01/12/2014
Por Fernanda da Costa
Já o Judiciário entende que ação pode influenciar casais a adotarem filhos fora do perfil desejado sem um preparo necessário
Para que a adoção de soropositivos deixe de ser exceção no país, o
Instituto Amigos de Lucas luta para que os candidatos a pais possam
visitar os abrigos. Conforme a presidente da organização, Maria Rosi
Marx Prigol, a medida é permitida em algumas comarcas e pode contribuir
para que crianças com HIV recebam um lar adotivo.
— Ver os abrigados pode fazer os pais mudarem o perfil de “criança desejada” para a “criança real”. Falta sensibilidade do Judiciário — informa Rosi.
A juíza substituta do 2° Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre, Vera Lúcia Deboni, discorda da presidente da ONG. Magistrada com atuação na área da infância desde 1995, Vera relata que a visita desses casais em abrigos pode induzir à adoção de filhos fora do perfil desejado sem um preparo necessário. A ação, conforme a juíza, pode refletir na devolução de crianças, que gira em torno dos 10% atualmente.
— Tenho convicção que não podemos tratar essas crianças como se elas estivessem em “oferta” para a adoção. Não são adultos em busca de filhos, são crianças em busca de pais — afirma Vera.
Autorizar a visitação em abrigos de casais habilitados à adoção seria inverter essa lógica, conforme a magistrada. Vera concorda que a adoção de soropositivos é exceção no país, mas relata que o caminho para mudar o quadro é o investimento em campanhas de conscientização sobre o HIV.
http://zh.clicrbs.com.br/…/visitas-em-abrigos-podem-incenti…
— Ver os abrigados pode fazer os pais mudarem o perfil de “criança desejada” para a “criança real”. Falta sensibilidade do Judiciário — informa Rosi.
A juíza substituta do 2° Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre, Vera Lúcia Deboni, discorda da presidente da ONG. Magistrada com atuação na área da infância desde 1995, Vera relata que a visita desses casais em abrigos pode induzir à adoção de filhos fora do perfil desejado sem um preparo necessário. A ação, conforme a juíza, pode refletir na devolução de crianças, que gira em torno dos 10% atualmente.
— Tenho convicção que não podemos tratar essas crianças como se elas estivessem em “oferta” para a adoção. Não são adultos em busca de filhos, são crianças em busca de pais — afirma Vera.
Autorizar a visitação em abrigos de casais habilitados à adoção seria inverter essa lógica, conforme a magistrada. Vera concorda que a adoção de soropositivos é exceção no país, mas relata que o caminho para mudar o quadro é o investimento em campanhas de conscientização sobre o HIV.
http://zh.clicrbs.com.br/…/visitas-em-abrigos-podem-incenti…
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