quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ADOÇÃO – SUA EXTREMA PRIORIDADE PARA FAMÍLIAS E IGREJAS CRISTÃS


12 de fevereiro de 2014
Esther Gutjahr

Pretendo neste post, fazer uma introdução ao assunto com o objetivo de que, se o Senhor permitir, ser mais pontual em alguns aspectos sobre esse assunto.
O tema da adoção entrou em minha vida de diversas formas e desde muito cedo. A primeira (e mais óbvia) foi a própria forma como entrei em minha família. Eu fui adotada ainda recém-nascida, ao contrário do que é a primeira ideia que muitos têm, eu nunca “descobri” ter sido adotada, pois desde sempre minha mãe contou minha história e de como Deus havia me colocado na minha família (e era minha história preferida! hehehe). Eu sempre tive muita clareza de que minha adoção foi um meio de graça usado por Deus pra me aproximar dEle, então meu sentimento para com a adoção é sempre o de gratidão à Deus pelo amor e cuidado dEle comigo, em todo o tempo. (Como disse, pretendo me aprofundar mais em todos os tópicos).
Outra forma que o tema da adoção entrou na minha vida foi o imenso desejo meu, e compartilhado pelo meu marido, de adotarmos crianças. Nós não temos filhos ainda, e até onde sabemos podemos ter filhos biológicos, mas já decidimos que iremos entrar na fila de adoção em breve (o processo no Brasil é leeento), pois nós temos um desejo imenso de adotar. Eu sou muito grata a Deus por ter me dado um marido com este mesmo desejo… faz muito tempo que já conversamos sobre isso, mas não faz muito tempo que decidimos adotar e tentar engravidar ao mesmo tempo. Não temos preferência. Temos uma mesa vazia prontinha pra ser cheia, todos nossos filhos são bem vindos e amados desde já! hehehe (=
Temos a história, o desejo e estamos empenhados em estudar mais sobre a adoção sob a perspectiva bíblica. Fomos presenteados com um livro chamado “Adoção – Sua extrema prioridade para famílias e igrejas cristãs” (sim, é o nome do post.. hehe), de Russel D. Moore, pastor de uma igreja nos EUA e pai de 5 filhos (tanto biológicos, quanto adotados). Esse livro chegou depois de já termos decidido adotar e veio fundamentar ainda mais nossa decisão. O livro aponta como o evangelho está intrinsecamente ligado à prática da adoção, por exemplo: se você pensa que um filho que foi adotado não é “filho mesmo” dos seus pais adotivos… repense todo o evangelho: nós, que somos filhos de Deus, somos por meio de adoção… Será que somos “mesmo” seus filhos? Na verdade, o evangelho é sobre adoção.
A adoção também é contracultural. A adoção afirma o valor de qualquer vida humana, ao contrário da cultura. Ao longo de toda a história, há marcas em todas as épocas de infanticídio, seja pós ou pré nascimento (aborto) e de desprezo por filhos. Em nossa época isso é ao mesmo tempo gritante e sutil e se dá tanto pelo aborto, como pela queda brusca e significativa de número de filhos por família… há uma cultura anti-filhos cada vez maior no mundo e, infelizmente, na igreja também – aliás, a Igreja deve se opor frontalmente contra a cultura anti-filhos, pois é anti Bíblica! É o curso deste mundo que jaz no maligno (Ef 2:2).
“Mais uma vez as coisas se repetem. A Bíblia nos conta fatos como esses. As crianças sempre saem feridas: seja por tramas políticas como as do faraó e Herodes; seja mediante conquistas militares nas quais exércitos sedentos de sangue arrancam bebês das barrigas das mães grávidas (Amós 1:13); ou por desintegração e caos familiar, aparentemente mais “rotineiros”. A história humana está cheia dos corpos de crianças.” (p. 91)
A adoção, neste sentido, é pensar, não como o mundo, mas como Cristo. Renovar a perspectiva e não sermos conformados com este mundo, mas transformados pela renovação do nosso entendimento (Rm 12:2).
Há muito mais a ser dito sobre a adoção e pretendo fazer em posts futuros pois não quero que fique muito longo.
Queria pontuar que nem todos são chamados para adotar, não há uma obrigação, nem deve ser assim. Mas TODOS nós temos uma parte nisso, porque Jesus tem. Foi Cristo quem disse que seu Pai é também Pai dos órfãos (Sl. 68:5). A adoção de filhos entre os cristãos deve ser incentivada, apoiada seja emocionalmente, espiritualmente ou financeiramente. Nós, como cristãos, devemos amar a adoção, pois foi por meio dela que somos chamados de filhos de Deus, filhos mesmo, herdeiros do mesmo Pai, ao lado de Cristo.
Que o Senhor renove nossa mente e nossos corações,
Esther.

“Temos de parar de pensar em adoção como um fato que só deve acontecer em ocasiões extremas, quando não há outra esperança para os pais. Adoção é um ato mais amplo e mais profundo; mesmo filhos de sangue têm de ser adotados no coração e aprender a viver na família em que nasceram. Marido e esposa adotam um ao outro, como parte de si mesmos. irmãos na fé adotam uns aos outros, reconhecendo a adoção feita pelo Pai. Amigos se adotam, trocando o coração em cumplicidade e amor fraterno. Adoção está em toda parte.” (Prefácio, Emílio Garofalo Neto)
http://comamornolar.com/2014/02/12/adocao-sua-extrema-prioridade-para-familias-e-igrejas-cristas/

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