. O chicote ficava do lado da geladeira", contou.
Ainda conforme o delegado, uma filha do suspeito, de 11 anos de idade, também morava com a família, mas não apresentava nenhuma lesão. Segundo ele, a prisão em flagrante do casal foi convertida em preventiva pela Justiça.
Crimes
O delegado disse que o inquérito sobre o caso será concluído em dez dias, mas adiantou que os suspeitos serão indiciados pelos crimes de tortura, agravada por ter sido contra crianças, em relação aos dois menores sobreviventes, e pelo crime de tortura seguida de morte no tocante ao menino de seis anos que morreu.Conforme o policial, as penas podem chegar a 40 anos de reclusão caso eles sejam condenados. O UOL não conseguiu contato com o advogado de defesa dos acusados.
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