06/03/2014
Londrina
Mãe adotiva e coordenadora do Grupo de Apoio Adoção Consciente (Gaaco), Halia Pauliv de Souza se dedica há 18 anos ao tema. O grupo em Curitiba chega a reunir uma média de 30 casais/mês. Nas reuniões, Halia aborda o histórico de vida das crianças e a rotina delas em uma instituição.
"As dificuldades são relatadas pelos pais adotivos. Eles contam que cada criança tem uma reação, como a regressão psicológica, onde ela faz xixi na cama ou pede mamadeira, por exemplo. Ela quer renascer, pertencer aos novos pais. As pessoas que não têm formação, chegam nessa hora, mandam a criança embora. O curso é justamente para prepará-los sobre as dificuldades", reforça.
Para a psicóloga Renata P. Casanova, há uma unanimidade no imaginário dos casais da fila de espera. "Eles pensam que a criança será muito boazinha, que não vai dar trabalho nenhum. Geralmente, o que se espera é que a criança se adapte à rotina do adulto, mas é preciso olhar mais para a criança do que para si mesmo", ressalta.
Renata se dedica voluntariamente ao Gaaco há 15 anos e destaca que o excesso de expectativa e ansiedade podem atrapalhar. "Em muitas situações, os adultos não dão tempo para eles e nem para as crianças se conhecerem de verdade, pois o desejo maior é de levá-las para casa", afirma. Ela ressalta ainda que não se deve "encantar" as crianças somente com presentes e passeios, pois isso muitas vezes dificulta a adaptação às regras da nova casa. (M.O. e V.C.)
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http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--557-20140306
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