01 de julho de 2014 • 13h43
                                                                          
                                                
                                                
                                                    • atualizado às 13h45
                                                
                                            
                                        
                                    
                                
Irmão de 3 e 4 anos do menino também foram agredidos e estão internados com ferimentos gravíssimos em Minas Gerais
 
 
  João Paulo, 6 anos, foi assassinado a chicotadas e óleo quente pela mãe e pelo padrasto em Santa Bárbara do Leste (MG)
 
 Foto: Divulgação
Um menino de 6 anos foi assassinado a chicotadas e óleo 
quente jogado no corpo em Santa Bárbara do Leste (MG), no Vale do Rio 
Doce. O crime foi cometido pela mãe e pelo padrasto na noite do último 
domingo.
Segundo o delegado Luiz Eduardo Moura Gomes, dois irmãos
 de 3 e 4 anos do menino, chamado João Paulo, também foram brutalmente 
agredidos e estão internados em um hospital de Caratinga, a 23 
quilômetros de Santa Bárbara, com ferimentos gravíssimos. "Nunca vi uma 
coisa dessas. Os meninos foram chicoteados com um chicote e agredidos 
com um cinto. Eles ainda jogaram óleo quente nas três crianças. Quando 
foram encontrados estavam com feridas em carne viva nas nádegas, costas e
 órgãos genitais. Uma barbaridade", contou Gomes.
O delegado informou que os lavradores Josina Concebida 
Moysés, 36 anos, e José Mateus da Silva, 35 anos, estão juntos há apenas
 um mês. O caso foi descoberto depois que eles procuraram ajuda 
de vizinhos e parentes para localizar o menino de 6 anos. “Eles alegaram
 que o menino, o João Paulo, havia fugido de casa. Quando os parentes 
chegaram para ajudar, notaram a falta também dos outros dois meninos 
mais novos. Nessa hora a mãe, a Josina, disse que eles estavam dentro da
 casa dormindo. Uma tia desconfiou e conseguiu entrar no imóvel. Foi 
quando ela encontrou os sobrinhos em uma cama, cobertos e gemendo muito 
de dor e febre. Foi quando a Polícia Militar foi chamada e prendeu o 
casal”, explicou o delegado.
A
 Justiça definirá com quem ficarão os dois meninos que estão internados 
quando eles receberem alta do hospital. O pai biológico das crianças 
morreu, mas os parentes acompanham o caso. "Já João Paulo, a mãe e o 
padrasto disseram que ele havia fugido, mas os investigadores André 
Gouveia e Rodrigo Gonçalves, quero destacar o trabalho deles, 
conseguiram informações que o casal havia saído com esse menino de 
carro. Fizemos o interrogatório e eles confessaram que o menino havia 
morrido durante o espancamento e eles levaram o corpo até a rodovia 
BR-116, onde o abandonaram", contou Gomes.
Ainda segundo o policial, mãe e companheiro “disseram 
que deixaram o corpo às margens da estrada coberto e com uma mochila, 
para simular uma morte no local durante a fuga inventada por eles. "O 
mais absurdo, entre tantos absurdos dessa história, é o motivo. Mãe e 
padrasto alegaram que agrediram as crianças porque eles não os 
respeitavam  e além de pegar coisas na geladeira sem permissão, faziam 
xixi e cocô na cama. Isso provavelmente, a gente supõe, era um trauma 
pelas surras que sofriam constantemente, como informou uma tia”, afirmou
 Luiz Eduardo Moura Gomes. O delegado revelou ainda que o padrasto tem 
uma filha de 11 anos que morava com a família, mas a menina não era 
vítimas de tortura como os meninos e, inclusive, estudava, ao contrário 
das crianças agredidas.
Josina e José Mateus tiveram a prisão preventiva 
decretada pela Justiça e vão aguardar o julgamento presos. Eles vão ser 
indiciados pela Polícia Civil pelos crimes de tortura contra os meninos 
que sobreviveram e de tortura com resultado morte no caso de João Paulo.
 Condenados, podem pegar mais de 30 anos de cadeia.
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 Especial para Terra
 
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