27 de março de 2014
Não existe manual de instruções para ensinar a ser pai ou mãe, sejam biológicos ou adotivos. Porém, há pessoas que já viveram e compartilharam suas experiências, e isso faz com que dicas e sugestões se tornem guias preciosos.
OBSERVAR OUTROS PAIS ADOTIVOS
O primeiro passo para quem deseja ser pai ou mãe é observar quem já viveu ou vive essa experiência, a começar por seus próprios familiares. Com certeza, você terá muito o que aprender com os erros e acertos de seus pais, avós e tios.
No caso de adoção de uma criança, seja ela bebê ou não, é preciso redobrar a atenção quanto a busca por informações e experiências de quem já viveu ou vive a mesma situação. Para isso, existem grupos de apoio à adoção espalhados pelo país todo. A ANGAAD - Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção – é um bom veículo de informação, onde se pode encontrar grupos de apoio mais próximos de onde você reside. Buscar a ajuda de grupos de apoio é um passo muito sensato e irá ajudar muito na tomada de decisão, como escolher o perfil da criança que se deseja adotar, além do apoio emocional que é fundamental nesse caso.
ALTRUÍSMO E DEDICAÇÃO
Tornar-se um pai adotivo é um ato que irá exigir muita doação e comprometimento, além de ter que se conscientizar de que essa condição lhe trará muita satisfação, mas não sem uma boa carga de responsabilidade e incertezas.
Além disso, requer disposição para aceitar o outro sem questionar sua origem, seus traumas e dores, mas acolher como seu aquele que se encontra fragilizado, depreciado e muito inseguro diante da situação.
Achar que abrir os braços a uma criança que se encontra em situação de abandono resolverá todos os problemas dela é puro engano. Muitas crianças sequer entendem o que é ter uma família, pois nunca tiveram uma para saber o que perderam ou que estão prestes a ganhar. Em outros casos, o modelo de família de que têm conhecimento é muito diferente do que você pretende oferecer.
Lembre-se de uma coisa muito importante: a adoção é uma via de mão dupla, tanto a criança terá que ser adotada por você e sua família, como vocês terão que ser adotados por ela. Do contrário, ficará uma lacuna entre vocês, e aí vem aquela velha história em que uma família acolhia uma criança, e essa era sempre apresentada como “a criança que foi pega para ser criada”, “meu irmão de criação”, etc.
CONECTAR-SE À CRIANÇA
Para que a adoção seja plena e favoreça a todos, deve ser de maneia pura, ou seja, tornar-se filho e tornar-se pai. Ambos precisam ser adotados com suas histórias de vida, suas dores, seus costumes e desejos. Assim, será possível somar e tirar disso um resultado positivo.
Se você tem o desejo de tornar um pai adotivo, é sinal de que em seu coração já existe a sementinha que pode dar bons frutos. Procure a Vara da Infância e Juventude mais próxima, um grupo de apoio à adoção, converse com pessoas que adotaram, e mesmo que suas histórias sejam negativas, não se deixe abalar, busque sua própria história, valendo-se das experiências e apoio que poderá ter ao abrir e entrar por essa porta.
O conhecimento é que irá confirmar se você está realmente preparado para se comprometer com essa façanha maravilhosa e divina. E após buscar todas as informações e conhecer a realidade desse ato, perceber que é capaz de amar uma criança sem saber de onde vem, o que traz e o que pode ofertar. Amar pelo amor, sem cobranças e expectativas. Então, você é um dos poucos escolhidos para tal missão.
Por: Beth Proença Bonilha, Via Família .com.br
É importante saber sobre a adoção antes da decisão (Foto:Reprodução)
http://www.popmundi.com.br/vidaeestilo/conheca-tres-consideracoes-importantes-antes-de-adotar-uma-crianca/
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