EM AL, 248 CRIANÇAS E ADOLESCENTES VIVEM EM ENTIDADES DE ACOLHIMENTO
24 de Maio de 2013
Adoção é tema de encontro estadual na Escola Superior da Magistratura.
O 3º Encontro Estadual sobre Adoção, que aconteceu na manhã desta
sexta-feira (24), na Escola Superior da Magistratura (Esmal), no bairro
do Farol, reuniu integrantes do Poder Judiciário, do Ministério Público e
Defensoria Pública, além de gestores e técnicos de políticas para
crianças e adolescentes, conselheiros tutelares, grupos de apoio à
adoção, dirigentes e técnicos de entidades de acolhimento institucional
de todo o Estado.
O evento teve como objetivo ampliar o debate sobre
o tema, em comemoração ao Dia Nacional da Adoção - 25 de maio - em uma
iniciativa da Corregedoria-Geral da Justiça de Alagoas (CGJ-AL), por
meio da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (Cejai), da
Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos,
por meio da Superintendência da Criança e do Adolescente e do Conselho
Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca).
A
abertura do encontro contou com a exibição de um vídeo produzido pela TV
Tribunal, mostrando a experiência de pais adotivos e ainda, o
procedimento a ser seguido por quem deseja adotar uma criança ou
adolescente.
A mesa de trabalhos foi composta pela juíza auxiliar da
CGJ-AL e presidente da Cejai, Fátima Pirauá, que representou o
corregedor Alcides Gusmão, pela secretária da mulher, cidadania e
direitos humanos, Kátia Born, pelo defensor público geral do Estado,
Daniel Alcoforado, pela diretora do Lar de Amparo à Criança para Adoção
(LACA), Margarida Navarro, pela defensora pública da Comarca de Penedo,
Andréa Carla Actonin e o superintendente da criança e adolescente e
presidente do Cedca, Cláudio Soriano.
Na ocasião, Fátima Pirauá
ministrou a palestra “Cenário atual dos Cadastros Nacional e Estadual de
Adoção” e ressaltou que o sujeito de direitos é a criança ou
adolescente que aguarda a adoção. Em sua explanação, a juíza mencionou o
Artigo 227 da Constituição Federal, que diz que "é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem,
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de
colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão".
Fátima Pirauá também
citou o Artigo 19 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), que diz
que "toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no
seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta".
"O
artigo 50 do ECA diz que em cada Comarca a autoridade judiciária manterá
um registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e
outro de pessoas habilitadas para adoção. Mas, para que a criança ou
adolescente faça parte desse cadastro é preciso esgotar todas as
possibilidades no convívio com outros parentes", esclareu a juíza.
Ela destacou a importância do Cadastro Nacional e do cadastro distinto
para adoções internacionais. "Tem que haver a troca de informações entre
os Estados. Por causa do cadastro três irmãos alagoanos serão adotados
por um casal do Rio de Janeiro. No caso da adoção internacional, a
Cejai, que é formada também pelos juízes Ana Florina e Fábio
Bittencourt, analisa criteriosamente os processos. Um avanço é o curso
para adotantes, indispensável para quem desejar se habilitar", informou.
Houve ainda as palestras "Adoção de crianças e adolescentes em situação
de acolhimento institucional”, ministrada por Andréa Carla Actonin;
“Diferentes Adoções – uma nova cultura de acolhimento”, ministrada por
Cláudio Soriano e "Aplicação das medidas de proteção em entidades
acolhimento”, ministrada pela conselheira tutelar do Município de
Limoeiro de Anadia, Dayanira de Almeida.
DADOS
No Brasil existem 29.940 pretendentes habilitados (casais e solteiros) e 5.388 crianças e adolescentes aptos para adoção.
Em Alagoas há 73 habilitados para adoção. Destes, 50 estão em Maceió,
11 em Arapiraca, 10 em Campo Alegre e 2 em Igaci. 25 crianças e
adolescentes, com idade entre 9 e 17 anos, estão aptos. São 22 em
Maceió, 01 em Arapiraca, 01 em Cacimbinhas e 01 em Junqueiro.
45.529 crianças e adolescentes vivem em entidades de acolhimento no país. 248 estão em Alagoas.
ADOÇÕES
De 2004 a 2012 foram feitas 3.161 adoções no Estado. Foram feitas
ainda, 12 adoções internacionais. A útima aconteceu em 2010, feita por
um casal nas Filipinas.
"O desafio é tentar mudar a consciência das
pessoas que desejam adotar, para que elas vejam que existem crianças
fora do perfil procurado, que também precisam de uma família", afirmou
Fátima Pirauá.
Fonte: Ascom CGJ
http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=148854
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