13.04.2014
Por: MAURÍCIO GONÇALVES – REPÓRTER
DRAMA. Apesar do grande número de pretendentes, exigências feitas pelos futuros pais dificultam adoção
O cadastro nacional de adoção da Justiça brasileira tem mais de 30 mil
pretendentes e 5.440 crianças que podem ser adotadas. A aritmética faria
supor que todas elas receberiam uma família, mas a lógica humana é bem
diferente porque os futuros pais quase sempre procuram bebês ou crianças
pequenas, de cor branca, com boa aparência e, preferencialmente,
meninas.
Para um menino com mais de 7 anos, a chance de encontrar um pai ou uma mãe é semelhante à de um apostador da loteria. Se ele for negro, a tendência é passar o resto da infância em abrigos, centros de ressocialização ou nas ruas. Se chegar à adolescência, a adoção pode ser comparável a um milagre.
Para tentar intervir nesta sina, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, no mês passado, uma resolução permitindo a inclusão de estrangeiros e de brasileiros que moram no exterior no cadastro de adoção. O reforço não só aumenta o número, mas melhora o perfil dos candidatos, já que estes pretensos pais do exterior têm uma visão diferenciada para aceitar a guarda de crianças. A intenção do CNJ é aumentar a adoção de crianças mais velhas e de grupos de irmãos.
A fila de espera por uma família é cheia de traumas e histórias de dor. “Já recebemos crianças abandonadas, exploradas na rua para pedir esmola, abusadas sexualmente pelos próprios pais, recém-nascidos já chegaram com o rosto todo roxo, com marcas de espancamento, uma mãe pegou o sutiã e tentou enforcar o filho”, informam Irani Buarque e Maria do Carmo Navarro, diretores do Lar de Apoio à Criança para Adoção (Laca).
O Brasil já tem mais de 80 mil crianças que vivem em abrigos, vítimas da negligência, maus-tratos, exploração, abusos e outras formas de violência. Cerca de 87% delas têm famílias, 7% não sabem onde encontrar a família e apenas 4,6% são órfãs.
Leia mais na versão impressa
http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=242792
Para um menino com mais de 7 anos, a chance de encontrar um pai ou uma mãe é semelhante à de um apostador da loteria. Se ele for negro, a tendência é passar o resto da infância em abrigos, centros de ressocialização ou nas ruas. Se chegar à adolescência, a adoção pode ser comparável a um milagre.
Para tentar intervir nesta sina, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, no mês passado, uma resolução permitindo a inclusão de estrangeiros e de brasileiros que moram no exterior no cadastro de adoção. O reforço não só aumenta o número, mas melhora o perfil dos candidatos, já que estes pretensos pais do exterior têm uma visão diferenciada para aceitar a guarda de crianças. A intenção do CNJ é aumentar a adoção de crianças mais velhas e de grupos de irmãos.
A fila de espera por uma família é cheia de traumas e histórias de dor. “Já recebemos crianças abandonadas, exploradas na rua para pedir esmola, abusadas sexualmente pelos próprios pais, recém-nascidos já chegaram com o rosto todo roxo, com marcas de espancamento, uma mãe pegou o sutiã e tentou enforcar o filho”, informam Irani Buarque e Maria do Carmo Navarro, diretores do Lar de Apoio à Criança para Adoção (Laca).
O Brasil já tem mais de 80 mil crianças que vivem em abrigos, vítimas da negligência, maus-tratos, exploração, abusos e outras formas de violência. Cerca de 87% delas têm famílias, 7% não sabem onde encontrar a família e apenas 4,6% são órfãs.
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