quarta-feira, 24 de julho de 2013

Programa prepara para adoção

CIDADES - 23 de julho de 2013 - 10h36

Foi realizado no fórum de Cacoal na última sexta, o primeiro encontro de preparação para adoção. Casais que pretendem adotar crianças, e já fazem parte do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), participaram da atividade, realizada no auditório do fórum, com a presença de assistentes sociais e psicólogos do setor de adoção da Justiça.
Na oportunidade, puderam trocar experiências, saber mais sobre a legislação nacional referente a adoção – lei n 12.010 de 2010 – e, principalmente, entenderem na prática como acontece o procedimento.
A assistente social Cátia Cristina relatou casos que aconteceram ao longo dos últimos anos em relação a adoções no município. Ela explicou que a recusa sistemática em adotar uma criança acontece muitas vezes pela necessidade de idealização de algumas pessoas. “Esses casais deverão passar por nova avaliação psicológica”, disse. Ela enfatizou ainda que a adoção é para ‘encontrar uma família para uma criança e não uma criança para a família’.
Foram feitas explicações sobre casos específicos como a chamada adoção pronta, em que uma mulher se oferece para entregar o filho a uma família específica. A Justiça é clara em relação a isso, no caso de parentes ou pessoas próximas da mãe, estas terão preferência. Mesmo assim o juiz costuma ser sensível a cada caso específico.
As mães usuárias de drogas costumam não querer encaminhar os filhos para a adoção. Esta decisão é respeitada, mas neste caso as crianças são levadas para o abrigo municipal. Os adotados também têm direito de conhecerem os pais biológicos, tanto menores quanto maiores de idade. Marcilene e Rubens fazem parte do cadastro de adoção há oito meses. Ambos tinham o desejo de adotar uma criança, ela pela dificuldade em engravidar e ele porque foi uma criança órfã e viveu na pele esta situação. O casal é um dos poucos que não faz exigência quanto a idade da criança, eles adotariam uma criança até sete anos, sem problemas.
Marcilene contou à reportagem do Diário que já tem até um quarto na casa para o futuro filho. Ela trabalha na delegacia de polícia e com frequência acompanha mães em situação de sofrimento, tendo que se separar das crianças por conta de envolvimento com drogas e outros ilícitos. Por isso acha que a adoção deve acontecer de forma natural sem sofrimento. “Mesmo que demore queremos que seja feita de forma correta”, relatou. Uma nova reunião direcionada aos candidatos a adoção será realizada na sexta-feira, das 19h às 22h30, no auditório do fórum de Cacoal.

http://diariodaamazonia.com.br/programa-prepara-para-adocao/ 

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