17/02/2014
Cerca de 30 crianças recebem assistência no local. Justiça define se o futuro delas será perto ou longe dos pais.
Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera
Cerca de 30 crianças em situação de risco estão abrigadas no Lar Batista F. F. Soren, em Luzimangues, distrito de Porto Nacional. A entidade, que faz parte da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira, é dirigida por uma família que saiu do Rio de Janeiro e se radicou no Tocantins.
No local, algumas crianças, sejam abandonadas, órfãos, filhos de dependentes químicos, vítimas de violência sexual e psicológica, aguardam uma decisão da justiça para voltar para a casa ou para serem colocados na lista de adoções.
“O Lar Batista é dividido em casas-lares, cada casa recebe crianças pelo sexo e idade. Então, nós temos o menorzinho que tem três anos e o mais velho hoje tem 17 anos. Nós temos quatro casas e é dividido dessa maneira”, explica o diretor Robson Rocha.
O abrigo é coordenado por Judite Rocha, que cria os filhos biológicos junto com os filhos do coração. “Nós viemos do Rio de Janeiro, primeiro para o interior do Tocantins, antes para Itacajá. Hoje nós estamos próximo a capital. E não tem sido algo difícil. Tem sido algo abençoado para nossa vida porque a gente costuma dizer que Deus colocou muito amor no nosso coração para com esse trabalho, para com as crianças com a situação de risco. A gente vê a nossa família envolvida, os nossos filhos envolvidos”, diz a coordenadora.
Filha de Judite, Samara, de nove anos, não vê problema em viver no abrigo com outras crianças. “Eu acho muito legal, conviver aqui, tem muitas crianças para brincar, muito espaço livre. É muito legal viver num lugar assim.”
DOAÇÃO
Mas para que o trabalho seja completo, o abrigo precisa da doação das mães sociais, como Cirlene Silva de Azevedo, que decidiu ajudar depois que os filhos cresceram e casaram. Ela conta que a relação com as crianças é de franqueza. “Conversamos a respeito de tudo. A respeito de namoro, de sexo, de família, tudo a gente conversa abertamente porque nós temos que preparar elas para sair daquele portão cinza. Quando tem necessidade de abraçar, de beijar, a gente abraça e beija, quando tem necessidade de colocar disciplina, a gente coloca disciplina.”
A estrutura, alimentos, brinquedos foram ofertados para o abrigo. Além disso, a doação de tempo é um fator primordial, não apenas para o funcionamento da entidade, mas para a alegria das crianças. O servidor público do interior de São Paulo, Luiz Guilherme, aproveitou as férias e tirou dez dias para colaborar com o lar. “Estudo matemática, português com a crianças a gente brinca bastante, porque as crianças precisam de um tempo de brincadeira também.”
Segundo a justiça, as crianças não podem ficar mais de dois anos em abrigos, mas a regra não é sempre cumprida, já que quanto maior, mais difícil a adoção. “Depende da situação da família, da condição da criança em relação à família, ela vai ficando. Às vezes têm crianças que já estão, dois, três anos, é muito relativo, tem crianças que ficaram menos tempo também”, destaca Robson Rocha.
Crianças em situação de risco brincam em abrigo, em Luzimangues (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Lar abriga cerca de 30 crianças que esperam por decisões da justiça e adoção
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
http://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2014/02/familia-coordena-abrigo-e-cria-criancas-em-situacao-de-risco.html
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