25 DE MAIO: DIA NACIONAL DA ADOÇÃO

Rede de Mobilização Social
23 maio 2013

Por Jefferson Guimarães 

Maio é conhecido por várias comemorações. Além de ser considerado o mês das noivas, tem também o Dia das Mães. No entanto, há uma outra data, bem menos conhecida mas igualmente importante, que merece a lembrança: dia 25 de maio é o Dia Nacional da Adoção.
Essa é uma realidade comum na sociedade brasileira, mas que ainda apresenta dificuldades para se concretizar. Dados do Cadastro Nacional de Adoção, criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), revelam grande desigualdade entre as listas de pretendentes e de candidatos à adoção. Enquanto 26 mil pessoas estão aptas a adotar, o número de crianças e adolescentes que aguardam por um novo lar é de 4 mil. Impossível não perguntar por quê, então, todas essas crianças ainda não foram adotadas. A explicação está nas preferências de quem procura um filho adotivo.
Cerca de 70% dos candidatos a pais só aceitam crianças brancas; 80,7% exigem que elas tenham no máximo três anos de idade (apenas 7% dos candidatos têm essa idade); 86% só aceitam adotar crianças ou adolescentes sozinhos, enquanto boa parte dos jovens têm irmãos.
Os dados mostram que, no Brasil, para adotar uma criança, os interessados priorizam o processo seletivo. Só depois o gesto é tomado como um ato de amor. E não basta a intenção de adotar. As autoridades exigem vasta documentação e comprovação sobre as condições de vida. Tudo é minuciosamente analisado para garantir que o filho adotado tenha conforto, segurança, carinho e atenção.

HISTÓRIA
O Dia Nacional da Adoção foi criado em 1996, durante o I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção. Nesta data, o CNJ celebra também a criação do Cadastro Nacional de Adoção. A ferramenta, criada em 2008, reúne informações sobre crianças e adolescentes que estão aptos a serem adotados e sobre as pessoas que pretendem recebê-las. Juízes, promotores de justiça e outros representantes da infância e juventude do Brasil estão habilitados a consultar o banco de dados. A prática diminui significativamente a burocracia dos processos de adoção no País. E facilita este gesto de amor, acolhimento, partilha e cidadania.
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