terça-feira, 7 de maio de 2013

'Só pensamos em cuidar dela', diz pai adotivo de garota com paralisia cerebral


07/05/2013 - 03h07


IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO
A aposentada Maria Rosa, 59, e o representante jurídico Márcio Mesquita, 56, planejaram seguir à risca a recomendação da psicóloga: contar à Patrícia que ela era adotiva depois dos seus 12 anos.
O aniversário chegou, mas a psicóloga estava de férias. Os pais decidiram esperar. "Queria o acompanhamento de alguém preparado, temia a reação dela", diz a mãe.
Patrícia, então, chamou a mãe para uma conversa: "Mamãe, por favor, sente aqui e me diga a verdade". A menina já sabia havia dois anos, a empregada tinha lhe contado que ela fora adotada.
"Nós estávamos tão nervosos, a Pati nos acalmou, foi um alívio. A cabeça dela é muito boa", conta o pai.
Fabio Braga/Folhapress
Márcio e Maria Rosa Mesquita com a filha Patrícia, 15, em frente ao prédio onde moram, na zona oeste de São Paulo
Márcio e Maria Rosa Mesquita com a filha Patrícia, 15, em frente ao prédio onde moram, na zona oeste de São Paulo
O casal encarou naturalmente a adoção de uma criança com necessidades especiais. Patrícia, 15, tem paralisia cerebral, provavelmente por falta de oxigenação na hora do parto.
Como qualquer mãe, Maria Rosa temia ter um filho com deficiência. "Mas ela tem e eu aceitei numa boa e a amo do mesmo jeito."
Quando foram buscá-la numa maternidade no interior de Santa Catarina, os médicos não souberam explicar direito a gravidade da coisa.
O problema afeta o sistema neuromotor e obriga Pati a usar cadeira de rodas e muletas para se locomover.
"Meses depois, quando tivemos o diagnóstico de paralisia cerebral, só pensamos em cuidar dela", disse o pai.
Pati,15, tem sessões semanais com fisioterapeuta, fonoaudióloga e psicóloga. Frequenta escola regular, está na oitava série e é ótima aluna.
"Não sei se dá mais trabalho que outra criança, não tive outros filhos. Para mim, Pati é tudo", diz a mãe.

Um comentário:

CRISTINA disse...

Olá, meu nome é Cristina, sou do Rio e estou entrando com o processo de adotar uma criança, pela vara de Sta Cruz. Sendo, guando fui tirar as certidões negativas civieis e criminais pela defensoria, eles não aceitaram eu e meu esposo tirar por lá, devido nossa declaração de renda. Liguei para o cartório Almirante Barroso, onde é tirada as certidões, o valor que eles me cobraram é um ABSURDO! Ficou em torno de mil e duzentos reais, sem condição de parcelamento. Eu e meu esposo não temos esse valor para dar no ato. Já liguei para a Vara de Infância, e eles me disseram que o valo a ser pago é esse mesmo. Pelo amor de Deus, onde eu posso encontrar um valor mais em conta? Me ajude por favor! Desde já agradeço.