26/02/2014
Chamou a atenção da deputada federal Iracema Portella (PP-PI) a reportagem veiculada nesta segunda-feira (24) pelo Jornal O Globo que trata de um problema gravíssimo: as condições de vida de crianças e adolescentes que estão hoje em abrigos no Brasil
Segundo a matéria, pelo menos 46 mil crianças e adolescentes vivem atualmente em abrigos no País. O jornal O Globo assinala que, nos últimos dois anos, a cada dia 38 meninas e meninos de até 15 anos de idade foram vítimas de abandono ou negligência, conforme dados do Mapa da Violência 2014 — Crianças e Adolescentes.
E um dos maiores motivos para o abandono e a negligência é a dependência química dos pais. De acordo com levantamento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), mais de 80% dos encaminhamentos de crianças e adolescentes a abrigos estão associados ao vício em drogas, especialmente o crack.
Trata-se de um quadro desolador. Um cenário que precisa de intervenções urgentes do Poder Público no sentido de intensificar as políticas de prevenção e enfrentamento às drogas, com apoio total às famílias que enfrentam esse drama.
Iracema destaca outro ponto importante. O uso de crack pela mãe representa uma barreira na hora da adoção. Existe o temor, por parte dos interessados em adotar, de que os bebês abandonados sofram transtornos mentais no futuro, por conta do consumo da droga durante a gravidez.
A deputada piauiense lamenta que não sejam raros os casos de mulheres dependentes de crack que acabam deixando os hospitais sem os seus bebês. Além disso, existem problemas de abandono do tratamento durante o pré-natal – tudo por conta do vício
“Precisamos olhar com muita atenção, carinho e cuidado para essas situações. É fundamental aprimorarmos nossas políticas públicas de enfrentamento às drogas, colocando em prática ações coordenadas em várias áreas: prevenção, recuperação dos dependentes químicos, reinserção social, combate ao tráfico. Nessa luta, temos que dar prioridade total ao apoio às famílias, para evitar que tantas crianças e adolescentes sejam abandonados ou vivam em situação de negligência e violência”, concluiu.
http://mpiaui.com/detalhe.php?n=3988&e=5
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