26/05/2013 12:35 - Atualizado em 26/05/2013 12:35
Um dia depois das comemorações que marcaram o Dia Nacional da Adoção, o Grupo de Apoio Doce Adoção (Gada), de Santa Luzia, na Grande BH divulgou um manifesto em que critica o posicionamento de autoridades governamentais em relação ao tema veiculado pela mídia.
Segundo a nota, o grupo reconhece "o empenho e compromisso de muitos profissionais
da Vara da Infância e Juventude de Minas Gerais que, assim como o
movimento dos grupos de apoio à adoção, lutam para garantir a vida em
família a crianças e adolescentes", mas manifesta "indignação" pelas
declarações de órgãos oficiais que apontam como causa da grande demora
dos processos de adoção as exigências dos pretendentes em adotar um filho.
O grupo cita o artigo "A culpa não é dos habilitado", de Silvana do
Monte, no qual se afirma que o Estado deve "fazer uma mea culpa por
todos os erros cometidos ao logo de anos, pela 'desimportância' com a
qual tratamos nossas crianças e adolescentes, os quais relegamos à
titulação de filhos do Estado ou filhos de ninguém".
Segundo o Gada, "a verdade é que faltam políticas públicas eficientes,
inclusive com trabalho de preparaçãodos pretendentes à adoção (lembrando
que na Itália o curso preparatório é de dois anos), além da criação
deoutras estratégias que venham promover ações para romper preconceitos
e as barreiras das exigências, em benefício das crianças 'reais' que
esperam por uma família".
"Esclarecemos que estas estratégias já são propostas do Movimento
Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção e destacamos aqui uma delas: A
possibilidade dos pretendentes à adoção poderem realizar o
Apadrinhamento Afetivo de crianças acima de 7 anos, o que hoje, a lei
não permite", ressalta o manifesto.
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