ADOÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES É TEMA DE DEBATE NA CÂMARA
Por Nildo Freitas
23 de maio de 2013
Ascom/Câmara
Na noite desta quinta-feira (23), a Câmara de Vereadores debateu a lei
aprovada pela Câmara e proposta pelo mandato do vereador Professor Cori
(PT) que institui a Semana Municipal de Incentivo à Adoção de Crianças e
Adolescentes, durante a qual deverão ser desenvolvidas atividades e
campanhas de conscientização, sensibilização e informação sobre o tema,
com realização de debates, concursos de redação nas escolas, palestras e
seminários.
Em sua fala, o vereador Professor Cori ressaltou que
são vários os desafios enfrentados no processo de adoção, no trabalho de
conscientização de que toda criança e adolescente tem direito a ser
criado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família
substituta, assegurada a convivência familiar saudável e afetuosa. Para o
parlamentar, a Lei será um instrumento capaz de mobilizar a sociedade a
respeito desta tema e ultrapassar barreiras.
O vereador salientou o
que ele considera uma “cultura nociva”, a da escolha a partir de
características físicas, “reflexo de uma sociedade preconceituosa e
machista, não enxergando a adoção como ato de amor”. Segundo o
professor, pelos relatórios dos processos de adoção, as dificuldades
para adoção aumentam quando a criança ultrapassa a faixa etária de
quatro a cinco anos. “Devemos nos conscientizar de que a adoção não pode
ser um ato de satisfação momentânea do casal. É necessário debater os
equívocos, para avançarmos de forma segura neste processo de suma
importância para os adolescentes que aguardam pela adoção. Que Conquista
seja exemplo de uma cidade com políticas públicas que atendem as
crianças e adolescentes”, salientou.
O procurador municipal Wagner
Dias enalteceu a iniciativa da Lei, que visa conscientizar a sociedade
sobre a importância da adoção por uma família substituta com condições
de oferecer um lar estruturado. Ele destacou ainda que o que deve
nortear a adoção é o amor pelo próximo e não as características físicas
do indivíduo. “Faz parte da sociedade civilmente organizada acolher
aquele que necessita de algo”, afirmou, ressaltando a beleza do ato de
ajudar o próximo.
A representante da Vara da Infância e Juventude,
Ana Paula Mota Gusmão, destacou a sensibilidade do Legislativo em
entender a problemática que envolve a adoção das crianças que nunca saem
da lista de cadastro. Falou da diferença que existe entre os números
das famílias cadastradas e das crianças disponíveis para adoção. “Temos
que ter a consciência que também podemos dar condições às famílias
carentes a criarem seus filhos e, somente depois, devemos passar a
situação excepcional da adoção legal, pois é através da Justiça que se
pode fazer uma seleção mais criteriosa da família disposta à adoção”,
disse.
Psicóloga da Rede de Atenção da Criança e do Adolescente,
Regina de Oliveira Brito conceituou o serviço do programa como um canal
de diálogo para as crianças institucionalizadas, dando visibilidade a
situação das mesmas, fazendo contato permanente com as famílias de
origem, para cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA, segundo
o qual é prioridade a convivência familiar, devendo ser garantida
segurança e bem estar à criança.
O vereador Sidney Oliveira (PRB)
comemorou a diminuição da burocracia para adoção e colocou seu mandato à
disposição para estimular programas de incentivo a adoção de crianças e
adolescentes. O parlamentar relatou sua experiência em programas de
assistência social que trabalham com famílias que não tem um
planejamento familiar e a maneira como estas pessoas são dotadas de
condições para manutenção de seus filhos.
http://nildofreitas.com/site/2013/05/adocao-de-criancas-e-adolescentes-e-tema-de-debate-na-camara/
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